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Eu olhei para ela. Deve ter uns cinquenta anos de idade, talvez.

— Há quanto tempo trabalha com o Henry? — Questionei.

— Desde que meu antigo patrão morreu, catorze anos atrás. O Henry é um anjo na minha vida. Me ajudou a formar meus filhos... Tenho um advogado e um engenheiro. Trabalho aqui na limpeza porque realmente gosto, porque meus filhos cuidam de tudo pra mim. Mas eu sou grata a ele e ele sempre diz que ninguém organiza a casa como eu, então... — Eu sorri ao ouvir.

— Ele é um bom homem, não é? — Ela concordou.

— Ele é, filha. É calado, não gosta de demonstrar o que sente, mas é um bom homem. Por onde ele passa, a vida das pessoas muda pra melhor, acredite. — Eu sorri e olhei para baixo.

— Isso não faz o menor sentido. Ele é um mafioso. — Falei.

— Henry sempre soube separar a máfia da vida pessoal dele. Dentro da máfia, ele é um. Fora dela, ele é outro. Acho que é por isso que nunca se casou... As mulheres não aceitam o jeito misterioso dele. Mas eu entendo o fato dele não quer
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