— Qualquer mínima pista que surgir, me avise imediatamente! — Ordenou Marcelo, com a voz firme e cheia de urgência.— Sim, Capitão Marcelo. — Respondeu André, igualmente preocupado. Com a morte de Diego, ele sabia que Marcelo estava impaciente, e a pressão sobre eles só aumentava.Diego estava morto, então não fazia mais sentido insistir nele. Marcelo teria que buscar outra estratégia....Quando Esther despertou, notou que seu corpo estava bem e percebeu que estava em um quarto de hospital. Lembrando de tudo o que aconteceu, um sentimento amargo surgiu em seu peito. Ela acreditou que tinha conseguido o antídoto... Mas no final, tudo foi uma ilusão. Não havia cura fácil para o veneno do Faraó. No fundo, Esther já suspeitava desse desfecho. Aquela substância parecia não ter solução simples.Apesar disso, ela ainda sentia alguns efeitos. A cabeça latejava levemente.— Esther! — Chamou uma voz familiar.Ela ergueu o olhar e, para sua surpresa, viu que Nanda, Melissa e Diana haviam chegad
— Ah, não... Namorar dá muito trabalho! — Nanda rejeitou a ideia com veemência, fazendo um gesto de desinteresse.Ela nunca namorou antes, achava que só traria complicações. Desde pequena, estudava em um colégio feminino e não tinha muito contato com homens, o que, no fundo, fez com que ela não tivesse muito interesse. Talvez tivesse até um certo desgosto.Esther pegou um dos bicos de mamadeira com carinho, com os olhos brilhando.— Esse é realmente muito fofo. Obrigada, meninas. Vocês estão se preocupando tanto com o bebê!— Ah, nada disso! Somos as madrinhas do bebê, é claro que vamos mimar ele! — Disse Melissa, animada.Esther riu, fazendo uma observação divertida:— Então meu filho está bem acompanhado! Uma estrela de cinema, uma diretora e roteirista, e uma artista. Acho que ele nem vai precisar lutar na vida. Só com essas madrinhas já está bem demais!— Ah, e que tal se, além de madrinhas poderosas, ele tiver também um pai à altura, hein? — Brincou Diana, lançando um olhar insinu
Esther olhava para ele, surpresa. Não esperava que Marcelo tivesse esse tipo de pensamento, mas, para a sua surpresa, ele parecia compartilhar da mesma visão que ela.— Você não vai dar moleza nenhuma pro nosso filho, hein? — Brincou Esther, com um sorriso curioso.Marcelo abraçou ela pela cintura, com um leve sorriso no canto dos lábios.— Claro que não. Nosso filho vai crescer e um dia casar, mas se tiver um monte de defeitos e não souber valorizar as pessoas, que mulher vai querer casar com ele? E mesmo que case, essa pobre coitada não vai acabar sofrendo?Esther sentiu um impulso de contestar aquela lógica. As outras pessoas no quarto tiveram o bom senso, vendo que eles estavam conversando e falando sobre o futuro, deram espaço a eles. Elas se olharam e saíram em silêncio, fechando a porta atrás de si.Esther, com um sorriso maroto, apontou para o peito dele e disse, um pouco ressentida:— Que bonito ver você falando assim, cheio de consciência. Mas e quando foi casar comigo, onde
Diana abraçou Esther com força, como se quisesse compartilhar e aliviar a dor que sentia pela amiga. Esther, sentindo o carinho, começou a acariciar suavemente as costas dela, sussurrando palavras de conforto. Elas eram mais do que amigas. Depois de tantos anos juntas, a amizade entre elas já havia se transformado em uma espécie de laço familiar.Esther, cansada de passar tanto tempo no hospital e já se preparando mentalmente para a possibilidade de uma longa estadia por conta de seu tratamento, sugeriu que as duas saíssem para tomar um ar.As duas saíram do hospital e, enquanto caminhavam e conversavam, uma voz feminina as interrompeu:— Esther?Uma jovem parou perto delas, olhando com certa incerteza, como se tentasse reconhecer Esther, mas ao mesmo tempo duvidando que fosse realmente ela. Esther se virou para ver quem a chamava, e ficou um pouco surpresa. A moça parecia vagamente familiar, mas seu nome estava em algum lugar nebuloso na memória de Esther.Vendo a expressão confusa
Esther parou de repente, com os olhos arregalados em choque, se virando para Letícia com uma expressão de incredulidade.— O que você disse? — Ela perguntou, segurando firme a mão de Letícia, como se precisasse de uma confirmação. Será que tinha ouvido direito? Não conseguia entender.Como ela poderia ter conhecido Sofia no ensino médio? De acordo com suas lembranças, só sabia da existência de Sofia depois de começar a gostar de Marcelo. E, por conta disso, jamais seria amiga dela. Afinal, Sofia era sua rival amorosa! Então, se ela sequer conhecia Marcelo na época da escola, como poderia ter conhecido Sofia?A situação parecia absurda demais para ser verdade, e Esther começou a questionar suas próprias memórias. Teria vivido toda sua vida em uma mentira?Letícia, vendo a mudança drástica na expressão de Esther, ficou confusa e um pouco assustada, achando que talvez tivesse dito algo errado.— Esther... Eu falei alguma coisa que te incomodou? — Perguntou, preocupada com a reação intensa
Esther finalmente entendia a gravidade da situação. No começo, Sofia parecia inofensiva, alguém que ela podia ignorar. Mas agora, depois de todas as manipulações e ciladas, era impossível deixar Sofia impune.— Vamos voltar. — Esther disse, tentando digerir tudo o que tinha ouvido. Só de pensar em tudo que Sofia poderia ter feito enquanto ela estava vulnerável, sem memória, sentia um arrepio. Sofia havia usado a amnésia dela como uma brecha para manipular e fazer se sabe lá o quê. Mas a questão era: como e por quê? O que ela realmente passou dentro daquela organização? Afinal, como Sofia a havia convencido a entrar? E por que ela conseguiu sair com sucesso?E Gustavo? O que ele realmente sabia para ainda ficar apreensivo com tudo isso?Era um quebra-cabeça sem fim, cheio de mistérios que faziam Esther sentir que havia um segredo ainda maior por trás de tudo. Como ela gostaria de lembrar de cada detalhe do passado! Talvez, assim, algumas respostas finalmente viessem à tona. Só que a a
Sofia ainda alimentava seu sonho de ser uma grande estrela. Achava que, enquanto mantivesse certos segredos longe das câmeras, nada a impediria de alcançar o topo da fama e um dia receber prêmios importantes. Na sua cabeça, quando finalmente estivesse no auge, tudo o que a incomodava agora seria coisa do passado.Mas a realidade foi um golpe duro.Ao ver a matéria recém-publicada, detalhando o que aconteceu no cativeiro e revelando segredos que ela acreditava estarem enterrados, Sofia sentiu o chão se abrir. Era um ataque direto à sua carreira. Depois de finalmente ter um período de sossego, mal havia se reestabelecido, e agora tudo aquilo ameaçava arruinar seu futuro como atriz. Vários diretores a estavam sondando para novos papéis, e ela não podia permitir que tudo isso fosse destruído.Seu rosto se contorceu em fúria.— Quem fez isso?— Foi a Panorama TV. — Respondeu Iara.Sofia explodiu, lançando o copo que segurava contra a parede.— Sempre ela, Esther! Está claro que essa mulher
— Agora você lembra que eu sou sua agente? — A voz da agente soou carregada de ironia. — Porque, quando você se mete em confusão, é a primeira a correr pra pedir ajuda à empresa. Não tem o Sr. Marcelo pra te socorrer? Então por que não procura ele? Toda vez que eu tento ajudar, você me ignora, me trata como se eu fosse invisível! Agora que o Sr. Marcelo te largou, você volta rastejando. Pois fique sabendo: estou fora! A agente havia suportado muitas humilhações de Sofia. A atriz era intratável, dramática e parecia não enxergar ninguém além dela mesma. Se não fosse pelo dinheiro, ela já teria largado essa cliente há muito tempo.— Alô? Alô? — Sofia tentou responder, mas a agente não deu ouvidos e desligou na cara dela.Sofia ficou ali, estática, ouvindo o som da linha desligada. Com a fúria crescente, seu rosto se distorceu. Em um surto de raiva, arremessou o celular com força contra a parede.— Só porque estou em uma fase ruim, esses desgraçados querem me apunhalar pelas costas! — Ela