Marcos estava ao lado de Carolina, queria dizer algo, mas várias vezes que abriu a boca, engoliu as palavras de volta. O ônibus chegou, Carolina subiu no ônibus, e Marcos também a seguiu. Na memória de Marcos, ele nunca havia pegado um ônibus. O ônibus estava um pouco cheio, e Marcos não queria que Carolina ficasse muito cansada segurando a criança, então se ofereceu para segurar Tiago. Tiago também não queria que a mãe ficasse cansada, então estendeu a mão para Marcos. Carolina hesitou por um momento e entregou Tiago a Marcos. O ônibus freou bruscamente, Carolina não conseguiu se equilibrar e quase caiu, mas foi segurada por Marcos. — Senhorita, venha sentar aqui segurando a criança, olha só, vocês três são muito bonitos. Que família feliz!— No ônibus, uma senhora idosa sorriu e se levantou, convidando Carolina a sentar. — Não precisa... não precisa, obrigada. — Carolina acenou com a mão. A senhora idosa sorriu. — É tão bom ser jovem, a sua criança é muito adorável.
Na residência de Augusto. O aluguel da oficina estava prestes a vencer, e Carolina, Tiago e Augusto sempre estiveram lotados na oficina. — Irmão, o aluguel venceu, vamos renovar? — Carolina perguntou baixinho. — O proprietário veio hoje cobrar o aluguel, disse que vai aumentar o preço. Era evidente que alguém já tinha falado com o proprietário, dificultando a vida de Carolina e Augusto intencionalmente. Augusto suspirou e se encostou na porta, fumando. — Eu vou resolver a moradia. Carolina acenou com a cabeça. — Irmão... hoje Tiago brigou com um colega, bateu no Alberto, filho dos Rodrigues. Augusto ficou surpreso por um momento, seu dedo segurando o cigarro congelou. — Tiago se machucou? Carolina balançou a cabeça. — Ele tem um inchaço na cabeça, mas não é nada sério, mas na escola... não podemos voltar, a mãe do Alberto é Luísa, da família Santos. Augusto franziu a testa e falou em tom sério. — Não vamos mais, vamos trocar de jardim de infância. Carolina sorriu amar
Ele não queria admitir, mas ainda não conseguia esquecer Carolina. — Ainda não voltou? Se não voltar logo, vai acontecer um grande evento em Cidade A! Você sabia que o filho de Carolina estuda no jardim de infância Rei por causa do José? Agora ela depende da ajuda do José e está extremamente arrogante, ontem até mandou o filho dela agredir o meu! Ouvi dizer que ainda xingou todo mundo que estava presente. Luísa sorriu sarcasticamente, Carolina realmente estava louca. Pedro ficou surpreso por um momento e perguntou rapidamente: — Você está falando de quem? Carolina? Ela está em Cidade A? — Isso mesmo, agora com a ajuda do José, ela está muito arrogante. Não sei o que o José pretende, você não ofendeu ele de novo, né? — Luísa realmente queria um lar harmonioso. Infelizmente, a ambição da mãe e do Pedro era muito grande. A voz de Pedro instantaneamente se tornou sombria. — José, foi ele. De fato, quem levou Carolina foi José. Fazer a polícia levá-lo embora na festa também fo
Sentado no vestiário por um bom tempo, Augusto coçou a cabeça, irritado. Aqueles bastardos! Augusto saiu do vestiário com uma expressão sombria. Olhou para Júlia, que estava sentada no pátio, hesitou por um momento, mas decidiu deixar a ideia. — Augusto. Mas Júlia o chamou ativamente. Augusto fingiu não ouvir e tentou sair. — Augusto, a chefe está te chamando. — Um intrometido insistiu em lembrar Augusto. Augusto respirou fundo e se virou para Júlia. — Chefe, a senhora me chamou? — Hoje à noite tem hora extra, ganha trinta mil reais, que tal? — Júlia claramente queria continuar atormentando Augusto, não permitindo que ele descansasse. Na noite anterior, Augusto já havia ficado em pé a noite toda. Os outros guarda-costas perceberam que a chefe estava pegando no pé de Augusto e sentiram um pouco de pena dele. — Chefe, o Augusto já está sem descansar há três dias, desse jeito... Ele tem vida para ganhar dinheiro, mas ainda tem vida para gastá-lo? O que a chefe está
O rosto de Carolina empalideceu, e ela apertou as palmas das mãos com os dedos. — O que você está falando?— Não finja, você acha mesmo que eu não sei? Pergunte a qualquer pessoa por aqui e saberá que você trabalha como prostituta. Todos sabem! Você faz sexo comigo, e eu pago seu aluguel, tudo bem? — O senhorio se aproximou de Carolina com um sorriso, estendeu a mão e tocou nela.— Ah! — O senhorio gritou ao ver Tiago esmagando o peito do seu pé com um alicate de ferro.— Seu desgraçado! — O senhorio quis atacar Tiago.Carolina empurrou o senhorio com força, abraçou Tiago e saiu correndo.— O que você está fingindo ser? Uma prostituta está fingindo ser pura aqui. — O senhorio agarrou os cabelos de Carolina e a jogou no chão.— Mãe... — Tiago abraçou Carolina com medo.— O que diabos você está fazendo! — Felizmente, Augusto voltou a tempo. Ele correu e expulsou o senhorio.O senhorio percebeu a crueldade de Augusto, e, ao vê-lo voltar, ficou tão assustado que pegou as calças e saiu cor
Carolina olhou para Pedro com terror, a voz trêmula. — Não... não machuque meu irmão. — Carolina, eu já te avisei. Se você não me obedecer, farei as pessoas ao seu redor sofrerem. — Pedro a segurou firmemente, apertando seu queixo. — Desta vez, preste atenção. — Pedro... seu desgraçado... — Carolina falou com a voz trêmula. — Você não pode machucar meu irmão. José... José prometeu me proteger. A voz de Carolina tremia, esperando que mencionar José fizesse Pedro hesitar. Mas, ao contrário, isso apenas o enfureceu. — Você é realmente desprezível. — Pedro a puxou para uma cabana ao lado. — Você já dormiu com meu irmão? Carolina mordeu o lábio, olhando para Pedro com ódio. — Você não tem o direito... não tem o direito de me perguntar isso. — Eu não tenho direito? Até onde você pode chegar na sua degradação, Carolina? — Pedro riu sarcasticamente, rasgando a roupa dela com força. — Eu realmente lamento não ter te tocando antes. Carolina tremia, sentindo uma dor ardente onde
Ela estava tão cansada, realmente exausta. Que a deixe em paz. Se ela morresse, essas pessoas não teriam mais motivo para atormentá-los.— Pare de fingir que está morta... — A voz de Pedro tremia, mas ele ainda falou friamente. — Levem-na ao hospital.— Saia! — Augusto olhou para Pedro com os olhos avermelhados.Ele estava com medo de perder o controle e acabar matando Pedro.Pedro apertou os punhos. — Eu mesmo vou levá-la ao hospital!— Saia... — Augusto pegou Carolina nos braços, determinado a levá-la ao hospital.Do lado de fora. Ao saber que Pedro estava de volta, José chegou apressado dirigindo, mas encontrou Augusto carregando Carolina coberta de sangue.Marcos também estava presente. Ele veio porque estava preocupado e pediu a Daniel para encontrar o endereço de Augusto, querendo passar para ver o que estava acontecendo.— Hospital... eu a levo ao hospital. — José queria levar Carolina ao hospital.Ao ver Carolina coberta de sangue novamente, José sentiu suas emoções saírem de
No hospital da Cidade A. José estava sentado do lado de fora da sala de emergência, todo seu semblante era de desânimo. — Presidente José... — Afonso não teve coragem de se aproximar. José estava com um ar assustador. Afonso havia visto José assim apenas duas vezes: uma no funeral de sua mãe e agora. Na verdade, Afonso entendia muito bem José, eles tinham uma relação de parentesco, então ele sabia desde pequeno que José sempre foi o gênio e o bom garoto na boca dos outros. Mas Afonso sempre soube que José não era feliz. José tinha capacidade, talento e poder, mas nunca teve verdadeira felicidade. Nasceu na família Santos significava responsabilidades e pressões muito maiores do que as de qualquer pessoa comum. — O Marcos mandou o Pedro para o hospital, Lídia já sabe e está a caminho com o senhor Ricardo, isso pode virar um grande problema. Se a família Santos tiver que culpar alguém, não ousariam culpar Marcos diretamente, então provavelmente vão atrás de Carolina. Af