O olhar penetrante de Ademir se fixou em Duarte, e ele disse:— Sr. Duarte, você acha que é possível? Eu deixaria a Rena ficar sozinha com você novamente?No final, Duarte cedeu, mas não totalmente.Chegaram a uma cafeteria perto do bairro, e Lorena e Duarte se sentaram frente a frente em uma mesa. Ademir se acomodou em outra mesa, próxima a deles.Na verdade, Ademir não estava interessado no que Duarte queria discutir com Lorena. Ele só havia vindo para garantir a segurança dela.Portanto, Ademir se sentou à mesa, pegou uma revista da cafeteria e começou a folheá-la distraidamente.Lorena, por sua vez, quebrou o silêncio e perguntou:— Duarte, o que você quer falar? Diga logo.— Já não está assim, cada segundo que passa ao meu lado se tornando insuportável? — Disse Duarte, com um tom sarcástico. — Antigamente, eu ainda lembro muito bem de como você era sob mim! Só me arrependo de não ter filmado aquele momento para mostrar para o seu atual namorado!Lorena estava, até então, relativam
Lorena disse a Duarte:— Você ainda se lembra do que eu te disse antes? O amor é sobre contenção, não sobre posse. Mas eu entendo por que você pensa assim, afinal, você nunca entendeu o que é o amor.Duarte lembrava bem que, na última vez, quando Lorena falou essas palavras, ele não deu a mínima. Ele sempre achou que isso era só coisa de mulher.Mas agora, Duarte começou a refletir sobre aquilo, a repensar essas palavras com mais cuidado. Seu coração tremia intensamente. Então, ele falou:— Por que não me disse antes que havia perdido o sentimento por mim? Por que teve que ficar me assistindo com Naiara? Se você tivesse me dito que se apaixonou por outra pessoa, se fosse sincera comigo, talvez eu até aceitasse.Lorena deu uma risada quase irônica e disse:— Você se lembra de quantas vezes eu te disse que não éramos compatíveis, que não queria casar com você, que queria terminar? O que você fez sempre que eu falava isso? Se eu tivesse te dito que me apaixonei por outra pessoa, você jama
Naiara ficou chocada com o golpe, e até que o sangue começou a escorrer de seu canto de boca, ela não conseguia acreditar que fora Duarte quem a havia batido.“Duarte realmente me bateu?”Naiara preferia acreditar que tudo não passava de um pesadelo.Enrico também estava em choque, seu instinto o alertando de que, provavelmente, Lorena havia falado mal de Naiara para Duarte.No entanto, ao ver o rosto de Duarte tão frio e impiedoso, Enrico não ousou se aproximar para defender Naiara, temendo que Duarte percebesse algo entre ele e ela.Naiara, com a metade do rosto ensanguentada, perguntou, com uma expressão de súplica:— Duarte, foi a Lorena quem te traiu, quem te enganou, não fui eu. Por que você me bateu? Você, que nunca me bateu antes!Duarte, então, mostrou o áudio no celular e disse:— Escute você mesma. Essas palavras são suas?Com a gravação sendo reproduzida, a expressão de culpa no rosto de Naiara se tornou cada vez mais evidente.Naiara não conseguia acreditar que Lorena havi
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu
Quem deixou que ela chamasse ele assim?Antes que pudesse repreender ela, Natacha já tinha desligado a chamada.Ao ver a expressão nada agradável de Rafaela, Natacha finalmente sorriu satisfeita como nunca antes.- Srta. Rafaela, viu só? – Disse Natacha, enquanto balançou o celular na direção de Rafaela. – Meu marido vai me buscar. Seja eu a primeira ou a última, quem ele vai levar de volta para a Antiga Mansão da família Camargo, para sempre será eu, Natacha! – Com isso, ela se levantou, colocou duas notas de cem reais na mesa. – Srta. Rafaela, tome seu tempo para beber. Eu pago. Dito isso, Natacha saiu daquele café.Depois de um tempo, o carro de Joaquim chegou para buscar ela na Universidade da Cidade M.Afinal, como Sr. Paulo criou ele desde pequeno, Joaquim sempre respeitaria ele.Por causa disso, ele veio pessoalmente buscar ela para evitar desagradar Paulo.Ao vê-la entrar no carro, Joaquim falou com frieza: - Natacha, não me chame assim de novo.- Tudo bem. – Concordou Natach