— Carolina, eu queria pedir dois funcionários ao Sr. José. Desde que assumi a posição de vice-diretor, fica difícil conduzir o trabalho sem assistentes competentes ao meu lado. — Disse Edner com um sorriso.Carolina assentiu:— Isso não é problema. É só me dizer quem são, que aviso ao Sr. José.— Um é a Felícia Eduardo, do setor de hotelaria, e o outro é o Igor Duarte, do setor de projetos. — Edner sorriu de maneira astuta e brincou com o cabelo de Carolina. — Reconheço muito as habilidades profissionais deles e acho que ambos podem ser promovidos. Claro, quando me estabilizar como vice-diretor, se quiser vir trabalhar ao meu lado, posso conversar com o Sr. José para facilitar isso.Carolina sorriu e assentiu:— Isso é tranquilo, aguarde boas notícias.Enquanto se virava, Carolina apertou os dedos e se sentiu enojada. O sorriso congelou em seu rosto.Velho raposa…A Felícia do setor de hotelaria e o Igor do setor de projetos eram, respectivamente, a amante atual de Edner e um dos prote
Carolina percebeu que, com Edner cada vez mais ousado, o momento certo estava se aproximando.Afonso, no entanto, ainda não entendia.— O que isso tem a ver com ele pedir demissão por conta própria? — Perguntou, confuso.— Até amanhã, no máximo, o Sr. José receberá uma ameaça de demissão da parte dele. Por isso, precisamos nos preparar com antecedência para evitar que todo o pessoal do departamento de projetos vá embora com ele. Precisamos reunir as “provas” contra Edner e identificar quem pode servir de exemplo para os demais. — Carolina falou com seriedade.José ouviu atentamente. Quando entraram no escritório, ele mesmo abriu a sobremesa de frutas com leite de coco para Carolina e ainda lhe serviu um copo de água morna.Afonso ficou incrédulo, apontando para o copo. Mesmo alguém mais desligado perceberia o detalhe.— Sr. José, por que Carolina está usando o mesmo tipo de copo que o senhor? Foi só então que Carolina notou que José havia comprado para ela um copo idêntico ao dele, com
Depois de organizar a agenda de José para o dia seguinte e ligar para os departamentos responsáveis para fazer os ajustes necessários, Carolina pegou alguns documentos e saiu do escritório.Ela distribuiu os papéis entre os departamentos e, em seguida, entrou na sala de Edner.— Sr. Edner.Edner estava sentado de pernas cruzadas, tranquilamente ao celular, com uma postura relaxada e um sorriso de quem estava se gabando. Era evidente que ele conversava com sua amante, prometendo a transferir para perto dele e um salário de dezenas de milhares por mês.Assim que viu Carolina entrar, Edner desligou o celular com um sorriso confiante, certo de que seu pedido havia sido aceito.— O que disse o Sr. José?— Sr. Edner… Sinto muito. — Carolina fez uma expressão de desconforto. — O Sr. José disse que todas as outras condições podem ser aceitas, mas trazer uma funcionária do setor de hotelaria para ser secretária do vice-presidente não seria apropriado.Ela suspirou antes de continuar:— Além dis
— Eu… Eu não tenho medo. — Carolina tinha seu próprio orgulho e teimosia. Não era medo, ela apenas se sentia enojada por Edner.— Sim, você não tem medo. — José assentiu.O computador de José emitiu um som.Ele segurava o pulso de Carolina com uma mão e, com a outra, abriu o e-mail.Era uma mensagem de Lúcia:— Sr. José! Edner acabou de enviar um pedido de demissão repentino, claramente irritado. O que eu faço? Já rejeitei duas vezes, mas ele enviou novamente, insistindo para que eu encaminhasse ao senhor.José se recostou na cadeira, com um sorriso no canto dos lábios:— Que pressa…Ele quase queria elogiar a eficiência de Edner em tomar decisões.Puxando Carolina para perto, José indicou o pedido de demissão de Edner, com um tom preguiçoso na voz:— Carolina, será que você é meu amuleto da sorte?O corpo de Carolina ficou tenso. Nervosa, ela praticamente estava sobre José, se sentindo extremamente desconfortável.Aquela posição… Era íntima demais.Ela estava quase montada em José.—
Encostada na porta do carro, Júlia olhava para a confusão à frente com um sorriso irônico.— Que cena movimentada. — Disse ela.O rosto de Augusto já estava sombrio. Aquele homem estava gritando na porta da escola infantil, claramente ali para causar problemas.— Por que está gritando? — Augusto se aproximou e puxou o homem pela gola da camisa.O homem olhou para Augusto, prestes a retrucar, mas desistiu ao perceber que não era tão alto nem tão forte quanto ele. Encolheu o pescoço e resmungou:— Sou o pai do Tiago. Onde está a Carolina? Ela é minha mulher! Antes de ir para a cadeia, ela era minha namorada, e agora que saiu, está me evitando?A voz do homem era alta o suficiente para atrair a atenção de todos. Os pais que estavam ali para buscar seus filhos começaram a filmar com os celulares, compartilhando os vídeos nos grupos de classe, nas redes sociais e até no Weibo.De repente, Carolina estava novamente no olho do furacão.— Você está gritando à toa? — Augusto começou a se irrita
Afonso ficou boquiaberto enquanto ouvia, e então levantou o polegar para José.— Sr. José, a Carolina tem feito maravilhas ultimamente. Se não fosse por ela ter descoberto que o seu computador estava sendo hackeado, o prejuízo seria enorme. Precisamos a recompensar.José arqueou a sobrancelha. “Preciso que você me diga isso?”— Sr. José, vamos dar um bônus para ela! — Afonso, alheio ao humor de José, continuava insistindo na ideia.— Está com tempo sobrando? — José não queria prolongar o assunto com Afonso.— Sr. José, não seja tão pão-duro. Desta vez, a Carolina salvou realmente a pátria. — Afonso persistia, e quando Carolina voltou do departamento de recursos humanos, ainda o ouviu dizer:— Sr. José, acho que deveríamos comemorar. Se o senhor não puder, eu mesmo a levo para jantar depois do expediente. Vamos comer algo bom.— Acho que não… — Carolina respondeu, hesitante. Ela ainda precisava voltar para casa e preparar o jantar do Sr. José.— Como assim não? Você fez um excelente tr
No caminho para a creche, José recebeu uma ligação da creche. Disseram que havia alguém causando confusão na entrada da creche, alegando ser o pai de Tiago e namorado de Carolina.Fazer escândalo na porta da creche? Era muita audácia.— Sr. José, aconteceu alguma coisa? — Perguntou Carolina em voz baixa, ao notar a expressão séria de José.— Não se preocupe, eu resolvo. — Ele não explicou nada e estacionou o carro na vaga próxima à entrada da creche.Carolina olhou, confusa, para a multidão bloqueando completamente a entrada da creche.— Que dia é hoje? — Murmurou.— O dia em que alguém está pedindo para morrer. — José afrouxou a gravata, tirou o paletó e o deixou no carro com o relógio, em uma sequência de movimentos rápidos e cheios de estilo.Carolina prendeu a respiração. Ele estava se preparando para brigar?— Sr. José! — Ela desceu do carro apressada, tentando o impedir.— Cadê a Carolina? Quero falar com ela! — Gritou o homem do outro lado, ainda fazendo alvoroço.— O que está a
O homem ficou assustado com Júlia e tentou reagir, mas foi imediatamente contido por Augusto, que o prensou contra o chão.— Eu quero ver a Carolina! Quero ver a Carolina! — O homem continuava gritando. Júlia fez um gesto para os seguranças ao lado.— Calem a boca dele. Levem-no embora.— Mm! Mm! — Foi só nesse momento que o homem começou a demonstrar medo.— Está esfriando, então cubram-no bem com terra para ele não passar frio. — Disse Júlia com um tom firme, conferindo o relógio. — Vocês têm 24 horas para descobrir qual louco mandou esse cão sarnento causar confusão.Os seguranças assentiram e arrastaram o homem para longe.— Ah, finalmente silêncio. — Júlia mexeu no ouvido como se quisesse tirar algo incômodo.— Júlia, desse jeito… — Augusto tentou falar, mas parou no meio da frase, visivelmente frustrado com o método direto e bruto dela. — Você pode acabar atraindo problemas para si.— Hm? Que jeito? Alguém viu alguma coisa? — Júlia se virou para as pessoas que ainda estavam assis