Eu olhei para ela. Deve ter uns cinquenta anos de idade, talvez.— Há quanto tempo trabalha com o Henry? — Questionei.— Desde que meu antigo patrão morreu, catorze anos atrás. O Henry é um anjo na minha vida. Me ajudou a formar meus filhos... Tenho um advogado e um engenheiro. Trabalho aqui na limpeza porque realmente gosto, porque meus filhos cuidam de tudo pra mim. Mas eu sou grata a ele e ele sempre diz que ninguém organiza a casa como eu, então... — Eu sorri ao ouvir.— Ele é um bom homem, não é? — Ela concordou.— Ele é, filha. É calado, não gosta de demonstrar o que sente, mas é um bom homem. Por onde ele passa, a vida das pessoas muda pra melhor, acredite. — Eu sorri e olhei para baixo.— Isso não faz o menor sentido. Ele é um mafioso. — Falei.— Henry sempre soube separar a máfia da vida pessoal dele. Dentro da máfia, ele é um. Fora dela, ele é outro. Acho que é por isso que nunca se casou... As mulheres não aceitam o jeito misterioso dele. Mas eu entendo o fato dele não quer
ELLE NARRANDOSuas mãos passeavam por minha cintura, enquanto eu o beijava. Ele me deitou na cama e quando apoiou os braços nela, respirou de forma pesada, como se tivesse com dor. Eu o empurrei na cama, e nos virei, para ficar por cima dele. Ele estava agora deitado, e eu o beijava, tomando cuidado com seu peito. Ele escorregava as mãos por minhas coxas, acariciando minha pele e me enlouquecendo pouco a pouco. Eu o senti adentrar em minha camiseta, com as mãos, e ele começou a puxá-la para cima. Tudo que eu queria era ele, ser dele, Deus... Como isso me fez falta!Levantei os braços e ele me ajudou a tirar a camiseta. Eu mesma abri meu sutiã e quando fiz isso, ele se ergueu o suficiente para colocar o rosto entre meus seios, respirando de forma profunda ali antes de beijá-los. Sua boca fez um caminho até o ponto mais sensível de um dos meus seios, e sua língua agia no local. Ele chupava, me fazendo gemer sem pensar duas vezes.— Henry... — Sussurrei, apertando minhas mãos em seus omb
Depois de passar algumas horas na cama conversando com Henry, era hora de levantar. Ele tinha que fazer as coisas dele, e eu as minhas. Tomamos um banho juntos, e depois, nos trocamos.— Henry... Eu posso ir embora? — Questionei.— Pode. Só por favor, dê um jeito de sair da casa da sua amiga, tá? Ela é uma péssima pessoa. — Eu cruzei meus braços e suspirei.— Ela não é uma péssima pessoa, ela só está perdida. — Falei. Ele veio até mim, com aquela camisa social branca que tanto amo, e colocou as duas mãos em minha cintura.— Eu não gosto dela. Ela já deu muita mancada com você e isso me irrita.Eu levei as duas mãos até o rosto dele e me inclinei o suficiente para selar nossos lábios.— Eu estou quase fechando um apartamento para mim, não se preocupe com isso, tá? Agora que nós estamos bem... E eu estou empregada... Posso pagar meu próprio apartamento, não acha?— Pode, mas eu vou te falar uma coisa: Você é teimosa feito uma mula, mulher. Por que não torna nossa vida mais fácil e vem m
ELLE NARRANDOHenry está com os braços ao redor da minha cintura. Ele fez questão de me trazer até a casa da Nicole, depois do expediente. Estou para me mudar em uma semana. Passei os braços ao redor do pescoço dele e ele aproximou a boca da minha, deixando um selinho demorado em meus lábios.— Você devia ter dormido na minha casa. — Ele sussurrou, e eu neguei com a cabeça mantendo um sorrisinho em meus lábios.— Ainda preciso trabalhar, esqueceu? Você escolheu namorar uma garçonete, não uma mocinha da elite. — Sussurrei contra os lábios dele e ele suspirou.— Você é muito teimosa. — Ele me abraçou. Afundou o rosto na curva do meu pescoço, e eu o abracei de volta.Nem acredito que finalmente estamos em paz.— Você gosta da minha teimosia. — Falei, a fim de provoca-lo. Ele sorriu de forma maliciosa, mas depois, desfez o sorriso e me olhou bastante sério.— De vez em quando. No momento, estou com raiva. — Disse. — Não gosto quando sua teimosia te leva pra longe de mim.— Vai ficar tudo
ELLE NARRANDOPassei os últimos três dias na casa de Henry, ele cuida de mim melhor do que ninguém. Eu amo o fato dele estar sempre tão presente pra mim... É tão bom saber que posso contar com ele. Estou deitada de costas para ele, completamente nua, e ele está me abraçando por trás. Sinto seus beijos em meu pescoço, que tem sido meu despertador todos os dias.— Bom dia, linda... — Ele sussurrou.— Bom dia... — Sussurrei de volta.Trocamos um selinho antes dele se levantar. Deus, como eu adoro ver o corpo dele sem nenhuma peça de roupa e ficar lembrando do que fizemos na noite anterior... Eu poderia me acostumar a viver assim.— Vai ver sua avó na hora do almoço? Quer que eu te leve? — Ele perguntou.— Sim, quero. — Falei.Henry tomou um banho e depois saiu, enrolado em uma toalha. Eu o vi se trocando, e não aguentei.— Henry, pelo amor de Deus, vem cá. — Eu saí sem roupa da cama, enquanto ele vestia a camisa.Não resisto ao Henry com aquele tanquinho exposto por uma camisa aberta. Pa
HENRY NARRANDODois dias que Elle não troca uma palavra sequer comigo. Tentei falar com ela, mandei mensagem, mas ela não respondeu.— Notícias? — Questionei ao Parlo.— Ela está pesquisando sobre o Templo Negro na internet. Melhor você conversar com ela. — Parlo me disse.— Merda. — Bati na mesa, com raiva.Durante a noite, fui até a casa dela e liguei.— Alô? — Ela atendeu.— Elle, estou aqui embaixo. Poderia descer para conversar comigo? — Ela suspirou do outro lado da linha.— Estou indo.Cinco minutos depois, ela desceu. Cruzou os braços e se manteve distante.— Oi. — Falei. — Eu não entendo você. Em um dia, você me chama de namorado, me beija, diz que eu sou o homem mais gostoso que você já viu e que quer passar o resto da vida comigo... E no outro você some. O que eu fiz dessa vez? — Questionei, a olhando.— Não foi você. Quer dizer, eu não sei... Porque você simplesmente não me conta nada sobre o que você faz. Você me disse que é um mafioso, mas não me disse pra qual máfia tra
ELLE NARRANDO— Filha, já pensou se ganhamos essa viagem? O sorteio já é amanhã! — Minha avó disse e eu sorri do jeito que consegui.— É, quem sabe, não é mesmo?Depois de descobrir sobre o Templo Negro e seu envolvimento com a morte dos meus pais, eu tenho estado triste. Não procurei Henry, mas vez ou outra ainda respondo suas mensagens, avisando que estou bem e essas coisas. Eu sinto falta dele a todo momento... Mas ele é a porra de um mafioso, como eu posso confiar nesse tipo de gente depois de saber o que fizeram com meus pais por causa de poder?Na manhã seguinte, fiquei surpresa com o que aconteceu: Minha avó realmente ganhou o sorteio da viagem! Ela estava radiante. Há anos não visitava a praia, e depois de ter sobrevivido a um tombo como aquele que ela teve, ela merece aproveitar um pouco a vida.— Estou tão feliz, filha! — Minha avó disse, enquanto arrumava as malas. Eu arrumava as minhas também, com um sorriso no rosto.Apesar de estar feliz pela viagem, não consigo ficar em
Ele me abraçou e encostou meu rosto em seu peito. Fechei os olhos e respirei de forma profunda.— Aqui estão as batidas! — O garçom disse, e entregou para nós.Nós brindamos, e eu comecei a beber a minha batida. Henry passou um dos braços ao meu redor e nós observávamos o mar.— Sua avó parece estar se divertindo bastante. — Ele disse, sorrindo.— É. Olha só, ela e as duas amigas dela parecem duas crianças. — Falei, sorrindo de volta.— Estou feliz que ganharam essa viagem. — Ele disse.— Ao menos um pouco de paz na nossa vida, não é? Minha avó merece depois do que passou. — Ele concordou comigo. — Você vai passar o fim de semana aqui? — Questionei.— Vou. Estou hospedado na suíte presidencial do mesmo hotel que você, coincidentemente. — Ele olhou para cima, e falou a palavra “coincidentemente” de forma bastante irônica, o que me fez rir.Era óbvio que os seguranças que ele botou atrás de mim contaram pra ele onde eu estava hospedada. Dei um tapa no peitoral dele e ele gemeu.— Ai. —