Esther estava sentada quieta em um canto do sofá, com a mente cheia de pensamentos. Seus olhos vagueavam, sua mente dispersa. Só se deu conta de onde estava quando Marcelo acordou de seu sono profundo.

Ele massageou as têmporas, sentindo uma dor de cabeça insuportável. Seu corpo parecia exausto, como se tivesse sido desmontado e remontado. Ele se sentou, olhando ao redor da sala até seus olhos pousarem em Esther, que estava sentada não muito longe dele.

Ela não segurava o celular, e no ambiente só havia uma lâmpada de mesa de luz amarelada, cuja luz suave iluminava seu rosto, que parecia um pouco tenso.

Marcelo imediatamente percebeu que algo estava errado. Com a voz baixa, perguntou:

— O que aconteceu?

Esther ouviu sua voz e virou lentamente a cabeça. Seus olhos se encontraram com os dele, e a luz amarelada que o envolvia, que deveria ser reconfortante, naquele momento a fez sentir um certo distanciamento.

Ela não tentou esconder nada e revelou diretamente:

— Quando voltei, você j