Anne...Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, eu não queria papo com ninguém, estava muito irritada com Jeremias. Fico andando de um lado para o outro, pensando em o que fazer. Não, eu não tenho ciúmes, já falei sobre isso, mas as mentiras me irritam, aquela vaca me irrita e o fato dele não lembrar do meu aniversário me irrita mais ainda. Resolvo parar de pensar em Jeremias, quando ele voltar de viagem a gente conversa. Tomo um banho e resolvo assistir uma série aqui no meu quarto mesmo. Era por volta das 19 horas, estou sentada em minha cama apoiada na cabeceira assistindo 911 uma série de bombeiros quando Bruno bate na porta.Desde que cheguei em casa me tranquei aqui e não desci nem pra comer. — Entra! Digo já sabendo que é ele. — Eu comprei uma pizza, como você não desceu para comer e estava chateada, resolvi trazer um pedaço pra você. Ele ainda está na porta. — Obrigado... Desculpa ter te tratado mal... Entra aí. Ele entra com um prato na mão e um copo de refri
— Eii... Acorda preguiçosa. Ouço uma voz calma e carinhosa lá no fundo, eu ainda estou despertando, por isso não tenho tanta certeza se realmente tem alguém me chamando ou se é apenas um sonho. Me espreguiço manhosamente, mas continuo escutando alguém me chamar, mas desta vez sinto tocarem meu rosto. —Acorda Anne... Se não, não dá tempo de fazer tudo. A voz continua calma. Abro os olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade, dou de cara com Bruno ainda deitado em minha cama, ele está de lado e apoiado sobre o seu braço, tem um lindo sorriso em seus lábios e com a cara inchada de que acordou a pouco fica mais lindo. Ohhhh céu, pecar uma hora dessa é crueldade! Penso ainda olhando em silêncio pra ele. — Bom dia pra você também! Digo ironicamente colocando a mão na boca para que ele não sinta meu bafo matinal. — Bom dia. Mais uma vez ele tem aquele sorriso com duas covinhas em suas bochechas. Sento na cama e me espreguiço mais uma vez, me levanto da cama e caminho a
— Não! Eu não vou nisso Bruno! Travo minhas pernas no chão tentando não andar em direção ao brinquedo já que Bruno me puxava. — Deixa de ser medrosa, Anne! Ele ria e me empurrava pelas costas. — Porque você tem que gostar só dos brinquedos radicais? Vamos no carrossel! — Já fomos no carrossel três vezes! Bufo me dando por vencida e me arrependo de ter aceitado ir naquele brinquedo infernal 15 minutos depois. — Acho que minhas tripas deram nó dentro de mim. Digo me sentando em um banco. Bruno só ria. — Ahhh me diz se não foi maneiro? Ele estava feliz. — Nossa, muito! Digo sarcástica e revirando os olhos. Ele me abraça de lado gargalhando. — Exagerada! Já estava ficando tarde, era por volta das 22 horas e o parque estava ficando vazio, eu olhava de cinco em cinco minutos o celular, na verdade apesar do dia ter sido muito divertido, olhar o celular toda hora para vê se tinha alguma mensagem de Jeremias era algo constante, mas pelo jeito ele esqueceu mesmo. — Ele vai te
Ele pergunta se afastando um pouco. — Eu não sei... Eu gosto de você, gosto da sua companhia, da sua amizade... Amo suas risadas, mas isso não muda o fato de sermos quase cunhados. Eu sei que tem o Breno, mas ele não está mais aqui, mas tem o Jereh e aí sim as coisas complicam... — Você ama ele? — Já disse que minha relação com ele é diferente, nos gostamos sem essa pressão de rotular sentimentos e apesar de eu estar muito chateada com ele, eu gosto dele. Magoar Jereh não é uma opção. Bruno entende o que eu digo e dá mais um passo pra trás se afastando mais um pouco. — Okay... Ele coça a cabeça e caminha até a porta do motorista. O fato é que Bruno mexe comigo, não sei dizer se é sentimento de verdade ou só pelo fato dele ser irmão de Breno, mas independente de qualquer coisa, nada iria acontecer entre a gente por que tinha Jereh no meio disso tudo e eu não o magoaria nunca! O clima ficou um pouco estranho entre eu e Bruno, o silêncio predominou no carro e em casa ele só se
Ju...Eu tive uma crise de ansiedade e me foi receitado um calmante. Nesse momento eu estou na sala de Allef e de volta a prisão. — Você está melhor?Eu estou deitada em um sofá que tem aqui e ele está sentado na ponta do mesmo me encarando e acariciando minha cabeça. — Da ansiedade sim, mas da consciência pesada, não! Eu traí ele Allef, trai! Eu sou tão suja, tão nojenta... Digo chorando. — Para com isso! Você não é nada disso! Teoricamente você não traiu ninguém, vocês estavam separados. — Mesmo assim... Eu ia dizer que mesmo assim foi errado o que eu fiz, mas fui interrompida com o telefone dele tocando. — Ok... Sim... Que horas? Ok... Eu aviso. Allef falava com alguém, ele estava sério e eu prestava atenção em tudo. — Que foi? Pergunto vendo ele sério ainda. — Aconteceu o que imaginávamos... Você foi inocentada! Ele tem um leve sorriso no rosto, mas sua reação corporal não dizia a mesma coisa. — Aí meu Deus! Meu Deus! Quando? Eu estava eufórica, a ponto de não me
Assim que entramos em casa já vejo júnior no colo da dona Simone, meus olhos já se enchem de lágrimas. Eu não tive tempo de ficar com meu pequeno e o tempo que fiquei longe dele tentei ao máximo não pensar nesse nosso tempo perdido, acho que eu enlouqueceria se pensasse muito nisso. Pego ele no colo e começo a beija-lo por todo canto, sentir seu cheirinho era bom demais. — Mamãe te ama tanto... Digo enquanto choro. Sheik está a alguns passos de nós só observando, vejo Lua entrar em casa, ela vestia seu uniforme e paralisa assim que me vê. Sorrio para ela e faço gestos com a mão para que ela venha até mim. Ela joga a mochila no chão e vem correndo. — Senti sua falta tia. — Eu também princesa, mas agora estamos juntas novamente e vamos poder nos conhecer melhor. Digo envolvendo ela e Jr em meus braços. — Que bom que voltou dona Jhudy, essa casa fica triste sem a senhora. Simone diz vindo me abraçar. — Obrigado por cuidar dos meus pequenos dona Simone, obrigado mesmo. Agrade
Já eram por volta das 19 horas quando Jr dormiu, fui no quarto de lua lhe dá um beijo de boa noite já que ela dorme cedo por conta das suas atividades e saio para tomar um banho. Eu e sheik ainda não havíamos conversado sobre a gente, tudo aconteceu tão rápido e de repente em nossas vidas que nem paramos para falar sobre a gente. Eu sei que desde a morte de Antonella as coisas estavam estranhas entre a gente, não estávamos juntos, mas havia sentimentos, houve beijos, mas não tínhamos um compromisso... — Um doce por seus pensamentos. Ele se aproxima entrando no box completamente nú e isso me deixa tensa, só me faz pensar no que eu fiz com Allef, na traição... Eu traí neh? Eu tô muito confusa. Sheik não é bobo, ele percebe meu desconforto e se afasta. — O que está pegando? — Não é nada, só temos que conversar sobre a gente antes disso. Digo me referindo ao sexo. — Conversar o que? Você está aqui, está livre, está na nossa casa e com a nossa família... Está tudo bem. Ele diz
Sheik...Mulher é um bicho foda, mal Ju voltou e minha vida já virou de cabeça pra baixo. — Ela está aí patrão! Um dos meus vapor avisa. — Manda ela entrar. Eu não sabia como teria essa conversa com ela, mas ia ser sincero. — Mandou me chamar seu sheik? Verônica entra em minha sala timidamente. — Mandei sim, senta aí. Ela se senta e depois de eu coçar a cabeça volto a falar. — Você sabe que Ju foi solta e a partir de agora é ela quem vai cuidar das crianças. — Então eu estou despedida? Ela tem os olhos com lágrimas. — De babá dos meus filhos sim, Ju faz questão de cuidar das crianças. — Então deixa eu trabalhar aqui na boca, posso monitorar os inimigos, posso... Sei lá, faço o que me mandar fazer! Eu preciso do dinheiro, o senhor sabe da minha mãe... Passo a mão em meu rosto frustrado, vê ela chorando era foda, a mina tá com a mãe doente e só veio pro morro viver essa realidade para cuidar da mãe. — Olha só, aqui eu não tenho vaga, esse trabalho com o drone foi foda, mas