Afonso ficou sem entender, era mal humor matinal do Presidente Santos?— Presidente Santos, Carolina retirou as acusações, e Pedro já saiu, enganado pelo senhor Ricardo. Com toda a confusão, ele deve ficar quieto por um tempo. — Afonso relatou cautelosamente.— Quando Pedro e Carolina se conheceram? — José perguntou com desinteresse.— Eles são famosos como amigos de infância! E o primeiro amor um do outro? Você não lembra do Pedro, aos dezoito anos, indo levar chocolate de aniversário para Carolina, feito por ele mesmo, na chuva? Afonso, sem perceber o perigo, se empolgou. — Uma garota de dezessete, dezoito anos claro se apaixonaria. Foi o primeiro amor, não? Não sei como Pedro pensa agora. Enciumado por amor?— Você pode ficar quieto. — A expressão de José estava sombria e impassível.Afonso ficou pasmo. Não era ele quem perguntou?Após um longo silêncio no carro, José murmurou. — Infantil.— Hã? — Afonso quase esquecera o que havia dito.Quem era infantil? O quê era infantil?...C
Carolina denunciou, e a polícia levou para investigação.Não era grande coisa, e a solução foi indenização e desculpas.Mas Afonso tornou a questão pública, todos no grupo ficaram sabendo.— Nada a temer se não fez nada. Onde já se viu temer o que dizem?— Digo a vocês, tenho um amigo que já esteve com Carolina, famosa no círculo.— Bonita e parece pura, quem imaginaria? Eu também iria.Alguns homens conversavam na área de fumantes.Boatos nunca desaparecem, mesmo que parem no grupo, continuam por baixo.— Você não chega ao nível, os que ficam com Carolina são todos ricos.Carolina ficou muito tempo fora da área de fumantes, até entrar. — Qual amigo ficou comigo? Traga-o para confirmar. Se não ficou, você se desculpa publicamente.Sua voz estava rouca.Esperou que parassem com os boatos, mas intensificaram.Os homens ficaram embasbacados.Ao ver Carolina, de olhos vermelhos, pareceram perder a compostura. Um a um, começaram a provocá-la. — O quê, acompanhar e não falar? Quanto você cob
Carolina ainda tinha lhes dado uma saída. Para lidar com eles também, não podia ser muito apressada. Se pedissem demissão voluntária, levariam o currículo com a experiência no Grupo Santos e poderiam facilmente conseguir emprego em outra empresa, com um salário alto. Porém, se fossem demitidos pelo Grupo Santos, o motivo da dispensa estaria em seu histórico. As grandes empresas sempre faziam verificações de antecedentes, especialmente para posições importantes. Alguns homens olharam para Carolina surpresos, com a raiva estampada no rosto. — Carolina, você está fazendo isso por vingança pessoal! Mas, com José ali, eles não ousaram ser muito insolentes. Carolina não disse nada, esperando que eles percebesse qual era o limite. Ela era a assistente de José, e a partir de agora, teria que suportar os problemas do chefe. Além disso, ela já não se importava mais, sua reputação já estava arruinada, então não tinha mais o que temer. José olhava para Carolina com um significado profund
Lúcia, como uma empregada veterana, geralmente mostrava-se orgulhosa, com uma arrogância intrínseca na empresa. Coisas pequenas não a amedrontavam. Se Carolina quisesse trazer Lúcia para o lado de José, teria que lidar com ela adequadamente. Pelo menos remover o orgulho dela primeiro. — Quando pensa em me utilizar? — José se lembrava quando Carolina perguntou se ele era alérgico a amendoim. — Aproveitar a oportunidade, amanhã... — Carolina ainda estava um pouco assustada. — Presidente Santos, não se preocupe, vou me preparar com antialérgicos com antecedência, nunca lhe colocaria em risco. José sorriu. — Vou aguardar seu sinal de lealdade. Carolina abaixou a cabeça, assentindo fortemente. — Vamos, vou mostrar a empresa para você. Carolina olhou, surpresa, para José. O chefe estava pessoalmente levando-a para conhecer a empresa. Isso não era um simples tour, estava estabelecendo sua autoridade. Como assistente de José, ela inevitavelmente teria que lidar com cada depar
Mas Carolina, parecia alguém que poderia segui-lo a vida toda. Ao caminhar, José parou novamente, surpreso. Carolina perdeu o equilíbrio e colidiu com José. Ela olhou confusa para o chefe que parou de repente. — Presidente Santos, alguma programação? José considerou por um momento. — O que você quer jantar? — ... — Carolina deu uma olhada, respondendo em segredo. — Presidente Santos, estamos em horário de trabalho. José assentiu. — Tem algum compromisso após o expediente? Carolina respirou fundo e respondeu sem rodeios. — Marcos me contatou... disse que viria ver Tiago. José franziu a testa e sua expressão escureceu imediatamente. Vendo que José não falava mais nada, Carolina ficou em silêncio, seguindo atrás dele. Ela tentou abrir a boca, pensando várias vezes em explicar, mas nunca conseguiu. Justificar que o médico de Tiago solicitou a presença do pai biológico para exames parecia desnecessário. Se não fosse por Tiago, Carolina nunca teria contato com Marcos no
No escritório do presidente, o celular de Carolina não parava de vibrar. Dava para perceber que José estava descontente, e Carolina, atrapalhada, colocou no silencioso. José, no entanto, não a obrigou a desligar o telefone. Porque enquanto Carolina não atendesse, Marcos ficaria esperando. Afonso havia mandado mensagem antes, dizendo que o carro de Marcos estava no térreo, evidentemente esperando por Carolina. — Faça cem cópias deste documento. — José deu a Carolina uma tarefa. Carolina pegou o documento e deu uma olhada. Era um manual do funcionário. Fazer cem cópias? — Presidente Santos, é para distribuir a todos os funcionários? — Uhum. — José respondeu evasivamente. — Mas... não seria mais fácil enviar uma mensagem em massa no grupo de gestão do departamento para que eles repassem? — Carolina não entendia por que o trabalho de copiar cem vezes era necessário. José colocou o documento de lado e olhou para Carolina. Ele não disse nada, mas Carolina já cedeu. — Chefe,
— Desculpe, Presidente Nono, nosso Presidente Santos já saiu. Acabou de pegar o elevador. Marcos, irritado, apertou os botões do elevador freneticamente. José! Estava tentando enganá-lo? Talvez ele tenha sido muito cortês com José ao longo dos anos. No estacionamento subterrâneo. — Presidente Santos, você... vai dirigir? — Carolina olhou ao redor, pois nem o motorista nem Afonso estavam ali. — Sabe dirigir? — José perguntou. Carolina, nervosa, sacudiu a cabeça. — Não, não sei. Quando Carolina abriu a porta de trás, José franziu a testa. — Venha para frente! Carolina rapidamente fechou a porta e entrou no banco do passageiro. — Pre... Presidente Santos, vamos para onde? — Se fosse um encontro de negócios, Carolina gostaria de se preparar. José não respondeu e acelerou. — Presidente Santos! Na saída do elevador, o gerente que recebia Marcos gritou, preocupado. Mas já era tarde. José calculou tudo meticulosamente, garantindo que cada passo de Marcos foss
— …… — Augusto sabia que Júlia tinha começado novamente com esse tipo de conversa.Au! Au! De repente, barulho de latidos veio de fora da mansão, um enorme cachorro Pastor Alemão correndo na direção deles.— Ah! — Júlia gritou, quase por reflexo, saltou para os braços de Augusto, agarrando-se a ele firmemente.Júlia tinha medo de cães, e os guarda-costas da Família Pintos sabiam disso. Na verdade, trabalhar como guarda-costas de Júlia era bem tranquilo, desde que não houvesse perigo, só precisava proteger a chefe dos cachorros.Augusto não sabia por que Júlia tinha tanto medo de cães, mas, pelo nível de pavor, não era um medo simples, era como se houvesse uma experiência traumática. Como ter sido mordida por um cachorro.— Augusto, afaste-o, afaste-o! — Júlia disse com a voz chorosa, assustadoramente agarrada a Augusto, apertando a cintura dele.Augusto a segurou com uma mão, olhando fixamente para o cão.Para a segurança, a mansão de Júlia ficava no meio de um lago, não havia casas co