Cidade C, casa dos Nono. — Senhor? Seu avô já descansou. — Senhor... — Senhor! O mordomo e o segurança não conseguiram impedir Marcos, que derrubou um deles com um soco. — Senhor, desta vez ainda tenho que agradecer pela sua ajuda. — Na sala, Pedro estava tomando chá com o avô de Marcos. O velho da família Nono havia libertado Pedro sob fiança, e ele naturalmente foi visitá-lo. Pedro e sua mãe sempre quiseram tomar o que originalmente pertencia a José, então conseguir o apoio dos diretores da empresa e dos parceiros comerciais se tornava especialmente importante. Nos últimos anos, José havia pressionado Pedro fortemente, para se conectar com a família Nono, ele usou a relação entre as famílias Reis e Nono, e estava disposto a fazer qualquer coisa. — Pedro, você é um bom garoto. Desta vez foi o vovô que pediu sua ajuda, e por isso você se meteu em problemas. — O velho Nono começou a falar com um sorriso. — Vamos jantar aqui esta noite antes de você ir. — Está bem, se
— Carolina pegou o celular de um transeunte e fez essa ligação. Verifiquei, é o número do José. No carro, Daniel falou em voz baixa, os nós dos dedos segurando o volante ficando brancos. Essas pessoas eram realmente repugnantes, fazendo isso com uma mulher. — O número do José? — Marcos perguntou em um tom grave. — Sim... Marcos se encostou no banco de trás e fechou os olhos lentamente. Carolina realmente contatou José, mas não quis entrar em contato com ele. Ela poderia muito bem ter ligado para ele. — Vá para Cidade A. — Marcos abriu os olhos lentamente, com um olhar profundo. Carolina era dele, ninguém poderia tirá-la dele. Ele havia se esforçado tanto, até desgastando suas defesas, e finalmente a fez se submeter a ele. José queria roubar-lhe a mulher nessa hora? Não tinha como. ... Cidade A, Jardim de Infância Reis. Carolina chegou pontualmente na porta da escola às cinco e meia da tarde, pronta para buscar Tiago. — Senhorita Carolina? O aluno Tiago tev
Luísa sempre mimou Alberto, afinal, ele era o filho que ela teve com Leandro após tanto esforço. Leandro não amava Luísa, mas para manter Leandro ao seu lado, Luísa se dedicou muito ao filho. Ela correu ansiosamente até Alberto, olhou para os lados e viu que o rosto do filho estava vermelho, com uma expressão de raiva ao encarar o diretor da administração. — Como vocês cuidam das crianças! O diretor rapidamente se levantou para se desculpar, fazendo uma expressão de servilismo. — Senhorita Santos, a situação é a seguinte, as duas crianças estavam brincando... — Brincando? — Luísa lançou um olhar frio na direção de Carolina, e sua expressão imediatamente escureceu. — Carolina? Carolina apertou Tiago contra si e abaixou a cabeça, tentando sair. — Hm... eu pensei que era alguém diferente, mas é você de novo. Você fez seu filho agredir o meu? — A voz de Luísa era afiada, enquanto ordenava aos seguranças na porta que a impedissem de sair. — Impedam-nos! Os seguranças ficaram n
Tiago segurou as mãos com força, encarando Alberto. Os professores e o diretor ao lado não se atreveram a dizer uma palavra, de um lado estava a filha da família Santos, do outro, a pessoa que o Presidente Santos havia indicado. Era evidente que Luísa era mais importante. Afinal, uma filha de família rica e um interesse passageiro eram coisas diferentes. — Não quer pedir desculpas, é? — Ao ver que Carolina não tinha intenção de se mover, Luísa olhou para o diretor. — Expulsem esse filho ilegítimo e informem todas as escolas de Cidade A; quero ver quem se atreve a aceitá-lo! — Mas... — O diretor, nervoso, enxugou o suor. — Se houver qualquer problema, eu assumo. — Luísa resmungou. — Se meu irmão perguntar, diga que esse filho ilegítimo machucou seu sobrinho. O diretor acenou rapidamente com a cabeça. Ele sabia distinguir o que era mais importante. Carolina tinha os olhos vermelhos; diante de tal bullying de poder, ela se sentia impotente e sem capacidade de resistência,
Tiago ficou paralisado por um momento, olhando para Marcos com confusão, e se escondeu um pouco mais no colo de Carolina, com medo. Carolina estava nervosa, olhando para baixo. — Presidente Nono... — A culpa foi minha... — Marcos se desculpou primeiro, realmente foi descuido dele, não esperava que Pedro e as pessoas da família Reis fossem até seu avô para agredi-lo. — Venha comigo. Carolina olhou para baixo e respirou fundo. — Não... não vou voltar. Marcos tentou segurar a mão de Carolina, mas ela se afastou. Ele viu um distanciamento nos olhos dela. — É por eu não ter te protegido... ou porque eu não concordei em cancelar o noivado com Cátia? — Marcos perguntou em um tom sério. Carolina olhou para baixo, sem dizer nada. Na verdade, Marcos sabia de tudo. Era apenas que ela não era importante o suficiente. — Mamãe... — Tiago abraçou Carolina, perguntando em voz baixa. — Quem é ele? Carolina tinha os olhos vermelhos e olhou para Marcos com cautela. Ela realmente n
Marcos estava ao lado de Carolina, queria dizer algo, mas várias vezes que abriu a boca, engoliu as palavras de volta. O ônibus chegou, Carolina subiu no ônibus, e Marcos também a seguiu. Na memória de Marcos, ele nunca havia pegado um ônibus. O ônibus estava um pouco cheio, e Marcos não queria que Carolina ficasse muito cansada segurando a criança, então se ofereceu para segurar Tiago. Tiago também não queria que a mãe ficasse cansada, então estendeu a mão para Marcos. Carolina hesitou por um momento e entregou Tiago a Marcos. O ônibus freou bruscamente, Carolina não conseguiu se equilibrar e quase caiu, mas foi segurada por Marcos. — Senhorita, venha sentar aqui segurando a criança, olha só, vocês três são muito bonitos. Que família feliz!— No ônibus, uma senhora idosa sorriu e se levantou, convidando Carolina a sentar. — Não precisa... não precisa, obrigada. — Carolina acenou com a mão. A senhora idosa sorriu. — É tão bom ser jovem, a sua criança é muito adorável.
Na residência de Augusto. O aluguel da oficina estava prestes a vencer, e Carolina, Tiago e Augusto sempre estiveram lotados na oficina. — Irmão, o aluguel venceu, vamos renovar? — Carolina perguntou baixinho. — O proprietário veio hoje cobrar o aluguel, disse que vai aumentar o preço. Era evidente que alguém já tinha falado com o proprietário, dificultando a vida de Carolina e Augusto intencionalmente. Augusto suspirou e se encostou na porta, fumando. — Eu vou resolver a moradia. Carolina acenou com a cabeça. — Irmão... hoje Tiago brigou com um colega, bateu no Alberto, filho dos Rodrigues. Augusto ficou surpreso por um momento, seu dedo segurando o cigarro congelou. — Tiago se machucou? Carolina balançou a cabeça. — Ele tem um inchaço na cabeça, mas não é nada sério, mas na escola... não podemos voltar, a mãe do Alberto é Luísa, da família Santos. Augusto franziu a testa e falou em tom sério. — Não vamos mais, vamos trocar de jardim de infância. Carolina sorriu amar
Ele não queria admitir, mas ainda não conseguia esquecer Carolina. — Ainda não voltou? Se não voltar logo, vai acontecer um grande evento em Cidade A! Você sabia que o filho de Carolina estuda no jardim de infância Rei por causa do José? Agora ela depende da ajuda do José e está extremamente arrogante, ontem até mandou o filho dela agredir o meu! Ouvi dizer que ainda xingou todo mundo que estava presente. Luísa sorriu sarcasticamente, Carolina realmente estava louca. Pedro ficou surpreso por um momento e perguntou rapidamente: — Você está falando de quem? Carolina? Ela está em Cidade A? — Isso mesmo, agora com a ajuda do José, ela está muito arrogante. Não sei o que o José pretende, você não ofendeu ele de novo, né? — Luísa realmente queria um lar harmonioso. Infelizmente, a ambição da mãe e do Pedro era muito grande. A voz de Pedro instantaneamente se tornou sombria. — José, foi ele. De fato, quem levou Carolina foi José. Fazer a polícia levá-lo embora na festa também fo