C a p í t u l o ♡ 116

Christopher

Com o cair da noite, as sombras se alongavam nas ruas, e a cidade, apesar de seu movimento constante, parecia envolta em uma calma quase sufocante.

Ralf dirigia em silêncio, o motor do carro suave contra o barulho da cidade. Ele sabia para onde estávamos indo, mas o ar dentro do carro estava carregado de uma tensão que nenhum de nós podia ignorar. O esconderijo número 2 — uma velha floricultura, abandonada há muito tempo, mas ainda cheia de memórias que, honestamente, preferia esquecer. Era o lugar onde o passado e o presente se encontravam, e isso me deixava no limite.

Quando chegamos, Ralf estacionou na lateral do prédio, longe da vista de curiosos. A loja de flores era simples por fora, com janelas quebradas e uma porta de madeira que outrora já fora brilhante e acolhedora, agora apenas um símbolo do tempo que passou. A pintura estava descascada, e a placa com o nome da loja, "Flores de Aurora", estava coberta de poeira. O lugar parecia ter sido esquecido pelo mu
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