Maya— São apenas suposições, Maya. Não há fato concreto que o acuse, mas prometo continuar trabalhando nisso e concordo com você que tudo o que viu é, no mínimo, estranho, porém, infelizmente, apenas com base no que Natasha me contou e no seu sexto sentido, não posso considerá-lo suspeito. Mas agradeço tudo o que me disse quando fui até o seu apartamento, você foi a luz que eu precisava para sair da estaca zero com a investigação. Se não fosse você e seus pensamentos meios doidos, admito, não teria descoberto essa ligação entre os crimes.— Não tem que me agradecer por isso, só queria ajudar. Não consigo nem imaginar a angústia e tristeza que as famílias estejam passando nesse momento.— Eu prometo que se descobrir que Bash cometeu um ou mais desses assassinatos, eu te pago um café — falou humorado. — Mas, por ora, só quero agradecer e pedir que não compartilhe com ninguém as informações que te passei. Entende que isso coloca meu emprego em risco, não é? Não devia ter contado a você,
MayaVictor debruçou sobre minhas costas e mordeu meu ombro com força fazendo-me gritar de dor.— Goza, meu amor... Eu deixo. Goza comigo.Suas frases foram como músicas para os meus ouvidos, era tudo o que eu esperava ouvir. Libertei-me para o orgasmo ao mesmo tempo que gozamos juntos como ele desejava. Victor me encheu com seu líquido quente, gemendo rouco e baixo no pé do meu ouvido deixando-me arrepiada. Mordiscou o lóbulo da minha orelha e apertou minha cintura com suas duas mãos enquanto seu membro terminava de se liberar nos últimos espasmos. Eu estava ofegante e com os pulmões queimando pela falta de ar. Estava me sentindo exausta e merecedora de um banho. Deitei minha cabeça no largo apoio de braço do sofá e respirei fundo e devagar. Ele tirou os cabelos caídos em meu rosto e beijou minha nuca iniciando uma trilha de beijos descendo por minhas costas. Seus lábios foram até minha bunda deixando beijinhos carinhosos nos meus glúteos doloridos.— Maya? — chamou-me com a voz rouc
MayaVictor encarou-me sério e mudo com os braços cruzados à frente do peitoral nu.— Não faça isso, por favor — pedi ao perceber que, diante de sua postura, estávamos dando início a uma discussão.— Quando vai parar com isso? Quando vai se cansar dessa brincadeira de ser modelo? — perguntou alto.— Não é brincadeira, Victor! Já te expliquei isso! — retruquei-o com a voz um pouco alterada. — Achei que já tivesse compreendido que eu preciso dele! O que você preferia, afinal? Que eu estivesse servindo bebidas em um bar imundo, recebendo cantadas baratas e desrespeitosas? E nem vamos falar sobre as passadas de mão pelo meu corpo com desculpinhas falsas. — Fiz uma pausa esperando que ele dissesse algo, mas nada falou. Eu respirei fundo, de olhos fechados, e quando tornei a abri-los o encarei com tamanha tristeza por sua falta de compreensão. — Você pode até não aceitar, mas eu não vou parar agora. Não faço o tipo namorada troféu e você já devia saber disso, Victor. Eu sou uma pessoa ambici
MayaMais tarde, Victor mandou a passagem para o meu e-mail e o voo sairia às duas da tarde. No caminho para o aeroporto passei no hospital para me despedir da minha mãe e minha avó. Contei a minha mãe que estava voltando a Chicago para um trabalho, mas prometi que assim que desse eu voltaria. Despedi-me da Clarice por mensagem, ela estava presa em um julgamento e não teve como nos despedir pessoalmente. Ela me desejou boa viagem e pediu para que mantivéssemos contato constante. Na saída do hospital parei na calçada próxima ao carro falando ao telefone com tia Jenna, quando olhei para o outro lado da rua e me assustei ao ver um rosto conhecido de pé com as mãos guardadas no bolso da jaqueta jeans surrada que usava.— Maya? Você está aí? Maya? — tia Jenna chamou-me.Um grande ônibus passou e, quando saiu da minha frente, a figura assustadora não estava mais lá.— Maya? — Noberto chamou tocando meu ombro e tirando-me do transe.— Sim — respondi olhando-o.— Está bem? — perguntou preocupa
MayaEu tinha toda certeza de que, quando aquelas fotos fossem expostas pela cidade, Victor logo as veria e não ficaria nem um pouco contente com elas.— Vamos, garota! — chamou minha atenção, irritado. — Está esperando o quê?Tônia apareceu e pregou as bordas da jaqueta nos meus seios com fita, cobrindo somente minhas aréolas.— Relaxe. Irá expor somente o que mostraria em um decote profundo, além de parte da sua barriga. Não é nada demais, isso faz parte do trabalho. O ensaio que fizemos no galpão teve mais nu que este — disse Sean com humor, tentando me fazer relaxar com a exposição.Respirei fundo e engoli minha timidez, concentrando-me no que havia ido fazer. Continuamos com o ensaio e, quando finalmente acabou, já passava das seis da tarde. Passamos o dia todo ali mudando de roupa sem parar, fazendo pequenas pausas para água, banheiro e pequenas doses de vitaminas que substituíram nossas refeições do dia todo. Eu estava exausta e faminta por comida de verdade.Entrei no trailer,
MayaDepois do jantar, Sasha se retirou dizendo que ia se deitar mais cedo para aproveitar suas últimas horas da sua folga semanal, enquanto eu e Victor ficamos para cuidar da limpeza da cozinha. Ela se despediu de nós, o agradeceu pela ajuda com o jantar e então foi para o seu quarto. Nós arrumamos tudo e sentamos no sofá assistindo a programação dos canais abertos na TV em um volume baixo. Eu me agarrei a ele e deitei minha cabeça em seu ombro sentindo o cheiro tão agradável do seu perfume e pele.— Eu encontrei a Penny — disse ele enquanto assistíamos a reprise do filme De volta para o futuro 2.Sentei-me e o encarei.— Onde ela está?— Ela está muito encrencada, Maya. Os homens que mandei procurá-la a encontraram em um famoso prostíbulo de Dallas.— Dallas? Prostíbulo? — perguntei confusa, imaginando o que ela fazia em um lugar como aquele. — Mas Penny não trabalha assim. Ela sempre fez tudo por conta.— Eu sei e por isso pedi que investigassem o lugar. Tenho minhas dúvidas de que,
MayaQuando terminei de cuidar das minhas roupas, já era um pouco tarde e Sasha já havia ido para o trabalho. Eu estava só e um pouco entediada, então tomei banho e fui para a cama. Estava entretida lendo um e-book, quando Victor me ligou. Nós ainda não tínhamos nos falado e, antes de atendê-lo, eu me preparei para ouvir seu chilique de ciúme tolo, que mais me pareciam com crise de insegurança.— Oi, amor — disse ao atender a ligação.— Oi, querida. Como você está? — falou com a voz mansa.Franzi o cenho estranhando sua calma. Será que ainda não leu o artigo ou viu as fotos?— Estou bem e você?— Um pouco estressado com o trabalho. Queria você aqui para relaxarmos juntos — disse com um tom de malícia na voz, que me fez sorrir.— Eu adoraria estar com você, acredite.— Eu sei. Estaremos juntos em breve. — Fez uma breve pausa e respirou fundo antes de tornar a falar: — Sem querer quebrar nosso clima, mas já fazendo isso... Liguei para falar da Penny.— Aconteceu alguma coisa? Ela está b
MayaMais dois dias haviam se passado e três dias sem Victor era uma eternidade. Nesse tempo, eu havia conseguido fazer mais um trabalho para uma loja de vestidos de gala, assinados por uma renomada estilista de Chicago. A própria foi quem procurou Tyrone para me contratar e eu me senti lisonjeada por isso, é claro. No fim, a publicação do The Moon me trouxe algo de bom chamado: reconhecimento. Eu estava com mais um trabalho agendado para o dia seguinte, no qual também tinha sido requisitada e o melhor é que este aconteceria em Los Angeles, para uma marca muito famosa de roupas de banho. Quando contei ao Victor por telefone na noite anterior sobre esse ensaio, ele não gostou nem um pouco. A exposição do meu corpo ainda o desagradava muito. Ele pediu-me, mais uma vez, para parar com as fotos e aceitar sua ajuda financeira, mas novamente eu disse: não! Quando percebeu que eu não abaixaria minha guarda para ele e que iríamos começar mais uma discussão, Victor se rendeu dizendo que não ir