Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Capítulo 918
Joana lançou um olhar frio e repleto de desprezo, enquanto seus olhos refletiam uma ira crescente. Seu corpo se inclinou ligeiramente para frente, demonstrando que estava pronta para confrontar Michele sem medir as consequências.— Dar para uma estranha? Agora sou considerada uma estranha? — Disparou Michele, com a voz cheia de ironia e um leve tom desafiador.Esther sentiu um peso no peito. Mesmo após decidir transferir os bens para Michele, a insatisfação de Joana parecia não ter limites. Ela respirou fundo antes de intervir:— Michele, eu te chamei para resolvermos isso de forma pacífica, não para alimentar mais conflitos. Minha intenção não era criar essa situação. Não fique irritada. Essa decisão de passar os bens para você foi minha, e ninguém tem o direito de questioná-la.O olhar de Esther se voltou para Gilberto, que imediatamente compreendeu o recado. Apesar do choque pela escolha inesperada de Esther, ele se manteve fiel ao seu dever. Com passos firmes, entregou os documento
Capítulo 919
Enquanto dizia isso, Michele começou a andar na direção de Joana. Mesmo sem grande estatura, Michele exalava uma aura que parecia esmagar Joana, a reduzindo a uma sombra de si mesma. Joana empalideceu num instante. O nome de Sofia foi como um golpe certeiro. Ela compreendia exatamente o que Michele insinuava. A relação sigilosa que mantinha com Sofia era um dos segredos mais comentados na família Mendes, ainda que jamais dito em voz alta. Finalmente, Joana percebeu que sua tentativa desesperada de manter as aparências havia fracassado miseravelmente.Não era de se admirar que o vovô Mendes nunca aceitasse suas ideias e preferisse Esther como esposa de Marcelo.Nem Vitor queria voltar para casa. Michele sempre a olhava com desprezo, e Esther sempre a olhava com uma frieza habitual.Um riso histérico escapou de seus lábios, quebrando o silêncio pesado que envolvia o ambiente.A gargalhada descontrolada parecia desmontar a imagem digna que Joana tanto se esforçava para sustentar.Sem di
Capítulo 920
Felipe e Isabela trocaram um olhar carregado de preocupação ao ouvir as palavras de Esther.— Como assim, filha? Você sai de casa e volta com esse tipo de discurso? — Perguntou Felipe, com um tom de voz que oscilava entre a ansiedade e a confusão.Os dois pareciam estar juntando os pedaços de um quebra-cabeça invisível. Havia algo que eles intuiam, mas nenhum conseguia traduzir em palavras. Seus olhos brilhavam com uma mistura de dor e incerteza, enquanto o silêncio no ambiente crescia.Foi Esther quem decidiu romper aquele momento constrangedor.— Pai, mãe, eu sei que não sou filha biológica de vocês, mas vocês sempre me trataram como se fosse. Antes que qualquer um pudesse reagir, Esther se ajoelhou diante deles. A ação inesperada fez Felipe tentar puxá-la de volta.Mas Esther foi mais rápida. Com movimentos decididos, ela se curvou em seis reverências consecutivas, enquanto seus olhos iam ficando cada vez mais vermelhos.— Vocês sempre me deram tudo, e eu nunca poderei devolver na
Capítulo 921
Se Esther decidisse nunca se casar, isso não importava para Isabela. O que realmente importava era ver a filha feliz e realizada.— Se você optar por viver sozinha, tudo bem. Não quer ter filhos? Também não tem problema. Mas, se um dia mudar de ideia, pense em adotar. Há tantas crianças esperando por uma família!As palavras calorosas de Isabela tocaram Esther profundamente. Embora não compartilhassem laços de sangue, Felipe e Isabela eram os melhores pais que ela poderia ter desejado. Foram eles que a acolheram, lhe oferecendo um lar cheio de amor.Nos momentos em que a vida parecia insuportável, eles estiveram ao lado dela, mostrando que sempre havia uma saída, uma nova chance de recomeçar.Os olhos de Esther se encheram de lágrimas, mas ela conseguiu dar um sorriso sincero.— Pai, mãe, já tomei minha decisão. Marcelo deu sua vida por algo em que acreditava profundamente. Ele não conseguiu concluir sua missão, e agora quero continuar o trabalho que ele começou, mas de uma maneira dif
Capítulo 922
— Não vou aceitar. Onde eu vou encontrar tempo para gastar dinheiro em um lugar como aquele? — Esther respondeu com firmeza, recusando o cartão que Felipe insistia em entregar a ela.Mas Felipe não deixou espaço para discussão. Ele balançou a cabeça e afirmou com convicção:— Esther, você acabou de dizer que somos seus pais, sempre seremos. Como pais, é nosso papel ajudar você, mesmo que seja com dinheiro.Ele respirou fundo e continuou, agora num tom mais sereno, mas igualmente determinado:— Você vai precisar, filha. Já pensou se encontrar pessoas passando necessidade? Crianças ou idosos machucados? Você vai querer ajudar, não vai? Talvez precise comprar algo para eles.As palavras dele pegaram Esther de surpresa. Ela não imaginava que eles pensassem nisso. Por um momento, ela tentou responder, mas nenhum som saiu. Isabela, que estava ao lado, segurou a mão da filha e completou:— Aceita, Esther. Esse dinheiro é nossa forma de estar ao seu lado, mesmo à distância. Ajude quem puder.
Capítulo 923
Rita não aceitava a ideia de deixar Esther enfrentar tudo sozinha. Ela insistia que precisava estar ao lado da amiga para protegê-la. Mas Esther, consciente de suas próprias responsabilidades, acreditava que esse era um desafio que deveria enfrentar sozinha. Mesmo entendendo o desejo de Rita em ajudar, ela sabia que não podia permitir que a amiga sacrificasse seus próprios planos por sua causa.— Rita, você tem uma vida para viver. Não precisa se preocupar comigo. Quando escolhi esse caminho, eu estava ciente de que podia me virar sozinha. — Disse Esther, firme, enquanto olhava diretamente nos olhos da amiga.Rita conhecia bem a determinação de Esther. Quando a amiga tomava uma decisão, era praticamente impossível fazê-la mudar de ideia.— Certo, não vou discutir com você agora. — Respondeu Rita, tentando esconder sua inquietação.Apesar de parecer concordar, Rita já tinha decidido que encontraria um meio de se manter por perto. Ela não conseguiria ficar longe de Esther, especialmente
Capítulo 924
O garoto, com um jeitinho tímido, parecia um filhote frágil, encolhido contra o peito de Esther. As mãozinhas repousavam sobre ela, firmes, mas com delicadeza, como se ele temesse ser afastado.Quando ela pensou em afastar as pequenas mãos, uma voz doce e baixa quebrou o silêncio:— O som do seu coração me acalma...Sem qualquer aviso, ele a apertou com mais força, como se encontrasse segurança naquele abraço.Durante os cinco anos trabalhando em zonas de guerra, Esther já havia encontrado muitas crianças, mas aquele menino tinha algo especial. Havia uma ternura em sua voz que parecia atingir diretamente o coração dela, algo que ela não conseguia explicar.Com cuidado, ela o ergueu nos braços e começou a caminhar em direção à saída. O vento carregava areia pelo ar, tornando o ambiente ainda mais inóspito. Apesar disso, ela encontrou um jipe militar do País B e se aproximou.— Comandante, será que poderia nos dar uma carona até a embaixada?— Claro.O motorista notou o crachá de jornali
Capítulo 1
No hotel, tudo estava uma bagunça.Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.As meias-calças estavam rasgadas por ele.Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.Ela quem tinha chamado.Exatamente o tipo que Marcelo Mendes go