Capítulo 1 - Conto de Natal

23 de dezembro

A neve caia sem parar a mais de quatro horas. Chegar em casa foi bem difícil. Além do trânsito congestionado, havia muito gelo na pista e pessoas bêbadas dirigindo, é claro. Faltavam dois dias para o Natal. Até mesmo eu estaria bêbada se não estivesse fazendo plantões de vinte e quatro horas na residência e criando duas filhas, as quais às vezes eu desejava que tivessem um botão de desligar. Eu sei. Eu sei! Você com certeza disse: que coisa horrível de pensar sobre as suas filhas, Maya! É horrível, eu sei que é. Me sinto culpada por isso, acredite. Mas é inevitável.

Eu amo as minhas filhas mais do que a mim mesma. Mas se você me perguntar se amo a maternidade na totalidade, a resposta é não. Mas a amo em partes. A depressão pós-parto foi terrível, quase acabou comigo! Não ter leite suficiente para amamentar as minhas filhas, foi pior ainda. Isso gerou em mim uma ferida no coração que nunca se fecha. Toda vez que Mary fica doente, me culpo. Sempre acho que a culpa da sua
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