Tiago segurou as mãos com força, encarando Alberto. Os professores e o diretor ao lado não se atreveram a dizer uma palavra, de um lado estava a filha da família Santos, do outro, a pessoa que o Presidente Santos havia indicado. Era evidente que Luísa era mais importante. Afinal, uma filha de família rica e um interesse passageiro eram coisas diferentes. — Não quer pedir desculpas, é? — Ao ver que Carolina não tinha intenção de se mover, Luísa olhou para o diretor. — Expulsem esse filho ilegítimo e informem todas as escolas de Cidade A; quero ver quem se atreve a aceitá-lo! — Mas... — O diretor, nervoso, enxugou o suor. — Se houver qualquer problema, eu assumo. — Luísa resmungou. — Se meu irmão perguntar, diga que esse filho ilegítimo machucou seu sobrinho. O diretor acenou rapidamente com a cabeça. Ele sabia distinguir o que era mais importante. Carolina tinha os olhos vermelhos; diante de tal bullying de poder, ela se sentia impotente e sem capacidade de resistência,
Tiago ficou paralisado por um momento, olhando para Marcos com confusão, e se escondeu um pouco mais no colo de Carolina, com medo. Carolina estava nervosa, olhando para baixo. — Presidente Nono... — A culpa foi minha... — Marcos se desculpou primeiro, realmente foi descuido dele, não esperava que Pedro e as pessoas da família Reis fossem até seu avô para agredi-lo. — Venha comigo. Carolina olhou para baixo e respirou fundo. — Não... não vou voltar. Marcos tentou segurar a mão de Carolina, mas ela se afastou. Ele viu um distanciamento nos olhos dela. — É por eu não ter te protegido... ou porque eu não concordei em cancelar o noivado com Cátia? — Marcos perguntou em um tom sério. Carolina olhou para baixo, sem dizer nada. Na verdade, Marcos sabia de tudo. Era apenas que ela não era importante o suficiente. — Mamãe... — Tiago abraçou Carolina, perguntando em voz baixa. — Quem é ele? Carolina tinha os olhos vermelhos e olhou para Marcos com cautela. Ela realmente n
Marcos estava ao lado de Carolina, queria dizer algo, mas várias vezes que abriu a boca, engoliu as palavras de volta. O ônibus chegou, Carolina subiu no ônibus, e Marcos também a seguiu. Na memória de Marcos, ele nunca havia pegado um ônibus. O ônibus estava um pouco cheio, e Marcos não queria que Carolina ficasse muito cansada segurando a criança, então se ofereceu para segurar Tiago. Tiago também não queria que a mãe ficasse cansada, então estendeu a mão para Marcos. Carolina hesitou por um momento e entregou Tiago a Marcos. O ônibus freou bruscamente, Carolina não conseguiu se equilibrar e quase caiu, mas foi segurada por Marcos. — Senhorita, venha sentar aqui segurando a criança, olha só, vocês três são muito bonitos. Que família feliz!— No ônibus, uma senhora idosa sorriu e se levantou, convidando Carolina a sentar. — Não precisa... não precisa, obrigada. — Carolina acenou com a mão. A senhora idosa sorriu. — É tão bom ser jovem, a sua criança é muito adorável.
Na residência de Augusto. O aluguel da oficina estava prestes a vencer, e Carolina, Tiago e Augusto sempre estiveram lotados na oficina. — Irmão, o aluguel venceu, vamos renovar? — Carolina perguntou baixinho. — O proprietário veio hoje cobrar o aluguel, disse que vai aumentar o preço. Era evidente que alguém já tinha falado com o proprietário, dificultando a vida de Carolina e Augusto intencionalmente. Augusto suspirou e se encostou na porta, fumando. — Eu vou resolver a moradia. Carolina acenou com a cabeça. — Irmão... hoje Tiago brigou com um colega, bateu no Alberto, filho dos Rodrigues. Augusto ficou surpreso por um momento, seu dedo segurando o cigarro congelou. — Tiago se machucou? Carolina balançou a cabeça. — Ele tem um inchaço na cabeça, mas não é nada sério, mas na escola... não podemos voltar, a mãe do Alberto é Luísa, da família Santos. Augusto franziu a testa e falou em tom sério. — Não vamos mais, vamos trocar de jardim de infância. Carolina sorriu amar
Ele não queria admitir, mas ainda não conseguia esquecer Carolina. — Ainda não voltou? Se não voltar logo, vai acontecer um grande evento em Cidade A! Você sabia que o filho de Carolina estuda no jardim de infância Rei por causa do José? Agora ela depende da ajuda do José e está extremamente arrogante, ontem até mandou o filho dela agredir o meu! Ouvi dizer que ainda xingou todo mundo que estava presente. Luísa sorriu sarcasticamente, Carolina realmente estava louca. Pedro ficou surpreso por um momento e perguntou rapidamente: — Você está falando de quem? Carolina? Ela está em Cidade A? — Isso mesmo, agora com a ajuda do José, ela está muito arrogante. Não sei o que o José pretende, você não ofendeu ele de novo, né? — Luísa realmente queria um lar harmonioso. Infelizmente, a ambição da mãe e do Pedro era muito grande. A voz de Pedro instantaneamente se tornou sombria. — José, foi ele. De fato, quem levou Carolina foi José. Fazer a polícia levá-lo embora na festa também fo
Sentado no vestiário por um bom tempo, Augusto coçou a cabeça, irritado. Aqueles bastardos! Augusto saiu do vestiário com uma expressão sombria. Olhou para Júlia, que estava sentada no pátio, hesitou por um momento, mas decidiu deixar a ideia. — Augusto. Mas Júlia o chamou ativamente. Augusto fingiu não ouvir e tentou sair. — Augusto, a chefe está te chamando. — Um intrometido insistiu em lembrar Augusto. Augusto respirou fundo e se virou para Júlia. — Chefe, a senhora me chamou? — Hoje à noite tem hora extra, ganha trinta mil reais, que tal? — Júlia claramente queria continuar atormentando Augusto, não permitindo que ele descansasse. Na noite anterior, Augusto já havia ficado em pé a noite toda. Os outros guarda-costas perceberam que a chefe estava pegando no pé de Augusto e sentiram um pouco de pena dele. — Chefe, o Augusto já está sem descansar há três dias, desse jeito... Ele tem vida para ganhar dinheiro, mas ainda tem vida para gastá-lo? O que a chefe está
O rosto de Carolina empalideceu, e ela apertou as palmas das mãos com os dedos. — O que você está falando?— Não finja, você acha mesmo que eu não sei? Pergunte a qualquer pessoa por aqui e saberá que você trabalha como prostituta. Todos sabem! Você faz sexo comigo, e eu pago seu aluguel, tudo bem? — O senhorio se aproximou de Carolina com um sorriso, estendeu a mão e tocou nela.— Ah! — O senhorio gritou ao ver Tiago esmagando o peito do seu pé com um alicate de ferro.— Seu desgraçado! — O senhorio quis atacar Tiago.Carolina empurrou o senhorio com força, abraçou Tiago e saiu correndo.— O que você está fingindo ser? Uma prostituta está fingindo ser pura aqui. — O senhorio agarrou os cabelos de Carolina e a jogou no chão.— Mãe... — Tiago abraçou Carolina com medo.— O que diabos você está fazendo! — Felizmente, Augusto voltou a tempo. Ele correu e expulsou o senhorio.O senhorio percebeu a crueldade de Augusto, e, ao vê-lo voltar, ficou tão assustado que pegou as calças e saiu cor
Carolina olhou para Pedro com terror, a voz trêmula. — Não... não machuque meu irmão. — Carolina, eu já te avisei. Se você não me obedecer, farei as pessoas ao seu redor sofrerem. — Pedro a segurou firmemente, apertando seu queixo. — Desta vez, preste atenção. — Pedro... seu desgraçado... — Carolina falou com a voz trêmula. — Você não pode machucar meu irmão. José... José prometeu me proteger. A voz de Carolina tremia, esperando que mencionar José fizesse Pedro hesitar. Mas, ao contrário, isso apenas o enfureceu. — Você é realmente desprezível. — Pedro a puxou para uma cabana ao lado. — Você já dormiu com meu irmão? Carolina mordeu o lábio, olhando para Pedro com ódio. — Você não tem o direito... não tem o direito de me perguntar isso. — Eu não tenho direito? Até onde você pode chegar na sua degradação, Carolina? — Pedro riu sarcasticamente, rasgando a roupa dela com força. — Eu realmente lamento não ter te tocando antes. Carolina tremia, sentindo uma dor ardente onde