Nelson relutou em desviar o olhar de Alana e, voltando-se para Liz, tentou tranquilizá-la:

— Tudo bem, vá lá. Eu vou ficar aqui, não vou a lugar nenhum.

Liz, então, assentiu com a cabeça de maneira compreensiva, pegou sua bolsa e foi ao banheiro. Quando olhou para o espelho e viu o rosto distorcido pelo ciúme, levou um susto.

— Essa pessoa no espelho sou mesmo eu?

Ela só queria mais atenção. Será que isso era errado? Para Liz, tudo aquilo era culpa de Alana.

Se não fosse por Alana, como ela poderia ter chegado a esse ponto? Como poderia ter se tornado alguém tão invejosa?

— Quer fechar um projeto internacional? — Liz abriu um sorriso frio. — Pode ficar tranquila. Quanto mais você precisar de algo, mais eu vou me certificar de que você não conseguirá.

Ela recolheu o sorriso distorcido, respirou fundo e recuperou a compostura. Pegando um batom de marca famosa, retocou a maquiagem. Quando saiu do banheiro, Liz já era novamente a mulher elegante e radiante de sempre.

Com sapatos de salto