Na empresa, área de descanso dos funcionários.Carolina segurava o café, sentada na área de descanso, nervosa, apertando o celular. Matilde ia ficar bem... Ela era forte... Para Carolina, Matilde era o tipo de mulher que, mesmo jogada na lama, ainda floresceria. Ela era muito forte. Na prisão, ela contou que tinha perdido um filho porque não sabia que o homem era casado, e ela engravidou dele. Quando descobriu, ela ficou furiosa e exigiu dinheiro dele, dizendo que se ele não pagasse, ela abortaria o bebê. Na verdade, ela já havia decidido abortar. Ela só queria se vingar do canalha, mas acabou sendo presa por ele e pela esposa, acusada de extorsão... Que ironia.Na prisão, Matilde sempre dizia que nenhum homem valia a pena, e ela nunca mais confiaria neles facilmente. Depois de sair da prisão, ela decidiu usar os homens como degraus para subir na vida. Mas não sabia como, dessa vez, foi enganada mais uma vez. Aquele homem ficou assistindo enquanto ela apanhava, sem co
Lúcia, se seguisse por ela, acabaria se opondo a José abertamente. Com a situação no Grupo Santos ainda incerta, Lúcia naturalmente precisava calcular bem a quem deveria oferecer seu apoio.— Eu não vou te decepcionar. — Carolina fez uma reverência e saiu do escritório.Lúcia observou Carolina sair, cheia de interesse. Pelo visto, Lídia não estava completamente errada ao temer essa garota. Ela parecia fácil de intimidar, mas tinha mais determinação do que aparentava....Na área de Trabalho.Carolina analisava atentamente a agenda de trabalho passada de José, anotando em seu caderno os detalhes que o assistente anterior havia deixado de lado.— Aqui. — Afonso entrou na sala, sem que Carolina percebesse a batida na porta. Quando viu que havia uma caixa de sanduíches na mesa, ela rapidamente levantou a cabeça:— Sr. Afonso...— Não almoçou, né? Presidente Santos me pediu te trazer. — Afonso olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava por perto, e murmurou. — Aguent
Depois de uma tarde inteira trabalhando no escritório, Carolina nem tinha percebido que já era hora de ir embora. Ela deu uma olhada no seu caderno, guardou os documentos e atendeu o telefonema de Marcos.— Matilde já saiu de perigo e está acordada agora, não se preocupe. — Marcos relatou diretamente sobre a condição de Matilde. — Os médicos do hospital disseram que ela está com o emocional um pouco instável. Vou te buscar para irmos vê-la.Marcos mencionou Matilde para garantir que Carolina não recusasse ir com ele. Na verdade, Marcos conhecia Carolina bem, sabia que ela conseguira um emprego em Cidade A justamente para cortar todos os laços com ele. Para Marcos, aquilo era o jeito de Carolina mostrar seu descontentamento por ele não querer cancelar o noivado. Mas o casamento com a Família Reis realmente não era algo que ele pudesse decidir. O avô dele estava doente há anos e não podia se aborrecer.— Tá bom... Onde você está? Eu vou te encontrar. — Disse Carolina baixinho.
— Você acha que ficando no Grupo Santos vai ter vida fácil? Ouvi minha mãe dizer que você voltou para se vingar, não é? — Luana zombou, obviamente menosprezando Carolina. — Com você? Se eu quiser, posso acabar com você como se fosse uma formiga.Luana olhou ameaçadoramente para Carolina, que permaneceu em silêncio.— Que cara de pau, como ela tem coragem de vir para o Grupo Santos? — E ainda quer ser assistente do Presidente Santos, o que ela está pensando?As pessoas ao redor apoiavam Luana, afinal, ela era vista como a "vítima", a verdadeira herdeira rica e a noiva legítima de Pedro. Enquanto Carolina era vista como uma ladra, sem poder ou influência, além de ter antecedentes criminais.— Ela usou métodos sujos para ameaçar José, para que ele a mantivesse como assistente. Isso é típico dela. — Luana falou com sarcasmo.Lídia não teve coragem de contar a ninguém sobre o casamento de Carolina com José, pois ainda não era o momento certo. Então, Luana apenas achava que Carol
— Você pode verificar as câmeras sozinho. — Carolina disse, respirou fundo e olhou para Rui. Havia câmeras de segurança em 360 graus na entrada do Grupo Santos. Se eles tinham dúvidas sobre ela, deveriam apresentar provas, em vez de fazer acusações diretas. Carolina também não quis se explicar, pois sentia que não adiantaria,quando Rui a empurrou, já tinha a condenado. Rui franziu as sobrancelhas, o olhar que lançou a Carolina era um misto de sentimentos.— Vamos. — Marcos tentou segurar a mão de Carolina, mas ela se esquivou. Carolina entrou no carro de Marcos em silêncio, de cabeça baixa. Marcos suspirou, ela era teimosa. Mesmo assim, ele não queria ser muito duro com ela. Com Tiago na jogada, Carolina nunca o cortaria completamente de sua vida.— Carolina, por que pensar em vir para a Santos de repente? — Marcos se preocupou com a decisão dela de entrar no Grupo Santos. Para Carolina conseguir trabalhar lá, José deve ter oferecido a oportunidade. Mas com Pedro e Lí
Até José sabia que apenas uma certidão de casamento poderia dar a ela a confiança necessária para a colaboração.Carolina sorriu amargamente, sentindo os olhos arderem e as lágrimas se acumulando. Ela e José também tinham um relacionamento de casamento por conveniência, semelhante ao de Marcos e Cátia. Era realmente triste. No entanto, a segurança e o respeito que José lhe oferecia eram coisas que Marcos não conseguia proporcionar.— Pense bem. — Marcos insistiu para que Carolina refletisse melhor. Ele sabia que Lídia não permitiria que Carolina trabalhasse na Santos, e que Pedro não a deixaria em paz depois de sair da prisão. Além disso, a Família Reis e a própria Cátia certamente trariam problemas para Carolina uma vez que também saísse da prisão. Se Carolina não estivesse ao seu lado, ele temia que ela se machucasse.— Marcos, eu tenho minha própria vida, tenho um filho para criar, um irmão, sou uma pessoa... — Carolina era grata a Marcos por ajudá-la tantas vezes. —
Carolina olhou para Marcos com a respiração acelerada, seu olhar era teimoso e determinado. — José não é esse tipo de pessoa.— Carolina! — Marcos esperava que Carolina ficasse chocada, decepcionada, mas nunca que sua primeira reação fosse defender José. — Você o conhece há poucos dias, o quanto sabe sobre ele? Você acha que alguém como José, que chegou aonde chegou, é um bom sujeito?— Isso é uma questão pessoal do Presidente Santos... não tem nada a ver comigo. — Carolina estava preocupada e um pouco triste. Não importava qual fosse o passado de José, isso não a afetava, eles estavam apenas num relacionamento de negócios. Mas por que tinha que ser Sofia, alguém da Família Reis? Ela apenas não queria mais problemas com eles.— Carolina, não se envolva com José. Ele não é como eu, ao menos meus sentimentos por você são genuínos e eu não a utilizaria. Mas José, ele pode te levar à ruína. — Marcos a soltou, sua voz tinha um tom de aviso.Carolina abaixou a cabeça, sem dizer nada. Mar
Afonso falou ansioso. Quando José saiu e entrou no elevador, sua voz estava baixa. — Ela agora é minha esposa legal, nominalmente. Você acha que eu deveria deixá-la dever favores a outro homem?— Mas ele é o pai do Tiago, qual o problema nisso... — Afonso estava tão ansioso que quase batia o pé no chão. Mas algo decidido por José era algo que ninguém poderia mudar....No Hospital da Cidade C.— Entre, vou te esperar aqui fora. — Marcos disse a Carolina, e foi para a área de fumantes acender um cigarro.Carolina olhou para Marcos, ansiosa, e estendeu a mão pedindo o celular. Marcos franziu a testa. — Quer falar com José? — Ele é meu chefe... — Carolina explicou.— Agora é hora de folga. — Marcos ficou um pouco enciumado. Se fosse outro homem, ele não se importaria, mas quando se tratava de José, Marcos ficava tenso.— Quem é você para me controlar? — Carolina estava tão irritada que seus olhos estavam vermelhos, mas ela não podia se dar ao luxo de provocar Marcos.— Carolina,