Capítulo 68

Pardal

Quando me colocaram naquele camburão, não pensei em mim, nem mesmo no que poderia acontecer comigo, ou na dor que estava sentindo na perna, devido à bala que, possivelmente, estava instalada e tava doendo pra caralho, mas, mesmo diante disso, eu só conseguia pensar em três pessoas: minha coroa, minha mandada e minha cria.

Chegamos na delegacia e o pau no cu do policial veio com um risinho, como se estivesse cantando vitória, para me tirar dali, literalmente, me puxando e me fazendo arrastar a perna no chão do camburão. Naquele momento, tive certeza de que, caso a bala não tivesse penetrado minha pele, agora isso tinha acontecido.

Sabia que o cu azul fez aquilo de propósito, então, mesmo com muita dor, reprimi o gemido, comprimindo meus lábios, não dando a ele o gostinho de me ver sofrendo, porque na merda eu já estava. Ele foi me arrastando e eu tentava desviar minha mente da dor e focar no ódio que eu tava começando a sentir pelos abutres que estavam ao redor da viatura e em t
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