— Eu vou ver a Esther! — Rita não conseguia mais suportar ficar esperando naquela enfermaria.— De jeito nenhum, você é prisioneira e não pode sair do quarto! — Retrucou Durval, em tom firme.— E por que você não vem comigo? — Respondeu ela, irritada. — Olha o meu estado, acha que eu vou conseguir fugir?Para Rita, a teimosia de Durval beirava a insensatez, uma cabeça dura que não entendia o momento.Durval, porém, não cedia.— Sem ordem superior, você não pode dar um passo sequer fora da enfermaria!Vendo que ele não se dobrava nem um pouco, Rita franziu o rosto, seu olhar endureceu.— E se eu te desafiar e for mesmo assim?— Então você...Antes que ele terminasse a frase, Rita, enfurecida, deu um tapa nele, no rosto. Durval ficou pasmo, jamais esperava uma reação tão agressiva. Ele não queria levantar a mão para ela, mas Rita não tinha a menor hesitação em atacá-lo. Durante toda a sua vida, ele já havia enfrentado muitas punições, mas nunca imaginou que um dia seria esbofeteado por u
— Você... — Durval engoliu em seco, incapaz de responder. Tentava ajudar, mas só ouvia ofensas em troca. A essa altura, percebeu que não adiantava nada argumentar. Tudo que dissesse parecia ser interpretado da pior forma por ela.Além de frustrado, estava também um pouco ressentido. Nunca havia lidado com alguém tão complicada como Rita.Sem querer prolongar a discussão, Rita se voltou para André.— Você acabou de dizer que eu posso ver Esther. Eu estou literalmente mancando aqui! Não tem a menor chance de eu fugir. Mesmo se eu for culpada de alguma coisa, só vou para a prisão depois que me condenarem! Até lá, estarei cooperando com a investigação, então o mínimo que vocês poderiam fazer era me deixar ver a Esther!André, já mais relaxado, se virou para Durval.— Ah, Durval, vai dizer que não dá para facilitar um pouquinho? O Capitão Marcelo não falou nada contra. Quando a situação permite, é bom lembrar que a gente também precisa ser humano, né?Durval, embora ainda mantivesse uma des
Marcelo olhou para Rita e, com uma expressão séria e tranquila, perguntou:— Qual você acha que será o seu destino?Rita deu um sorriso amargo, quase resignada.— Talvez eu morra, ou acabe presa por muito tempo. Eu já aceitei o que me espera. No fim das contas, nunca fui uma pessoa boa, não é?Marcelo então lhe propôs algo inesperado.— E se houvesse uma chance de você se redimir?Rita ergueu o rosto, surpresa.— Você está falando sério? Existe mesmo essa possibilidade?Com calma, Marcelo explicou:— Tudo que pode beneficiar o país pode ser considerado uma forma de redenção.Ao ouvir isso, Rita abaixou os olhos, visivelmente desanimada.— Acho que não tenho chance, então. De que eu serviria? Minha vida foi lutar e fazer coisas erradas. Fora isso, não sou boa em nada.Marcelo encarou ela com firmeza.— Você é útil, sim. Há muitas pessoas esperando para serem salvas por você. Quando estiver recuperada, poderá fazer a diferença.Rita observou ele, sem conseguir disfarçar a surpresa. Aquel
Ao ouvir a proposta, Diego sorriu com certo cinismo e respondeu:— Você parece estar tão bem... Isso é realmente uma surpresa. Então quer dizer que o Gustavo conseguiu a cura para você? Não faz sentido... Eu duvido que ele tenha conseguido criar uma cura de verdade. Impossível.Diego fixou os olhos em Marcelo, com um olhar cheio de desconfiança, tentando entender a situação.— Você realmente não está sentindo nada estranho no corpo? — Perguntou ele, de repente.Marcelo bateu com força as mãos sobre a mesa, fazendo um barulho alto que ecoou pela sala. Seus olhos estavam sombrios e ameaçadores ao encarar Diego.— Fale algo que preste!Diego notou a intensidade e a raiva no olhar de Marcelo. Com um leve sorriso nos lábios, ele murmurou:— Então você não conseguiu a cura, afinal.As veias dos braços de Marcelo saltaram, sua paciência estava no limite. Ele rangia os dentes, como se estivesse a ponto de explodir.Percebendo que era melhor colaborar, Diego deu de ombros e começou a falar:— O
A situação não colocava diretamente em risco a reputação da prisão. O diretor sabia que, se isso fosse adiante, ele poderia muito bem perder seu cargo.— Capitão Marcelo, foi um erro meu... — Disse o diretor, em tom de desculpa.Marcelo olhou fixamente para o guarda preso. Sua raiva estava incontrolável, seus olhos estavam vermelhos de fúria. Sem pensar duas vezes, ele desferiu um chute poderoso contra o homem.A força do golpe foi tanta que o guarda caiu no chão, tossindo sem parar e, pelo som, parecia ter quebrado duas costelas. Mas Marcelo ainda não estava satisfeito. Com o rosto tomado por um ódio sombrio, ele puxou o guarda pelos colarinhos e o ergueu do chão.— Quem te mandou aqui? Você trabalha para eles?O guarda, mesmo diante da situação, sorriu de forma insana, como alguém que já havia sido manipulado até o limite. Para ele, aquela missão era algo quase sagrado.— Minha tarefa está cumprida. — Respondeu ele, com um sorriso perturbador, como se estivesse preparado para aceita
— Qualquer mínima pista que surgir, me avise imediatamente! — Ordenou Marcelo, com a voz firme e cheia de urgência.— Sim, Capitão Marcelo. — Respondeu André, igualmente preocupado. Com a morte de Diego, ele sabia que Marcelo estava impaciente, e a pressão sobre eles só aumentava.Diego estava morto, então não fazia mais sentido insistir nele. Marcelo teria que buscar outra estratégia....Quando Esther despertou, notou que seu corpo estava bem e percebeu que estava em um quarto de hospital. Lembrando de tudo o que aconteceu, um sentimento amargo surgiu em seu peito. Ela acreditou que tinha conseguido o antídoto... Mas no final, tudo foi uma ilusão. Não havia cura fácil para o veneno do Faraó. No fundo, Esther já suspeitava desse desfecho. Aquela substância parecia não ter solução simples.Apesar disso, ela ainda sentia alguns efeitos. A cabeça latejava levemente.— Esther! — Chamou uma voz familiar.Ela ergueu o olhar e, para sua surpresa, viu que Nanda, Melissa e Diana haviam chegad
— Ah, não... Namorar dá muito trabalho! — Nanda rejeitou a ideia com veemência, fazendo um gesto de desinteresse.Ela nunca namorou antes, achava que só traria complicações. Desde pequena, estudava em um colégio feminino e não tinha muito contato com homens, o que, no fundo, fez com que ela não tivesse muito interesse. Talvez tivesse até um certo desgosto.Esther pegou um dos bicos de mamadeira com carinho, com os olhos brilhando.— Esse é realmente muito fofo. Obrigada, meninas. Vocês estão se preocupando tanto com o bebê!— Ah, nada disso! Somos as madrinhas do bebê, é claro que vamos mimar ele! — Disse Melissa, animada.Esther riu, fazendo uma observação divertida:— Então meu filho está bem acompanhado! Uma estrela de cinema, uma diretora e roteirista, e uma artista. Acho que ele nem vai precisar lutar na vida. Só com essas madrinhas já está bem demais!— Ah, e que tal se, além de madrinhas poderosas, ele tiver também um pai à altura, hein? — Brincou Diana, lançando um olhar insinu
Esther olhava para ele, surpresa. Não esperava que Marcelo tivesse esse tipo de pensamento, mas, para a sua surpresa, ele parecia compartilhar da mesma visão que ela.— Você não vai dar moleza nenhuma pro nosso filho, hein? — Brincou Esther, com um sorriso curioso.Marcelo abraçou ela pela cintura, com um leve sorriso no canto dos lábios.— Claro que não. Nosso filho vai crescer e um dia casar, mas se tiver um monte de defeitos e não souber valorizar as pessoas, que mulher vai querer casar com ele? E mesmo que case, essa pobre coitada não vai acabar sofrendo?Esther sentiu um impulso de contestar aquela lógica. As outras pessoas no quarto tiveram o bom senso, vendo que eles estavam conversando e falando sobre o futuro, deram espaço a eles. Elas se olharam e saíram em silêncio, fechando a porta atrás de si.Esther, com um sorriso maroto, apontou para o peito dele e disse, um pouco ressentida:— Que bonito ver você falando assim, cheio de consciência. Mas e quando foi casar comigo, onde