Alana soltou o cinto de segurança e empurrou a porta do carro.Uma onda de calor, carregada pelo burburinho incessante da cidade, invadiu o interior silencioso do veículo, criando um contraste marcante entre os dois mundos.Ela estreitou os olhos por um instante, ajustando-se à luz intensa do lado de fora, antes de finalmente descer do carro.O som ritmado de seus saltos ecoou pelo chão de mármore.Ao se virar, seus longos cabelos negros foram levemente erguidos pela brisa, revelando a pele delicada de seu pescoço. Com um leve aceno de cabeça, um sorriso discreto surgiu em seus lábios:— Obrigada.Os olhos profundos de Juan seguiram cada movimento dela, observando-a até que desaparecesse dentro do prédio.Somente então, ele ligou o carro novamente. O Maybach preto deslizou suavemente pelo tráfego, desaparecendo na imensidão da cidade.Assim que entrou no edifício, o ar-condicionado do saguão trouxe um alívio imediato ao calor sufocante do lado de fora.Alana ajeitou sutilmente a roupa,
O design da área das termas não se limitava mais ao tradicional estilo japonês. Agora, incorporava a atmosfera exótica do sudeste asiático e a sofisticação minimalista da Escandinávia.Cada espaço tinha um conceito único, como "Termas sob as Estrelas", "Termas na Floresta" e "Termas entre Campos de Flores".Para enriquecer a experiência dos hóspedes, foram adicionadas atrações interativas, como ioga aquática e um parque temático de águas termais.A proposta para a área de SPA também surpreendia: em vez de se limitar a marcas nacionais, incluía parcerias com grifes internacionais renomadas, elevando o nível do serviço e proporcionando uma experiência mais premium e diversificada.O setor gastronômico trazia uma abordagem inovadora. Além do tradicional cardápio de pratos voltados ao bem-estar, foram adicionadas iguarias locais, garantindo uma oferta mais rica e personalizada para os visitantes.Na parte da hospedagem, o sistema de automação dos quartos foi aprimorado. Cada suíte agora co
— Sr. Diego, eu… eu juro que não esperava que aquela garota… — Bruno engoliu em seco, a voz trêmula de nervosismo. — Ela não é mais a mesma de quando entrou na empresa!— Não é mais a mesma? Como assim? Fala logo! — Diego interrompeu impaciente, o desprezo evidente em seu tom. — Não foi você que disse que a tinha na palma da mão? E agora vem me dizer que não consegue lidar com uma mulher? De que diabos você me serve, então?!O estômago de Bruno revirou violentamente. Suas mãos tremiam enquanto tentava se justificar:— Sr. Diego, ela… ela mudou. Está diferente, mais forte. Eu… eu não sou páreo para ela.Ele então contou, com muitos exageros, tudo o que tinha acontecido naquela manhã. Enfatizou especialmente o golpe preciso de Alana, que o derrubou no chão sem esforço, e a humilhação que sofreu diante dos colegas de trabalho.Houve um breve silêncio antes de Diego soltar uma risada incrédula:— Um golpe? Você quer me dizer que foi jogado no chão por uma mulher?O tom de Diego era puro es
A voz grave de Juan soou do outro lado da linha, carregando um leve cansaço misturado com um toque de bom humor.Alana interrompeu o que estava fazendo e lançou um olhar para o canto inferior direito da tela do computador.— Você não está ocupado hoje? Como arranjou tempo para vir me buscar?Com um clique, abriu outro documento e passou os olhos rapidamente pelo conteúdo.— Já estava nos meus planos. — A voz de Juan soou mais suave. — Tem muita gente perigosa por aí ultimamente, fiquei preocupado de você voltar sozinha.Uma sensação quente se espalhou pelo peito de Alana. Instintivamente, roçou os dedos no lóbulo da orelha, enquanto um sorriso discreto surgia em seus lábios.— Ainda preciso ficar mais um tempo. Essa apresentação é para amanhã.— Então eu subo para te fazer companhia.E antes que ela pudesse responder, a ligação foi encerrada.— Ei, espera...Alana tentou impedir, mas só ouviu o tom de chamada encerrada. Ficou alguns segundos parada, segurando o celular, e logo depois o
Alana pegou o pedaço de pão e deu uma mordida delicada.O sabor suave do trigo, misturado a um leve toque adocicado, espalhou-se por sua boca, dissipando o cansaço do longo expediente.Juan a observava com atenção, os olhos cheios de doçura e um sorriso discreto no canto dos lábios.Os últimos raios do sol poente atravessavam a ampla janela de vidro, banhando seu rosto anguloso com uma tonalidade dourada, realçando ainda mais seus traços marcantes. O perfume amadeirado que emanava dele, misturado ao aroma do café recém-preparado, criava uma combinação envolvente.O porte firme, os ombros largos e a postura imponente exalavam a presença inconfundível de um homem maduro.— Você comprou isso ali em baixo?Alana engoliu o pedaço de pão e ergueu o olhar para Juan, surpresa.Ele assentiu, e um brilho caloroso passou por seu olhar profundo:— Eu ia subir direto, mas vi que ainda tinha gente no escritório. Achei que você poderia ficar desconfortável, então desci para comprar café e pão. Imagin
Alana recostou-se no banco do carro:— A essa hora, vamos para onde?— Um amigo meu tem uma pista de corrida particular aqui na serra. Que tal darmos uma volta? — Juan girou o volante com destreza. — A vista lá de cima é incrível à noite. Dá para ver a cidade inteira.Ela piscou, surpresa. Logo depois, seus olhos brilharam com uma empolgação inesperada.— Corrida? Sério? — Ela se endireitou no banco. — Eu costumava correr muito na época da faculdade. Depois que comecei a trabalhar, quase não tive mais tempo.— Então hoje é o dia perfeito para reviver essa sensação.Juan sorriu e pressionou um pouco mais o acelerador. O carro deslizou suavemente pela estrada sinuosa que levava ao topo da montanha.A brisa noturna entrava pela janela entreaberta, trazendo o ar fresco das colinas e dissipando o cansaço do dia.Pouco tempo depois, o Maybach preto estacionou com precisão no pátio da pista de corrida.Juan saiu primeiro, contornou o carro e abriu a porta para Alana com um gesto natural de ca
Alana, ainda tonta pelo álcool, apoiou-se no peito de Juan. Sua respiração quente, misturada ao leve aroma da bebida, roçava contra a pele dele.Ela ergueu a mão devagar e, com os dedos suaves, traçou pequenos círculos na camisa dele antes de cutucar seu peito:— Juan… por que você é tão alto assim?Os olhos de Juan escureceram ligeiramente, sua garganta se movendo com um engolir discreto. Sua voz saiu baixa e rouca:— Você está bêbada.— Eu não estou bêbada!Alana protestou com um biquinho manhoso e, sem aviso, passou os braços ao redor do pescoço dele, pendurando-se como se fosse a coisa mais natural do mundo.— Estou completamente lúcida! Só… só estou achando você bonito demais.Ela ergueu o rosto, e seus olhos brilhosos e levemente enevoados encontraram os dele. As bochechas coradas e a ponta dos olhos avermelhada a faziam parecer um pêssego maduro—doce, vulnerável, irresistível.Juan sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo. Um arrepio subiu por sua espinha, e ele precisou con
Na manhã seguinte, Alana foi despertada pelo barulho estridente do despertador. Esfregou os olhos sonolentos e estendeu a mão para o outro lado da cama, mas só encontrou o vazio.Juan não havia voltado para casa na noite anterior. Seu olhar carregava uma sombra de emoções indecifráveis.Empurrou as cobertas para o lado, sentindo o frio do chão sob os pés descalços enquanto caminhava até o guarda-roupa. Pegou uma blusa de tricô bege e uma calça pantalona preta sem pensar muito.Depois de se arrumar e tomar um café da manhã rápido, saiu de casa apressada.Ao chegar na empresa, dirigiu-se diretamente ao seu posto de trabalho, ligou o computador e começou a resolver suas pendências. No entanto, por mais que tentasse, sua mente insistia em vagar.As imagens de Juan atendendo o telefone na noite anterior, com aquela expressão fria, e da maneira apressada como ele saiu, não saíam de sua cabeça.Suspirando, Alana preparou uma xícara de café quente, esperando que a bebida lhe trouxesse de volta