Carolina fez isso de propósito para que Ricardo e Lídia soubessem que ela não deixaria Pedro impune facilmente. Ela, é claro, não tinha ilusões de que José realmente se casaria com ela. José também poderia aproveitar essa oportunidade para pressionar Lídia e Ricardo. Afinal, ao se casar, de acordo com o testamento do patriarca da família Santos, ele receberia 41% das ações do Grupo Santos, que incluíam as ações de sua mãe biológica e do patriarca da família Santos. E o que Lídia queria eram esses 23% pertencentes ao patriarca, além dos 21% que Ricardo possuía atualmente. Aos olhos de Lídia, se a porcentagem de ações de Pedro superasse a de José, haveria a chance de tirar José do caminho, permitindo que eles controlassem o Grupo Santos. Assim que Carolina terminou de falar, Ricardo riu com um tom que misturava choque e desprezo. — Uma golpista, fingindo ser uma dama da alta sociedade, enganou minha família Santos por tantos anos, e ainda quer se casar com nossa família? O corpo d
Carolina assentiu. — Sim... mas eu não tenho outras intenções. Ela temia que José a entendesse mal. José ficou um pouco surpreso, seu avô havia deixado dois testamentos antes de falecer, e um deles não havia sido divulgado. Lídia e Ricardo tentaram de tudo, mas não conseguiram descobrir o conteúdo do segundo testamento. O advogado do cartório afirmou que apenas encontrando a pessoa que salvou o velho senhor é que o testamento poderia ser revelado. Lídia e Ricardo obviamente sabiam que Carolina era a salvadora, mas deliberadamente disseram ao público que era Luana. Ah... não é de se admirar que Luana evitasse o cartório, pois sabia que não era ela quem havia salvo o avô.— O que você pretende fazer agora? — José perguntou, sentado no sofá ao lado, com interesse em sua voz. Ele não esperava que o valor de Carolina fosse comparável a um tesouro.— Presidente José... você pode garantir a segurança de Tiago e do meu irmão Augusto? — Carolina perguntou nervosamente a José. Ela queria uma g
Carolina não disse nada. — Da Família Santos, você ainda confia? Não se esqueça de quem te deu esses cinco anos de prisão. Do outro lado da linha, o homem estava um pouco agitado. Carolina ficou em silêncio por muito tempo, então falou baixinho. — De qualquer forma, ele salvou minha vida, mais de uma vez. — Hm... isso é só um truque comum, você tem valor para ele, pode ajudá-lo a lidar com Lídia e Pedro. — O homem alertou Carolina. — Não confie em ninguém da Família Santos. — Este é o meu pedido, não envolva o José. — Carolina respirou fundo, tentando avisar o outro. — Ha... — O outro riu, demorando um pouco para responder. — Tudo bem. Raro você me pedir algo assim. ... Grupo Santos, escritório do presidente. — Presidente Santos, você viu as notícias? Não sei quem está tentando manipular a opinião pública, agora todo mundo está dizendo que Pedro é filho ilegítimo, Lídia é a amante que subiu na vida, Carolina não tem essa capacidade, né? — Afonso entrou no escritório,
João usava um tom autoritário. Carolina só sentiu seus olhos ardendo, segurou as lágrimas e sorriu. — Senhor Silva, em que posição o senhor está para me dar ordens? Como pai? Eles não já haviam rompido todos os laços? — A família Silva te criou por vinte anos! — João deu um tapa na mesa, completamente irritado. — Eu pensei que se você concordasse em doar um rim para a Luana, eu te deixaria em paz, então ficaríamos quites, mas vejo que você não sabe dar valor. Sua ambição é grande demais!Carolina apertou a roupa com força e levantou a cabeça para olhar João. — A família Silva... me criou por vinte anos, mas também me fez passar cinco anos na prisão por um crime que eu não cometi, deixou o Rui me jogar na cama de um estranho, destruiu minha vida, e agora ainda querem que eu arrisque minha vida? O que foi que eu fiz de errado?O rosto de Rui ficou pálido por um instante, ele olhou para Carolina instintivamente. — Eu não...Carolina soltou uma risada sarcástica. — Não foi você que levo
— Carolina, eu te aviso pela última vez, retire esta queixa e peça desculpas à Família Reis e à Família Santos! Caso contrário, não nos culpe por não sermos gentis com você. — Ana ameaçou Carolina com o dedo apontado para ela. Carolina balançou a cabeça. — As questões entre a Família Reis e a Família Santos não têm relação com a Família Silva. Eu devo a vocês vinte anos de criação, mas não devo nada à Família Reis ou à Família Santos. — Carolina! Agora você também aprendeu a retrucar? — Ana levantou a mão para bater em Carolina. — A senhora Silva também quer ir à delegacia? — Na porta, a voz de José soou fria. Rui ficou surpreso por um momento e franziu a testa ao olhar para José. Ele se aproximava de Carolina só para lidar com Pedro, para Rui, José também não era uma boa pessoa. Olhou significativamente para Carolina por um momento, Rui quis dizer algo, mas acabou não dizendo. — Mãe, pai, vamos embora. Ana respirava com dificuldade de raiva, virou-se para olhar José. — Jos
José estava recostado no assento, achando engraçado o modo como Carolina estava tão cautelosa. — Quer que eu abra a porta do carro para você? Carolina deixou escapar um som surpreso, abaixando a cabeça enquanto suas orelhas ficavam vermelhas. Distraída durante o trajeto, Carolina nem percebeu que aquela não era a rota para casa dela. Foi só quando o carro parou em frente ao Cartório de Registro Civil que José falou. — Saia do carro. Carolina ficou boquiaberta por um momento, apressadamente desceu do carro, olhando ao redor surpresa. — Pre...Presidente Santos? — Você não disse que quer que eu me case com você? — José caminhou em direção ao Cartório de Registro Civil. Carolina ficou parada, rígida, com os dedos e as pernas formigando. — Presidente Santos...não foi isso que eu quis dizer, eu não... José parou e olhou para Carolina. — Você pode recusar. — Na verdade, não precisava fazer isso... — Carolina gaguejou tentando explicar. —Ou você tem uma maneira melhor de se pro
— Vocês dois vieram mesmo tirar fotos para o registro de casamento? — perguntou cuidadosamente o funcionário do Cartório de Registro Civil.Como este casamento era apenas uma parceria, Afonso havia instruído o funcionário a manter tudo em sigilo. Carolina estava nervosa, sentada ao lado, segurando firmemente suas roupas. José, por outro lado, se aproximou dela.— Senhorita, sorria um pouco. — O funcionário brincou com Carolina, que parecia estar indo para a guilhotina para quem não soubesse da situação.Carolina olhou nervosamente para José e forçou um sorriso. O funcionário suspirou, ainda insatisfeito.— Augusto disse que quando Tiago era pequeno, ele gostava de correr pelado pela rua, e só aprendeu a usar calças depois que levou uma picada de abelha no bumbum. — José comentou, olhando para Carolina. — É verdade?Carolina olhou para os olhos de José, que brilhavam como flores de pessegueiro, e sentiu um aperto no coração. José, que não era de sorrir, estava tentando fazê-la rir. Ao
Carolina assentiu com a cabeça.— Ah, o escritório do Presidente Santos é uma área restrita, não pode entrar. — Afonso acrescentou.José lançou um olhar para Afonso e, sem expressão, falou. — Não há áreas restritas na casa, fique à vontade, mas prefiro não ser interrompido enquanto trabalho.Carolina assentiu rapidamente.— ... — Afonso pensou para si mesmo, isso não é um padrão duplo? Quando eu venho, o escritório é uma área restrita!— Todas as manhãs, às sete e meia, um chef virá pontualmente preparar o café da manhã. Se quiser algo específico, pode avisar a empregada com um dia de antecedência. — José deu uma olhada em Carolina. — Cuide bem da sua saúde, ser minha assistente pessoal pode ser cansativo.Carolina assentiu repetidamente, sentindo as palmas das mãos suando.— Se precisar de algo, pode me avisar antecipadamente. — José deu uma olhada no relógio, não havia mais nada a dizer, o telefone estava tocando constantemente, era Ricardo quem ligava.— Fique à vontade, descanse be