Ela se levantou e foi em direção ao escritório do orientador.- Natacha, foi você quem salvou uma senhora em frente à escola ontem à tarde, certo? – Perguntou o orientador, em tom sério.Natacha ficou surpresa. Embora não estivesse buscando reconhecimento por seu ato, ela não esperava essa atitude do orientador.- Sim, fui eu quem a salvou. – Assentiu Natacha.O orientador falou com tom de reprovação: - Agora, aquela senhora faleceu e os familiares questionam se suas ações e uso de medicamentos estavam de acordo com os protocolos, o que teria atrasado o atendimento. Além disso, você é apenas uma estudante e não tem licença médica.- A senhora não sobreviveu mesmo depois de ser levada para o hospital? Mas, senhor, quando salvei ela, ela já havia recuperado a consciência. Se não tivesse ajudado, ela teria morrido naquele momento. – Respondeu Natacha, chocada.- O que adianta falar isso agora? – Disse o orientador, com descontentamento. – Eu já disse a vocês para não se excederem durant
Natacha segurou suas lágrimas, as mantendo no lugar. - Me deixe limpar primeiro, essa situação não pode ser explicada em poucas palavras. - Espere, eu tenho uma pergunta para você. – Disse Joaquim, segurando com firmeza seu pulso, causando dor em Natacha. – Ontem à noite, a pessoa que você salvou era a avó de Rafaela. Ela morreu quando chegou ao hospital. Natacha, você sabia da relação entre aquela senhora e Rafaela?Seu olhar frio e cheio de suspeita.Natacha ficou chocada, arregalando os olhos e olhando para ele incrédula. A senhora que ela salvou era a avó de Rafaela? E as palavras de Joaquim questionam ela, a fim de se vingar de Rafaela por ter matado a avó de Rafaela sob o pretexto de salvar sua vida.Naquele momento, Natacha sentiu como se estivesse caindo em um abismo de gelo, uma desolação mais profunda do que ser mal interpretada e acusada por todos. Ela riu com frieza, sem admitir ou negar, apenas perguntou: - O que você quer? Ou melhor, o que ela quer? Joaquim, ao ver
Finalmente, o carro chegou ao velório.No centro, estava exposta a foto da avó de Rafaela.O velório estava cheio de pessoas, inclusive as duas mulheres que agrediram Natacha de manhã.Elas choravam alto, desesperadas.A aparência desleixada e o comportamento selvagem dessas pessoas eram completamente opostos a Rafaela.Ao lado do incensário, Rafaela, vestida de branco, se ajoelhava queimando papel.Ela derramava lágrimas silenciosas, comovente de se ver.Natacha observava tudo com indiferença, mesmo com a avó de Rafaela falecida, ela não sentia nem um pouco de simpatia.Joaquim fez um gesto para ela seguir ele.Ele entrou na capela primeiro e foi até Rafaela, ajudando ela a se levantar.- Rafinha, eu trouxe a Natacha. – Disse Joaquim com um tom extremamente gentil e carinhoso. – Espero que você possa aceitar as desculpas dela. Rafaela lançou um olhar furtivo para Natacha antes de erguer seus olhos marejados de lágrimas e se engasgar: - Joaquim, eu nunca quis competir por nada, mas p
- Será que adianta te contar? Você não é igual a eles, acha que eu mereço isso? – Questionou Natacha, com um sorriso triste.- Natacha... – Joaquim chamou ela em tom de desânimo, continuando com uma voz grave. – Não importa o que tenha acontecido entre nós, pelo menos você ainda é minha esposa, e eu não permitirei que ninguém humilhe você! De repente, Natacha levantou a cabeça, seus olhos claros brilhando com um brilho úmido.As palavras dele aqueceram ela e acalmaram ela de uma forma surpreendente.- Quem quer sua falsa bondade? Apesar das palavras, seu tom era claramente suave, com um toque de coqueteria.O coração de Joaquim foi como se fosse atingido por um raio.Ele olhou para os ferimentos em seu rosto e disse: - Se avô te ver assim, não sei o que vai acontecer.- Você tem medo de que avô descubra e acabe implicando com a Rafaela. Você não quer que ele fique com raiva dela! – Disse Natacha, com um sorriso amargo.Joaquim também sorriu, falando com calma: - Alguém já te disse
Natacha imediatamente deslizou a página para baixo, observando as acusações manipuladas no artigo, suas mãos tremiam.Ela nunca imaginou que um dia, uma pessoa comum como ela estaria exposta dessa maneira ao público.Mesmo sendo descontraída no dia a dia, ela se considerava forte o suficiente.Mas diante dessa situação, ela se sentia completamente perdida. Como poderia deter essa avalanche de rumores?Não demorou muito para a campainha de casa tocar.Natacha abriu a porta e encontrou Rosana, ofegante. - Natacha, isso é algum tipo de conspiração contra você, não é? É aquela amante, não é? Eu não acredito que você faria algo assim, eu absolutamente não acredito!A firme confiança de Rosana emocionou Natacha até às lágrimas.Além do pai, Rosana era a primeira pessoa a acreditar nela.Enquanto Joaquim, estava lá, sentindo pena da verdadeira culpada!Com a voz rouca, Natacha contou a Rosana sobre o dia em que salvou a vida da mulher.Finalmente, exausta, ela suspirou: - Eu simplesmente nã
Natacha pensou no fato de que Joaquim passou dois dias com Rafaela antes de se lembrar dela e disse friamente: - Meus assuntos não são da sua conta. Além disso, eu não sou tão idiota a ponto de entrar pela porta principal. Temos uma porta lateral perto do nosso laboratório, que quase ninguém conhece. - Te chamarem de burra não foi à toa, você realmente não é inteligente. – Disse Joaquim, enquanto pegou o celular. – Meu motorista acabou de descer para verificar o caminho para você, dê uma olhada!Quando Natacha viu as fotos, percebeu o perigo. Mesmo a porta lateral perto do laboratório, que raramente era usada, estava cheia de repórteres.- Por que você veio aqui de repente? A essa altura, você ainda está se preocupando com experimentos? – Perguntou Joaquim, em tom sério.- Os ratos do meu laboratório estão quase morrendo, um colega me lembrou de alimentar eles. – Respondeu Natacha, desanimada.- Quando seu colega te ligou? – Continuou Joaquim.- Isso é importante? – Questionou Natach
Logo em seguida, um sorriso apareceu em seus lábios enquanto ela dizia: - Então, o que você quer comer? Eu posso preparar para você. Embora não fosse uma cozinheira habilidosa, ela poderia se virar bem.- Você dá uma olhada no que tem e decide, eu vou tomar um banho primeiro. – Disse Joaquim, enquanto afrouxou a gravata e subiu as escadas.Natacha foi para a cozinha, sorrindo boba, enquanto pensava nas palavras de Joaquim.Isso significava que ele estava viajando a trabalho e não estava com aquela mulher.E mesmo depois de sair do avião, ele foi direto para a Universidade da Cidade M para proteger ela.Ela começou a sentir que seu marido estava se tornando mais amoroso aos poucos.Finalmente, ela preparou dois pratos e fez arroz, se preparando para chamar Joaquim para jantar.Mas quando estava prestes a chegar à porta do quarto, ouviu a voz suave de um homem vindo de dentro.- Rafa, você está realmente bem? Como você pode pular uma refeição? – Embora o tom fosse de repreensão, também
- Natacha... – Joaquim não afastou ela, apenas desviou seu olhar turvo para sua cintura, falando vagamente. – Onde está sua mão? Natacha só então percebeu, suas mãos estavam acidentalmente pressionadas ali.Ela ficou ruborizada, recolhendo às pressas sua mão, explicando de forma desajeitada: - Desculpe, não foi intencional. Depois disso, ela se afastou dele apressadamente.Os olhos profundos de Joaquim continham um sorriso sutil, ele tocou seus lábios, parecendo sentir o seu calor.Aquele frescor e aroma delicado pareciam fazer ele lembrar de uma noite específica.Joaquim não ousou pensar mais profundamente.Ele deve estar ficando louco, aquela mulher era claramente Rafaela, como poderia ser Natacha?Isso era absurdo demais.Natacha evitou seu olhar brincalhão, reclamando baixinho: - Você que me puxou, senão, eu não teria te tocado acidentalmente.- Eu te culpei? – Joaquim olhou para as bochechas delicadas e jovens dela, levantando a mão para tocar seus lábios macios, dizendo com u