Essa frase significava que ele havia perdoado completamente Agatha por tudo o que ela fez no passado, quando ela mesma estava doente e sofria imensamente, sem mencionar que era a mãe de sua própria mãe. Teófilo inicialmente pensou que talvez nunca mais se falassem, e assim a vida seguiria. No entanto, para sua surpresa, Agatha tomou a iniciativa de se aproximar, reconhecendo completamente seus erros e refletindo sobre seu passado após os eventos com Patrícia, e agora ele só queria valorizar sua família. Agatha se sentou no banco do passageiro, enquanto ele e Patrícia se sentaram lado a lado. Patrícia olhou para ele sorrindo:- Como você veio parar aqui?- Vim te buscar, você não comeu o suficiente, né? Quando chegarmos em casa, eu cozinho para você.Vendo um homem que só tinha olhos para ela, Patrícia sorriu docemente:- Tá bom.Ela começou a acreditar nas palavras de Agatha, Teófilo era diferente de Felipe, como poderia um homem assim querer machucá-la? O segurança passou água e
Mais do que o medo do carro ficar fora de controle, era o medo subconsciente no fundo do coração de Patrícia.À medida que a descida começava, o motorista lutava para manter a direção estável, mas a velocidade do carro disparava instantaneamente.O som do vento batendo era tão alto que abafava as batidas do coração de Teófilo.Imagens piscavam em sua mente, um carro correndo em uma noite chuvosa, os trovões estrondosos no céu e os gritos aterrorizados de uma mulher.De repente, Patrícia cobriu a cabeça com as mãos, sentindo uma dor quase dilacerante.- Paty! Não tenha medo, estou aqui. - Teófilo a abraçava firmemente.Inconscientemente, Patrícia agarrou a gola da camisa de Teófilo, com os olhos bem fechados, gritando:- Eu estou com tanto medo, Teófilo, estou com medo!Ela não temia a morte; parecia temer algo pior que a morte.Mas ela não entendia, se nem a morte a assustava, o que mais poderia?Com o vento forte entrando, Patrícia sentia que estava prestes a morrer.Houve um momento
Como poderia acontecer uma falha nos freios, não só em carros tão caros como o deles, mas até em carros comuns que são bem cuidados?A mente de Patrícia começou a clarear:- Foi a pessoa que prejudicou nosso filho da última vez?Teófilo respondeu:- Minha mãe nunca teve problemas todos esses anos, as chances dela ter inimigos são baixas, e o carro que eu usei para vir estava em ordem. Apenas o seu carro teve problemas, provavelmente está relacionado com os seus inimigos.Os olhos de Patrícia se dilataram:- Que pessoa tão cruel.Desde que ela acordou de sua amnésia e foi extremamente mimada por Teófilo, embora ele sempre enfatizasse a necessidade de ser cuidadosa, foi apenas hoje, ao enfrentar o perigo, que Patrícia sentiu um verdadeiro senso de alerta.Olhando para a frente do carro, que foi forçadamente parado pela barreira de segurança e já estava deformado, se não houvesse a barreira, a colisão direta com um objeto sólido não apenas deformaria o carro, mas também transformaria tudo
Agatha olhou seriamente para ele por um longo tempo e, com um suspiro de conformidade, disse:- Você realmente pertence à família Amaral, essa determinação é exatamente a mesma. Você não teme que algo dê errado no caminho? Qualquer incidente, e todos nós no carro morreremos!- Mãe, você acha que eu colocaria Paty em perigo? Aquela pessoa é muito esperta, está fora do país, mas tem tanto poder que tudo que encontro são bodes expiatórios. Enquanto essa pessoa viver, Paty estará em perigo. - Teófilo fez uma pausa antes de continuar. - Sabe? Toda vez que fecho os olhos, posso ver aqueles dois bebês, eram tão pequenos, nasceram sem vida, e até os corpos desapareceram...Teófilo olhou para o distante quintal, onde pequenos pássaros piavam e cantavam livremente nos galhos, sem saber que uma cobra já havia escalado a árvore, com a boca aberta, pronta para dar o golpe fatal.Seus dedos agarravam firmemente a borda da mesa. Seu amor pelos filhos não era menor que o de Patrícia; ele esperava, di
Agatha empurrou a porta do quarto e viu Patrícia na cama, de olhos fechados e com as sobrancelhas profundamente franzidas.Ela suspirou resignadamente:- Coitada da criança.Teófilo herdou a paranoia de ambos, dela e de Felipe, e Agatha se questionava se ser amada por ele era uma bênção ou uma maldição.- Não! - Patrícia despertou de um pesadelo.Ao abrir os olhos, em vez de Teófilo, ela viu Agatha e, suando profusamente, se sentiu deslocada:- Mãe.Agatha falou:- Patrícia, sou eu, vim ver como você está. Está tudo bem?- Estou bem. - Respondeu Patrícia, cobrindo a cabeça. - Só tive um pesadelo.- Que tipo de sonho?Patrícia não conseguiu descrever o sonho exatamente; se lembrava apenas de que era muito confuso e cheio de sangue, mas ela não conseguia identificar claramente os rostos das pessoas.Mas podia sentir o sangue de alguém em seu rosto, tão real que parecia ter vivido aquela experiência, com corpos espalhados pelo chão, misturados à chuva, e o sangue escorrendo pelo solo, se
- Presidente Teófilo, recebemos a mensagem de captura, podemos agir agora! Espere só enquanto trago aquela pessoa. - Lucas estava visivelmente animado, se apressando para dentro com seus homens.Teófilo, embora tivesse planejado meticulosamente os eventos de hoje, se sentia inquieto ao observar o entusiasmo de Lucas, chegando a sentir um arrependimento sutil no fundo do coração.Ele estendeu a mão, querendo instintivamente parar Lucas.Fernando, que havia machucado as pernas e os pés alguns meses atrás, embora estivesse melhor, ainda não estava completamente recuperado, se tornando inconveniente para ele participar de tal ação agora.Percebendo a expressão peculiar no rosto de Teófilo, Fernando perguntou preocupado:- O que há de errado, Presidente Teófilo?Teófilo respondeu:- Não tenho um bom pressentimento.- Não se preocupe, Presidente Teófilo, Gabriel é sempre muito cuidadoso. Hoje, fizemos de propósito para que eles pensassem que caímos em uma armadilha, não deveria haver problem
Patrícia estava jantando e não tinha ideia do que estava ocorrendo. Mesmo faminta, se sentia inquieta desde o início, deixando a colher cair no chão com um som estilhaçante. Patrícia se abaixou instintivamente para pegá-la, quando Agatha interveio: - Deixe isso, deixe que a empregada pegue. - Antes de terminar a frase, um caco de porcelana cortou seu dedo, fazendo com que gotas de sangue caíssem sobre os fragmentos brancos. - Pare com isso. Agatha acenou para a empregada vir e fazer um curativo, enquanto Patrícia observava o sangue, distraída: - Quanto tempo faz que o Teófilo saiu? - Não se preocupe, ele deve voltar logo. - Agatha tentava consolá-la, quando o celular sobre a mesa tocou. - Vou atender. Agatha deixou Patrícia e atendeu o telefone. Não se sabe o que foi dito do outro lado, mas a sempre calma Agatha mudou sua expressão e se levantou rapidamente. - Entendi, vou enviar mais pessoas agora. A inquietação de Patrícia cresceu: - Mãe, o que aconteceu? - Não é
Patrícia imediatamente sentiu como se tivesse sido atingida na cabeça por um golpe, recuando vários passos e mal conseguindo se manter de pé, se apoiando na borda da mesa, com as pernas trêmulas.- Paty, nada é absoluto, estou apenas analisando a situação do ponto de vista de uma pessoa comum, considerando a onda de calor da explosão e os gases tóxicos. Uma pessoa normal certamente não sobreviveria. - Explicou Ricardo, pausando antes de continuar. - Mas Teófilo não é uma pessoa normal; ele passou por treinamentos profissionais e já enfrentou diversos desafios extremos. Devemos acreditar nele; ele não se deixará vencer, certamente sobreviverá.Ricardo explicou isso de forma sensata a Patrícia, que, pensando no telefone que não atendia, encontrava dificuldade para se acalmar.- Então, qual é a situação agora? - Perguntou Patrícia.- Ele está temporariamente desaparecido. Nem eu nem você recebemos informações precisas. A explosão afetou uma área muito grande, e o local é uma fábrica aband