MayaOlhei para a minha esquerda entre as árvores e vi um homem nos apontando uma câmera. Levantei-me jogando o copo vazio na lixeira ao lado e segui Caleb, que deixava o parque de cabeça baixa e passos apressados. Ele segurou minha mão e atravessamos a rua juntos. Ao chegarmos à esquina do hotel, vimos vários jornalistas e fotógrafos aglomerados na calçada em frente à entrada principal.— Acha que estão aqui por mim e Victor?— Tenho quase certeza de que sim.— Droga! — exclamei. — Eles brotaram do chão? Como nos acharam e chegaram aqui tão rápido?— Olhem! É ela! — falou alto uma mulher apontando o dedo para mim e atraindo a atenção de todos a sua volta.— Acho melhor a gente correr ou tentar entrar no hotel por outro lugar — disse Caleb.— Mas que merda! Por que não nos deixam em paz? — esbravejei baixo.— Vem! — chamou Caleb agarrando meu braço e puxando-me para trás.Quando nos viramos para correr até a entrada da garagem, demos de cara com mais dois paparazzi que começaram a fal
Maya— Caleb me contou que ela tem exagerado com o álcool. Ele concorda comigo que ela precisa de ajuda especializada e, principalmente, com a obsessão que tem por você. Eliza não tem mais uma vida própria, Victor. Está vivendo essa fixação doentia desde a separação de vocês e tudo tomou proporções maiores quando começamos a namorar. Ela tem tido surtos psicóticos que tem preocupado o seu filho, um garoto de dezessete anos.— Tentar conversar e convencê-la de que amo outra mulher e que ela precisa seguir adiante, não é uma opção. Já tentei e não funcionou. O que eu gostaria é de poder ajudá-la com uma distância mínima de três estados entre nós, mas Eliza é sozinha nesse mundo, ela não tem ninguém além do filho. Caleb é menor de idade e alguém terá que se responsabilizar por ela enquanto não estiver mentalmente capaz de responder por si mesma e esse alguém terá de ser eu, não há outro jeito. Não posso simplesmente colocá-la em uma clínica psiquiátrica e dar as costas. Meu filho nunca m
MayaO celular da minha avó tocou e ela saiu para atender. Quando voltou, nos disse que meu pai estava a caminho. Eu e Victor nos entreolhamos e depois olhei para minha mãe.— Não sei o que está acontecendo, mas está na hora de vocês se acertarem — disse minha mãe.— Eu sei. Mas não hoje, está bem? Vou ficar na cidade por mais alguns dias e prometo tentar conversar com ele.— Não volte para Chicago sem se acertarem.— Não vou garantir isso, mas prometo tentar.Nós nos despedimos e minha avó se ofereceu para nos acompanhar até o corredor. Aproveitei para perguntar como meu pai estava. Sempre que perguntava a Clarice, ela me dizia que estava tudo certo, mas temia que apenas não quisesse me preocupar com suas bebedeiras.— Não temos o deixado ficar muito tempo ou passar a noite. Teddy continua bebendo, mas, pelo menos, não apareceu aqui embriagado outra vez.— Pelo menos isso! Ele ainda está no trailer?— Está sim, mas mudou de estacionamento. Parece que arranjou briga onde estava e o ex
Maya— São apenas suposições, Maya. Não há fato concreto que o acuse, mas prometo continuar trabalhando nisso e concordo com você que tudo o que viu é, no mínimo, estranho, porém, infelizmente, apenas com base no que Natasha me contou e no seu sexto sentido, não posso considerá-lo suspeito. Mas agradeço tudo o que me disse quando fui até o seu apartamento, você foi a luz que eu precisava para sair da estaca zero com a investigação. Se não fosse você e seus pensamentos meios doidos, admito, não teria descoberto essa ligação entre os crimes.— Não tem que me agradecer por isso, só queria ajudar. Não consigo nem imaginar a angústia e tristeza que as famílias estejam passando nesse momento.— Eu prometo que se descobrir que Bash cometeu um ou mais desses assassinatos, eu te pago um café — falou humorado. — Mas, por ora, só quero agradecer e pedir que não compartilhe com ninguém as informações que te passei. Entende que isso coloca meu emprego em risco, não é? Não devia ter contado a você,
MayaVictor debruçou sobre minhas costas e mordeu meu ombro com força fazendo-me gritar de dor.— Goza, meu amor... Eu deixo. Goza comigo.Suas frases foram como músicas para os meus ouvidos, era tudo o que eu esperava ouvir. Libertei-me para o orgasmo ao mesmo tempo que gozamos juntos como ele desejava. Victor me encheu com seu líquido quente, gemendo rouco e baixo no pé do meu ouvido deixando-me arrepiada. Mordiscou o lóbulo da minha orelha e apertou minha cintura com suas duas mãos enquanto seu membro terminava de se liberar nos últimos espasmos. Eu estava ofegante e com os pulmões queimando pela falta de ar. Estava me sentindo exausta e merecedora de um banho. Deitei minha cabeça no largo apoio de braço do sofá e respirei fundo e devagar. Ele tirou os cabelos caídos em meu rosto e beijou minha nuca iniciando uma trilha de beijos descendo por minhas costas. Seus lábios foram até minha bunda deixando beijinhos carinhosos nos meus glúteos doloridos.— Maya? — chamou-me com a voz rouc
MayaVictor encarou-me sério e mudo com os braços cruzados à frente do peitoral nu.— Não faça isso, por favor — pedi ao perceber que, diante de sua postura, estávamos dando início a uma discussão.— Quando vai parar com isso? Quando vai se cansar dessa brincadeira de ser modelo? — perguntou alto.— Não é brincadeira, Victor! Já te expliquei isso! — retruquei-o com a voz um pouco alterada. — Achei que já tivesse compreendido que eu preciso dele! O que você preferia, afinal? Que eu estivesse servindo bebidas em um bar imundo, recebendo cantadas baratas e desrespeitosas? E nem vamos falar sobre as passadas de mão pelo meu corpo com desculpinhas falsas. — Fiz uma pausa esperando que ele dissesse algo, mas nada falou. Eu respirei fundo, de olhos fechados, e quando tornei a abri-los o encarei com tamanha tristeza por sua falta de compreensão. — Você pode até não aceitar, mas eu não vou parar agora. Não faço o tipo namorada troféu e você já devia saber disso, Victor. Eu sou uma pessoa ambici
MayaMais tarde, Victor mandou a passagem para o meu e-mail e o voo sairia às duas da tarde. No caminho para o aeroporto passei no hospital para me despedir da minha mãe e minha avó. Contei a minha mãe que estava voltando a Chicago para um trabalho, mas prometi que assim que desse eu voltaria. Despedi-me da Clarice por mensagem, ela estava presa em um julgamento e não teve como nos despedir pessoalmente. Ela me desejou boa viagem e pediu para que mantivéssemos contato constante. Na saída do hospital parei na calçada próxima ao carro falando ao telefone com tia Jenna, quando olhei para o outro lado da rua e me assustei ao ver um rosto conhecido de pé com as mãos guardadas no bolso da jaqueta jeans surrada que usava.— Maya? Você está aí? Maya? — tia Jenna chamou-me.Um grande ônibus passou e, quando saiu da minha frente, a figura assustadora não estava mais lá.— Maya? — Noberto chamou tocando meu ombro e tirando-me do transe.— Sim — respondi olhando-o.— Está bem? — perguntou preocupa
MayaEu tinha toda certeza de que, quando aquelas fotos fossem expostas pela cidade, Victor logo as veria e não ficaria nem um pouco contente com elas.— Vamos, garota! — chamou minha atenção, irritado. — Está esperando o quê?Tônia apareceu e pregou as bordas da jaqueta nos meus seios com fita, cobrindo somente minhas aréolas.— Relaxe. Irá expor somente o que mostraria em um decote profundo, além de parte da sua barriga. Não é nada demais, isso faz parte do trabalho. O ensaio que fizemos no galpão teve mais nu que este — disse Sean com humor, tentando me fazer relaxar com a exposição.Respirei fundo e engoli minha timidez, concentrando-me no que havia ido fazer. Continuamos com o ensaio e, quando finalmente acabou, já passava das seis da tarde. Passamos o dia todo ali mudando de roupa sem parar, fazendo pequenas pausas para água, banheiro e pequenas doses de vitaminas que substituíram nossas refeições do dia todo. Eu estava exausta e faminta por comida de verdade.Entrei no trailer,