— O quê? — Carolina achou que estava alucinando, que tinha ouvido errado.— Você não vai mesmo quer me casar com a Família Reis, não é? — José se recostou no sofá e perguntou com indiferença.Carolina abriu a boca e só conseguiu falar depois de muito tempo: — Sr. José… Até agora, parece que o casamento de você com a Família Reis seria o mais vantajoso para sua posição no Grupo Santos.— Eu preciso me vender no casamento por meio de um casamento arranjado para manter minha posição? — José retorquiu.Carolina deu um suspiro de choque, parecia que, na verdade, não era muito necessário: — Mas… isso pode resolver muitos problemas.— Então qual é o significado da nossa cooperação? — José teve vontade de rir sem jeito, pensando quando aquela pequena cabeça de Carolina ia entender.Carolina ficou instantaneamente nervosa.O que José queria dizer era que, se ele se casasse com a Família Reis, ela não teria mais valor ou significado.Parecia que era mesmo assim.A Família Reis podia oferecer uma
Algumas funcionárias riram secretamente e murmuraram baixinho.— Essa Sra. Sofia é realmente sortuda de fazer o Sr. José a tratar com tanto carinho.— A Família Reis também é uma família decente. Afinal, é a nora reconhecida pelo nosso presidente do nosso Grupo.Passado muito tempo, José voltou e voltou a ser o mesmo homem frio e distante de sempre: — Cada departamento deve entregar os relatórios para os chefes de departamento para que eles os examinem. O vice-presidente do Departamento de Operações vai se aposentar, o Departamento de Operações deve entregar os relatórios diretamente para mim. Em relação à sucessão do próximo vice-presidente do Departamento de Operações, pense bem em quem recomendam e vamos falar sobre isso quando eu voltar.José falou com um significado profundo. Quando voltasse, ele começaria a limpar a empresa seriamente.Ricardo tinha a ousadia de tentar ameaçá-lo com a empresa.Vamos ver o que acontece....No quarto de Sofia.— Sra. Sofia, eu já contei para o Sr.
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente
A água do balde não conseguiu deixar Carolina acorda, mas a febre repentinamente a acometeu.- O que está acontecendo? Rápido, vamos salvá-la! - Coincidentemente, um médico estava fazendo sua ronda e, ao ver a palidez de Carolina, fez uma avaliação preliminar. - Leve-a imediatamente para a sala de emergência!Pedro permaneceu parado, com os dedos dormentes, agarrando bruscamente a gola da camisa de Rui. - Você disse que ela estava fingindo?Rui também estava nervoso e, ao afastar a mão de Pedro, respondeu: - Como eu poderia saber? Ela é uma mestre em fingir, já ouviu a fábula do Lobo em Pele de Cordeiro?- Não se preocupe, ela não vai morrer. - Ana, exibia toda a sua aura de senhora rica, calçando saltos altos, afirmou com firmeza. - Doutor, já que ela concordou em doar um rim para a nossa Luana, por favor, aproveite para verificar se os rins dela são compatíveis.O médico franzia o cenho. - Primeiramente, vamos salvá-la.- Dr. Pinto, seu pai e o pai do nosso João são bons amigos, há c
Carolina fugir do hospital enfureceu completamente a família Silva e Pedro.- Eu sei, ela não vai devolver meu rim de bom grado. - Na cama do hospital, Luana acordou, com a voz embargada.Cada palavra de Luana transmitiu a todos que Carolina lhe deveu isso.Quando voltou para a família Silva, Luana Martins não concordou em mudar seu sobrenome, continuando a se chamar Luana Martins.Ela sabia que, apesar de tudo, a família Martins a havia criado por vinte e um anos.Que contraste irônico e marcante, Luana se tornou a verdadeira princesa gentil até os ossos, enquanto Carolina era a impostora maldosa e desprezível..Na verdade, Luana era muito astuta. Ela mantinha seu nome para provocar constantemente os membros da família Silva, mantendo-os sempre culpados e compensando sem escrúpulos as mais de duas décadas de ausência.- Luana, não chore, isso é o que ela te deve. - Rui franziu a testa, preocupado. - Ela não vai escapar!- Irmão... - Luana chorou, abraçando Rui. - Estou com medo, Carol
-Você veio fazer o quê! Carolinha já passou cinco anos na prisão para se redimir, o que mais você quer? - Augusto se posicionou na frente de Carolina, olhando furiosamente para Pedro.- Redimir? - Pedro riu. - Ela deve a mim, como ela vai pagar? Que tal eu acabar com esse bastardo?Carolina olhou assustada para Pedro, sabendo que ele não estava brincando.Carolina, apavorada, se ajoelhou no chão, implorou desesperada e impotente, suplicando: - Pedro, prometo que vou fazer o que vocês querem, por favor, me deixe em paz, me dê alguns dias, por favor, por favor.Ela só queria voltar para casa e passar um tempo com o filho dela.Apenas alguns dias, isso é pedir demais?- Carolinha! Levante-se! Ele não se atreverá a fazer nada conosco. - Augusto olhou para Carolina com pena.Ela não era assim antes.A antiga Carolina foi como uma rosa branca criada em uma estufa, mas agora...- Não se atreverá a fazer nada com vocês? - Pedro riu. - Augusto, você não entende nada sobre esta sociedade?Levanta