Marcelo olhou para Rita e, com uma expressão séria e tranquila, perguntou:— Qual você acha que será o seu destino?Rita deu um sorriso amargo, quase resignada.— Talvez eu morra, ou acabe presa por muito tempo. Eu já aceitei o que me espera. No fim das contas, nunca fui uma pessoa boa, não é?Marcelo então lhe propôs algo inesperado.— E se houvesse uma chance de você se redimir?Rita ergueu o rosto, surpresa.— Você está falando sério? Existe mesmo essa possibilidade?Com calma, Marcelo explicou:— Tudo que pode beneficiar o país pode ser considerado uma forma de redenção.Ao ouvir isso, Rita abaixou os olhos, visivelmente desanimada.— Acho que não tenho chance, então. De que eu serviria? Minha vida foi lutar e fazer coisas erradas. Fora isso, não sou boa em nada.Marcelo encarou ela com firmeza.— Você é útil, sim. Há muitas pessoas esperando para serem salvas por você. Quando estiver recuperada, poderá fazer a diferença.Rita observou ele, sem conseguir disfarçar a surpresa. Aquel
Ao ouvir a proposta, Diego sorriu com certo cinismo e respondeu:— Você parece estar tão bem... Isso é realmente uma surpresa. Então quer dizer que o Gustavo conseguiu a cura para você? Não faz sentido... Eu duvido que ele tenha conseguido criar uma cura de verdade. Impossível.Diego fixou os olhos em Marcelo, com um olhar cheio de desconfiança, tentando entender a situação.— Você realmente não está sentindo nada estranho no corpo? — Perguntou ele, de repente.Marcelo bateu com força as mãos sobre a mesa, fazendo um barulho alto que ecoou pela sala. Seus olhos estavam sombrios e ameaçadores ao encarar Diego.— Fale algo que preste!Diego notou a intensidade e a raiva no olhar de Marcelo. Com um leve sorriso nos lábios, ele murmurou:— Então você não conseguiu a cura, afinal.As veias dos braços de Marcelo saltaram, sua paciência estava no limite. Ele rangia os dentes, como se estivesse a ponto de explodir.Percebendo que era melhor colaborar, Diego deu de ombros e começou a falar:— O
A situação não colocava diretamente em risco a reputação da prisão. O diretor sabia que, se isso fosse adiante, ele poderia muito bem perder seu cargo.— Capitão Marcelo, foi um erro meu... — Disse o diretor, em tom de desculpa.Marcelo olhou fixamente para o guarda preso. Sua raiva estava incontrolável, seus olhos estavam vermelhos de fúria. Sem pensar duas vezes, ele desferiu um chute poderoso contra o homem.A força do golpe foi tanta que o guarda caiu no chão, tossindo sem parar e, pelo som, parecia ter quebrado duas costelas. Mas Marcelo ainda não estava satisfeito. Com o rosto tomado por um ódio sombrio, ele puxou o guarda pelos colarinhos e o ergueu do chão.— Quem te mandou aqui? Você trabalha para eles?O guarda, mesmo diante da situação, sorriu de forma insana, como alguém que já havia sido manipulado até o limite. Para ele, aquela missão era algo quase sagrado.— Minha tarefa está cumprida. — Respondeu ele, com um sorriso perturbador, como se estivesse preparado para aceita
— Qualquer mínima pista que surgir, me avise imediatamente! — Ordenou Marcelo, com a voz firme e cheia de urgência.— Sim, Capitão Marcelo. — Respondeu André, igualmente preocupado. Com a morte de Diego, ele sabia que Marcelo estava impaciente, e a pressão sobre eles só aumentava.Diego estava morto, então não fazia mais sentido insistir nele. Marcelo teria que buscar outra estratégia....Quando Esther despertou, notou que seu corpo estava bem e percebeu que estava em um quarto de hospital. Lembrando de tudo o que aconteceu, um sentimento amargo surgiu em seu peito. Ela acreditou que tinha conseguido o antídoto... Mas no final, tudo foi uma ilusão. Não havia cura fácil para o veneno do Faraó. No fundo, Esther já suspeitava desse desfecho. Aquela substância parecia não ter solução simples.Apesar disso, ela ainda sentia alguns efeitos. A cabeça latejava levemente.— Esther! — Chamou uma voz familiar.Ela ergueu o olhar e, para sua surpresa, viu que Nanda, Melissa e Diana haviam chegad
— Ah, não... Namorar dá muito trabalho! — Nanda rejeitou a ideia com veemência, fazendo um gesto de desinteresse.Ela nunca namorou antes, achava que só traria complicações. Desde pequena, estudava em um colégio feminino e não tinha muito contato com homens, o que, no fundo, fez com que ela não tivesse muito interesse. Talvez tivesse até um certo desgosto.Esther pegou um dos bicos de mamadeira com carinho, com os olhos brilhando.— Esse é realmente muito fofo. Obrigada, meninas. Vocês estão se preocupando tanto com o bebê!— Ah, nada disso! Somos as madrinhas do bebê, é claro que vamos mimar ele! — Disse Melissa, animada.Esther riu, fazendo uma observação divertida:— Então meu filho está bem acompanhado! Uma estrela de cinema, uma diretora e roteirista, e uma artista. Acho que ele nem vai precisar lutar na vida. Só com essas madrinhas já está bem demais!— Ah, e que tal se, além de madrinhas poderosas, ele tiver também um pai à altura, hein? — Brincou Diana, lançando um olhar insinu
Esther olhava para ele, surpresa. Não esperava que Marcelo tivesse esse tipo de pensamento, mas, para a sua surpresa, ele parecia compartilhar da mesma visão que ela.— Você não vai dar moleza nenhuma pro nosso filho, hein? — Brincou Esther, com um sorriso curioso.Marcelo abraçou ela pela cintura, com um leve sorriso no canto dos lábios.— Claro que não. Nosso filho vai crescer e um dia casar, mas se tiver um monte de defeitos e não souber valorizar as pessoas, que mulher vai querer casar com ele? E mesmo que case, essa pobre coitada não vai acabar sofrendo?Esther sentiu um impulso de contestar aquela lógica. As outras pessoas no quarto tiveram o bom senso, vendo que eles estavam conversando e falando sobre o futuro, deram espaço a eles. Elas se olharam e saíram em silêncio, fechando a porta atrás de si.Esther, com um sorriso maroto, apontou para o peito dele e disse, um pouco ressentida:— Que bonito ver você falando assim, cheio de consciência. Mas e quando foi casar comigo, onde
Diana abraçou Esther com força, como se quisesse compartilhar e aliviar a dor que sentia pela amiga. Esther, sentindo o carinho, começou a acariciar suavemente as costas dela, sussurrando palavras de conforto. Elas eram mais do que amigas. Depois de tantos anos juntas, a amizade entre elas já havia se transformado em uma espécie de laço familiar.Esther, cansada de passar tanto tempo no hospital e já se preparando mentalmente para a possibilidade de uma longa estadia por conta de seu tratamento, sugeriu que as duas saíssem para tomar um ar.As duas saíram do hospital e, enquanto caminhavam e conversavam, uma voz feminina as interrompeu:— Esther?Uma jovem parou perto delas, olhando com certa incerteza, como se tentasse reconhecer Esther, mas ao mesmo tempo duvidando que fosse realmente ela. Esther se virou para ver quem a chamava, e ficou um pouco surpresa. A moça parecia vagamente familiar, mas seu nome estava em algum lugar nebuloso na memória de Esther.Vendo a expressão confusa
Esther parou de repente, com os olhos arregalados em choque, se virando para Letícia com uma expressão de incredulidade.— O que você disse? — Ela perguntou, segurando firme a mão de Letícia, como se precisasse de uma confirmação. Será que tinha ouvido direito? Não conseguia entender.Como ela poderia ter conhecido Sofia no ensino médio? De acordo com suas lembranças, só sabia da existência de Sofia depois de começar a gostar de Marcelo. E, por conta disso, jamais seria amiga dela. Afinal, Sofia era sua rival amorosa! Então, se ela sequer conhecia Marcelo na época da escola, como poderia ter conhecido Sofia?A situação parecia absurda demais para ser verdade, e Esther começou a questionar suas próprias memórias. Teria vivido toda sua vida em uma mentira?Letícia, vendo a mudança drástica na expressão de Esther, ficou confusa e um pouco assustada, achando que talvez tivesse dito algo errado.— Esther... Eu falei alguma coisa que te incomodou? — Perguntou, preocupada com a reação intensa