Afonso se deu um aperto para se certificar e percebeu que não era ilusão.— Sr. José… Sr. José… — Por que o cartão de trabalho de Carolina estava na recepção? — José perguntou em voz baixa e séria.— A Sra. Carolina, ontem à noite… — A recepcionista hesitou em continuar falando.— Desculpe, Sr. José. Nós… pensamos erroneamente que a Sra. Carolina era… — Era o quê? — José franziu as sobrancelhas e perdeu a paciência.— Uma prostituta de relacionamento financeiro. — A recepcionista disse com nervosismo. — Sr. José, realmente não foi culpa nossa. Nós realmente não sabíamos que a Sra. Carolina era sua assistente.Ao ver o olhar frio de José, as duas moças da recepção ficaram com a cara branca de medo e suas vozes tremiam.— Foi o gerente que nos deu uma foto e nos pediu para a deter, dizendo que ela era… poderia ser, uma prostituta de relacionamento financeiro. — A recepcionista baixou a cabeça nervosamente.José riu sarcasticamente.Realmente era muito ousado.Não só planejava algo cont
— Tome o remédio primeiro e depois coma o café da manhã. — José não tinha a menor intenção de deixar Carolina fazer o que quisesse. Mesmo com ela nos braços, ele a abanava para acordá-la.Afinal, se estiver doente, é preciso tomar o remédio rapidamente e comer bem, caso contrário, a resistência do corpo diminui e a recuperação fica muito lenta.— Estou com sono… — Carolina estava realmente cansada e tinha muita vontade de dormir.Com a febre, Carolina estava confusa e adormecida, ficando deitada no corpo de José e continuando a dormir.José, sem jeito, a levou para a mesa de jantar e a persuadiu para comer primeiro.O corpo de Carolina estava muito quente e sua respiração também era quente.José se sentiu um pouco preocupado por ela e, mais do que isso, culpou-se.O que ele tinha feito com ela ontem à noite… — Sr. José. — Do lado de fora da porta, era o toque de Afonso.Carolina acordou assustada, com a cabeça ainda confusa, e se levantou de repente, quase caindo ao tentar se manter e
Por que ele estava sendo tão bom com ela?Era algo que ela estava imaginando ou era real?Carolina tinha dificuldade em acreditar.Após comer alguns legumes e beber uma sopa, Carolina, com dor de cabeça, pegou o copo para tomar o remédio.— É muito amargo? É difícil tomar? — Ao ver os olhos de Carolina ficarem marejados, José perguntou.— Não… não é difícil. — Carolina balançou a cabeça.Como o remédio poderia ser difícil?Antes, na Família Silva, Carolina tinha muito medo de ficar doente e tomar remédio, então preferia fazer uma infusão intravenosa em vez de tomar remédio.Cada vez que ficava doente, Rui precisava persuadi-la por muito tempo para que ela tomasse o remédio.Naquela época, Carolina achava ingenuamente que tomar o remédio era a coisa mais difícil do mundo.Só após deixar a Família Silva e entrar na prisão que Carolina descobriu que, na verdade, tomar o remédio não era nada difícil.A própria vida era muito mais difícil do que o remédio.Tomou todo o remédio de uma vez, l
— O quê? — Carolina achou que estava alucinando, que tinha ouvido errado.— Você não vai mesmo quer me casar com a Família Reis, não é? — José se recostou no sofá e perguntou com indiferença.Carolina abriu a boca e só conseguiu falar depois de muito tempo: — Sr. José… Até agora, parece que o casamento de você com a Família Reis seria o mais vantajoso para sua posição no Grupo Santos.— Eu preciso me vender no casamento por meio de um casamento arranjado para manter minha posição? — José retorquiu.Carolina deu um suspiro de choque, parecia que, na verdade, não era muito necessário: — Mas… isso pode resolver muitos problemas.— Então qual é o significado da nossa cooperação? — José teve vontade de rir sem jeito, pensando quando aquela pequena cabeça de Carolina ia entender.Carolina ficou instantaneamente nervosa.O que José queria dizer era que, se ele se casasse com a Família Reis, ela não teria mais valor ou significado.Parecia que era mesmo assim.A Família Reis podia oferecer uma
Algumas funcionárias riram secretamente e murmuraram baixinho.— Essa Sra. Sofia é realmente sortuda de fazer o Sr. José a tratar com tanto carinho.— A Família Reis também é uma família decente. Afinal, é a nora reconhecida pelo nosso presidente do nosso Grupo.Passado muito tempo, José voltou e voltou a ser o mesmo homem frio e distante de sempre: — Cada departamento deve entregar os relatórios para os chefes de departamento para que eles os examinem. O vice-presidente do Departamento de Operações vai se aposentar, o Departamento de Operações deve entregar os relatórios diretamente para mim. Em relação à sucessão do próximo vice-presidente do Departamento de Operações, pense bem em quem recomendam e vamos falar sobre isso quando eu voltar.José falou com um significado profundo. Quando voltasse, ele começaria a limpar a empresa seriamente.Ricardo tinha a ousadia de tentar ameaçá-lo com a empresa.Vamos ver o que acontece....No quarto de Sofia.— Sra. Sofia, eu já contei para o Sr.
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente