Lily

— Entre, por favor.

Suspirei, rezei e, sem saída, abri a porta. Encarei o homem que ainda amava, e que jamais deixaria de amar.

— Oi, Jack.

— Oi, Sara. Sente-se, por favor. — Ele apontou uma poltrona azul, perto da janela.

Tentei não transparecer nervosismo. Uma cirurgia, de aneurisma hemorrágico, era mais fácil do que aquela situação. Enquanto pensava no que dizer primeiro, Jack saiu na frente.

— Veio responder minha pergunta, Sara? Se sim, por que tão rápido?

— Jack, tudo veio à tona muito rápido. Você vai a Cannes, se acidenta, eu o opero. Depois, o crápula do produtor é preso. Não são coincidências, são fatos. Acho que chegou a hora de nos libertarmos da dor, da culpa, da consciência.

— A dor, acho que cabe a mim — falou Jack — e a consciência a você. Concorda comigo?

— O que fiz pode ter sido errado, a seu ver, mas fiz por amor. Eu jamais ficaria em paz, vendo sua carreira ser destruída. Fui assediada, aguentei, pensei a princípio que nessa vida tudo era glamour, mas não podia de
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