Depois de organizar a agenda de José para o dia seguinte e ligar para os departamentos responsáveis para fazer os ajustes necessários, Carolina pegou alguns documentos e saiu do escritório.Ela distribuiu os papéis entre os departamentos e, em seguida, entrou na sala de Edner.— Sr. Edner.Edner estava sentado de pernas cruzadas, tranquilamente ao celular, com uma postura relaxada e um sorriso de quem estava se gabando. Era evidente que ele conversava com sua amante, prometendo a transferir para perto dele e um salário de dezenas de milhares por mês.Assim que viu Carolina entrar, Edner desligou o celular com um sorriso confiante, certo de que seu pedido havia sido aceito.— O que disse o Sr. José?— Sr. Edner… Sinto muito. — Carolina fez uma expressão de desconforto. — O Sr. José disse que todas as outras condições podem ser aceitas, mas trazer uma funcionária do setor de hotelaria para ser secretária do vice-presidente não seria apropriado.Ela suspirou antes de continuar:— Além dis
— Eu… Eu não tenho medo. — Carolina tinha seu próprio orgulho e teimosia. Não era medo, ela apenas se sentia enojada por Edner.— Sim, você não tem medo. — José assentiu.O computador de José emitiu um som.Ele segurava o pulso de Carolina com uma mão e, com a outra, abriu o e-mail.Era uma mensagem de Lúcia:— Sr. José! Edner acabou de enviar um pedido de demissão repentino, claramente irritado. O que eu faço? Já rejeitei duas vezes, mas ele enviou novamente, insistindo para que eu encaminhasse ao senhor.José se recostou na cadeira, com um sorriso no canto dos lábios:— Que pressa…Ele quase queria elogiar a eficiência de Edner em tomar decisões.Puxando Carolina para perto, José indicou o pedido de demissão de Edner, com um tom preguiçoso na voz:— Carolina, será que você é meu amuleto da sorte?O corpo de Carolina ficou tenso. Nervosa, ela praticamente estava sobre José, se sentindo extremamente desconfortável.Aquela posição… Era íntima demais.Ela estava quase montada em José.—
Encostada na porta do carro, Júlia olhava para a confusão à frente com um sorriso irônico.— Que cena movimentada. — Disse ela.O rosto de Augusto já estava sombrio. Aquele homem estava gritando na porta da escola infantil, claramente ali para causar problemas.— Por que está gritando? — Augusto se aproximou e puxou o homem pela gola da camisa.O homem olhou para Augusto, prestes a retrucar, mas desistiu ao perceber que não era tão alto nem tão forte quanto ele. Encolheu o pescoço e resmungou:— Sou o pai do Tiago. Onde está a Carolina? Ela é minha mulher! Antes de ir para a cadeia, ela era minha namorada, e agora que saiu, está me evitando?A voz do homem era alta o suficiente para atrair a atenção de todos. Os pais que estavam ali para buscar seus filhos começaram a filmar com os celulares, compartilhando os vídeos nos grupos de classe, nas redes sociais e até no Weibo.De repente, Carolina estava novamente no olho do furacão.— Você está gritando à toa? — Augusto começou a se irrita
Afonso ficou boquiaberto enquanto ouvia, e então levantou o polegar para José.— Sr. José, a Carolina tem feito maravilhas ultimamente. Se não fosse por ela ter descoberto que o seu computador estava sendo hackeado, o prejuízo seria enorme. Precisamos a recompensar.José arqueou a sobrancelha. “Preciso que você me diga isso?”— Sr. José, vamos dar um bônus para ela! — Afonso, alheio ao humor de José, continuava insistindo na ideia.— Está com tempo sobrando? — José não queria prolongar o assunto com Afonso.— Sr. José, não seja tão pão-duro. Desta vez, a Carolina salvou realmente a pátria. — Afonso persistia, e quando Carolina voltou do departamento de recursos humanos, ainda o ouviu dizer:— Sr. José, acho que deveríamos comemorar. Se o senhor não puder, eu mesmo a levo para jantar depois do expediente. Vamos comer algo bom.— Acho que não… — Carolina respondeu, hesitante. Ela ainda precisava voltar para casa e preparar o jantar do Sr. José.— Como assim não? Você fez um excelente tr
No caminho para a creche, José recebeu uma ligação da creche. Disseram que havia alguém causando confusão na entrada da creche, alegando ser o pai de Tiago e namorado de Carolina.Fazer escândalo na porta da creche? Era muita audácia.— Sr. José, aconteceu alguma coisa? — Perguntou Carolina em voz baixa, ao notar a expressão séria de José.— Não se preocupe, eu resolvo. — Ele não explicou nada e estacionou o carro na vaga próxima à entrada da creche.Carolina olhou, confusa, para a multidão bloqueando completamente a entrada da creche.— Que dia é hoje? — Murmurou.— O dia em que alguém está pedindo para morrer. — José afrouxou a gravata, tirou o paletó e o deixou no carro com o relógio, em uma sequência de movimentos rápidos e cheios de estilo.Carolina prendeu a respiração. Ele estava se preparando para brigar?— Sr. José! — Ela desceu do carro apressada, tentando o impedir.— Cadê a Carolina? Quero falar com ela! — Gritou o homem do outro lado, ainda fazendo alvoroço.— O que está a
O homem ficou assustado com Júlia e tentou reagir, mas foi imediatamente contido por Augusto, que o prensou contra o chão.— Eu quero ver a Carolina! Quero ver a Carolina! — O homem continuava gritando. Júlia fez um gesto para os seguranças ao lado.— Calem a boca dele. Levem-no embora.— Mm! Mm! — Foi só nesse momento que o homem começou a demonstrar medo.— Está esfriando, então cubram-no bem com terra para ele não passar frio. — Disse Júlia com um tom firme, conferindo o relógio. — Vocês têm 24 horas para descobrir qual louco mandou esse cão sarnento causar confusão.Os seguranças assentiram e arrastaram o homem para longe.— Ah, finalmente silêncio. — Júlia mexeu no ouvido como se quisesse tirar algo incômodo.— Júlia, desse jeito… — Augusto tentou falar, mas parou no meio da frase, visivelmente frustrado com o método direto e bruto dela. — Você pode acabar atraindo problemas para si.— Hm? Que jeito? Alguém viu alguma coisa? — Júlia se virou para as pessoas que ainda estavam assis
— Mateus? — A voz de José estava baixa e sombria.— O segundo filho do dono da Azul Turismo, Mateus. — Afonso respondeu, revelando o histórico do Mateus.— A Azul Turismo não está enfrentando problemas financeiros ultimamente? — José soltou um riso frio.Será que eles achavam que ele era idiota?— Sim, a cadeia de financiamento foi interrompida. Várias filiais da empresa já fecharam, e eles estão enfrentando processos judiciais.Afonso estava visivelmente irritado.— Não sei quantas pessoas Carolina conseguiu provocar. Vou o expulsar daqui.Do outro lado da linha, o barulho era intenso. Mateus estava gritando que precisava ver Carolina e José.— Sr. José, ele insiste em vê-lo. Disse que não vai sair enquanto não o encontrar. — Afonso murmurou.— Quer me ver? — José respondeu com desdém. — Ele não tem essa moral.— Então, Carolina deve vê-lo? Se Tiago realmente for filho de Mateus, seria melhor que ela o mandasse embora quanto antes. — Afonso parecia indignado com a situação. Para ele,
Na época da escola, Carolina era considerada a deusa da escola. Muitos garotos a perseguiam, e os que a admiravam em segredo eram incontáveis.Bernardo era o mais descarado entre os que corriam atrás dela, como “cachorrinho obediente”.Pedro foi o único que conseguiu conquistar.Leandro, desde pequeno, sempre foi um covarde. Ele só conseguia admirar de longe, fazendo declarações de amor discretas, mas nunca teve coragem de se declarar abertamente.— Bernardo era um cachorrinho? — Perguntou Afonso com um sorriso malicioso.— Ha! Não só isso. — Zombou Mateus. — Quando Carolina subia ao palco para se apresentar, era ele quem fazia o maior escândalo na plateia. Quem não soubesse, pensaria que ela era namorada dele. Para entrar na mesma universidade que Carolina, ele até começou a estudar de madrugada, veja só!Mateus continuou com seu tom sarcástico:— Ele até brigou com Pedro por causa dela! Quem diria… Agora vem chamar os outros de oportunistas? Isso é só inveja, puro despeito porque Car