De pé na beira de um penhasco, o vento agitava seus cabelos, enquanto abaixo, as nuvens de neblina eram tão densas que tornavam impossível enxergar qualquer coisa. Patrícia entendia por que Teófilo havia escolhido esse caminho, apesar de perigoso, desde que não chovesse, era ao menos controlável. Essa era a única rota sem venenos ou animais selvagens, apresentando apenas desafios naturais, ele tinha experiência em escalada. Mas descer sem equipamento era extremamente arriscado, um descuido poderia resultar em morte por queda!— Sra. Patrícia, você disse que o líder seguiu por este caminho? Patrícia concordou com a cabeça: — O cheiro para aqui, e veja, há uma corda, ele deve ter usado antes de partir. — Então vou procurá-lo agora. — Não é necessário, você não conhece a montanha tão bem quanto eu. Além disso, sua perna ainda precisa ser injetada diariamente. Você não quer ficar inválido pelo resto da vida, quer? — Você quer dizer que... Patrícia deu a ela um tapinha no omb
Embora Patrícia conhecesse bem o terreno, ela partiu às pressas e não levou todo o seu equipamento. Além disso, não havia sinal no monte, o que a colocava em uma situação difícil, sem um caminho claro de volta. As rochas estavam escorregadias, e ela escorregou várias vezes, mas, por sorte, sua experiência permitiu que agarrasse alguns galhos pelo caminho. Suas mãos estavam ensanguentadas e em um estado terrível devido ao intenso esforço.Patrícia realmente teve um dia de azar, a situação era terrivelmente inadequada. Ela parou para descansar sob uma pequena árvore e observou suas mãos machucadas e sangrando. Naturalmente, isso doía, mas ela não podia se permitir ficar abatida, a prioridade era descer até o penhasco e encontrar Teófilo. Quanto mais demorasse, mais complicado o bosque se tornaria, aumentando a distância entre ela e Teófilo. Sem meios de comunicação, ela contava apenas com uma adaga e uma arma.Ela estava mais preocupada com Teófilo do que imaginava. As pessoas frequ
No momento em que seus olhares se cruzaram, Patrícia saltou repentinamente do chão, abraçando Teófilo com força, como se estivessem no buraco de uma serpente.— Safado, quem disse que você podia fugir? Você sabe o quanto eu estava preocupada?Teófilo se ajoelhou com um joelho no chão, as pupilas dilatadas, um olhar de surpresa preenchendo seus olhos.Na noite anterior, Patrícia tinha afirmado com certeza que o odiava, que ele a repugnava.Ele pensou que não tinha mais chances, e para não fazê-la chorar, para não ser um incômodo em sua presença, escolheu partir.Mas o abraço de Patrícia foi como se as cinzas frias no forno reacendessem, fazendo seu coração bater descontroladamente e as emoções reprimidas começarem a reaparecer pouco a pouco.— Paty, o que você disse...Patrícia saiu de seus braços, com os dentes cerrados, e disse: — Eu disse que estava muito preocupada com você, você ouviu?Ela agarrou o colarinho dele e puxou-o com força, inclinando seu próprio pescoço para beijar os
Teófilo então acordou como se estivesse saindo de um sonho, percebendo que tinha se deixado levar pelo desejo e pela alegria. Patrícia havia descido na chuva torrencial, o que certamente poderia tê-la machucado.— Paty, você se machucou em algum lugar?Até agora, a mente de Patrícia ainda estava turva, ela tinha vindo atrás dele sem pensar nas consequências. Agora que estava diante de Teófilo, ela se sentia extremamente embaraçada.Se lembre, na noite anterior, ela tinha falado duramente com Teófilo, e agora se sentia como se tivesse levado um tapa na própria cara.Ela não sabia como deveria agir perto de Teófilo, sua mente estava uma bagunça e seu coração, ainda mais.— Eu… eu estou bem.Não havia iluminação na caverna, e a luz externa era muito fraca.Embora fosse dia, parecia quase como se fosse noite.Felizmente, Teófilo tinha uma vasta experiência em sobrevivência ao ar livre e havia coletado muita madeira seca antes de começar a chover. Ele não havia usado, mas com a chegada de P
Patrícia encontrou uma de suas camisas grandes, trocou de roupa rapidamente e se acomodou no saco de dormir.Logo Teófilo voltou, e Patrícia mostrou apenas a cabeça para fora, trazendo à mente os dias nostálgicos e íntimos logo após o casamento.Embora a roupa de Teófilo fosse à prova d’água, ela também havia se molhado bastante. Ele tirou o casaco e o pendurou no espeto, ficando apenas com uma camiseta branca.Por estar molhada, a camisa aderia ao corpo, destacando as linhas musculares de Teófilo.Ele pediu em voz baixa: — Paty... Posso tirar a camisa?Com as experiências da noite anterior, ele não se atrevia a perturbar Patrícia novamente.Ela virou a cabeça para o lado: — Tudo bem.Teófilo então retirou a camisa e a colocou no espeto para secar. Ao ver Patrícia virar a cabeça, ele sorriu como um bobo apaixonado.Parecia um sonho, Patrícia arriscando sua vida para encontrá-lo. Se isso não fosse amor, então o que seria?De repente, Teófilo sentiu que o envenenamento desta vez não ti
Patrícia, por natureza, já possuía pernas um tanto antiergonômicas, retas como se fossem de um desenho animado, o que era completamente incomum. Além disso, devido ao seu hábito frequente de imersão em fontes medicinais, até os seus pés eram brancos como neve, com um leve tom rosado, como claras de ovos descascadas. Essa pose destacava perfeitamente suas qualidades, sendo extremamente sensual.Teófilo engoliu em seco, se lembrando do que os dois fizeram na noite anterior no campo de milho.Era algo primitivo e ao mesmo tempo tremendamente excitante.— Paty...Teófilo estava com a boca seca.Patrícia virou a cabeça e percebeu que ele a observava com um olhar predatório, como um tigre à espreita de sua presa. Embora ambos fossem pais de quatro filhos, esse relacionamento de idas e vindas ao longo dos anos ainda fazia com que Patrícia agisse como uma jovem evitando compromissos.Às vezes, ela até se pegava se cobrindo subconscientemente, depois se questionando se estava sendo excessiva
Teófilo se agachou para começar a montar os pedaços de bambu que havia cortado. Durante o churrasco, ele coletou cascas de árvore e cipós, que transformou em corda após um leve processamento. Ainda sem camisa, as cicatrizes em suas costas ficavam expostas enquanto ele trabalhava agachado, o que dava a ele um ar bastante carismático.Com a cabeça baixa, Teófilo iniciou seu trabalho, explicando:— Eu estava preocupado com os insetos no chão, então cortei alguns bambus para fazer uma cama improvisada. Assim, você também pode dormir mais confortável à noite.Ele já estava acostumado a esse tipo de trabalho e poderia montar a cama em, no máximo, meia hora. Ao lado, havia folhas e feno que ele havia trazido, todos secos ao lado do fogo para garantir que estivessem completamente livres de umidade, embora fosse difícil imaginar como ele havia encontrado materiais secos sob uma chuva tão intensa.Seria mentira dizer que ele não sentia nada.— É só por uma noite, por que se dar ao trabalho?—
Este homem...Antes, ele era impulsivo e autoritário, tomando tudo o que desejava sem hesitação. Agora, essa cortesia repentina deixava Patrícia desconfortável.— Estou com fome. — Recusou Patrícia.Teófilo suspirou levemente, sem forçá-la a nada, apenas acariciando gentilmente sua cabeça:— Coma um pouco mais.Enquanto isso, ele voltava silenciosamente para continuar trabalhando na cama de casal.Mordendo a carne de javali, Patrícia tocava seu próprio rosto, agora quente e vermelho, provavelmente devido à alta temperatura dentro da caverna.Observando a robusta silhueta de Teófilo, ela pensou que nenhum homem como ele seria desagradável. Como naquela noite anterior, cheia de uma experiência sexual excitante, ela definitivamente sentiu algo.Deixando o ódio de lado, manter um relacionamento e compartilhar a cama com um homem como ele era um prazer extremo.No entanto, a maior diferença entre humanos e animais são os sentimentos. Ao pensar naquelas coisas, Patrícia sentia como se algo