— Eu prometi ao seu pai que cuidaria de você em casa. Não adianta insistir, você não vai sair. — Disse Eva com firmeza.— Mãe, eu preciso sair, é sério. É uma questão importante. — Explicou Diego, demonstrando certa ansiedade.Diego sabia que, nos últimos dias, Luís estava o vigiando de perto. Mas, se continuasse preso em casa, não apenas perderia qualquer chance de conseguir parte do dinheiro que Alana estava ganhando, como também poderia surgir outro homem interessado nela. Só de pensar nessa possibilidade, ele já sentia um nó no estômago.Eva, no entanto, respondeu com tranquilidade:— Que tipo de coisa tão importante você tem para fazer fora de casa? Seu pai foi bem claro: eu preciso te vigiar, e é melhor você obedecer.Diego ficou ainda mais frustrado ao ouvir as palavras da mãe. Mas, enquanto ela falava, as palavras de Liz ainda ecoavam em sua mente. Ele sabia que precisava sair. Apertou os punhos e, sem outra alternativa, decidiu contar a Eva o que havia descoberto. — Mãe, voc
Eva já havia traçado mentalmente todos os planos de como iria “educar” Alana depois que ela entrasse na família.Enquanto isso, Alana estava em seu escritório, concentrada em suas tarefas, quando de repente espirrou. Ela sentiu um desconforto inexplicável, como se algo estivesse para acontecer. Alana balançou levemente a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos incômodos. Ela não queria se perder em ideias desnecessárias que só atrapalhariam seu foco. Afinal, aquilo só prejudicaria seu humor. No momento, seu único objetivo era expandir os projetos e fortalecer o Grupo Alves. Qualquer outra coisa era irrelevante para ela. Alana respirou fundo, estabilizou seus pensamentos e voltou a focar nos documentos do projeto à sua frente. Porém, não demorou muito para que seu coração começasse a disparar e a sensação de inquietação aumentasse ainda mais. “O que está acontecendo?” Pensou ela, com as sobrancelhas franzidas. Ela tentou continuar lendo, mas já não conseguia mais se conce
Quando Alana chegou ao andar térreo, ela quase perdeu o equilíbrio ao ver a cena diante de seus olhos. Naquele instante, ela finalmente entendeu o porquê de Carolina ter hesitado tanto antes de explicar o que estava acontecendo.Diego, aquele homem, simplesmente não sabia o que significava a palavra “discrição”. Era impossível ignorar a grandiosidade absurda que ele havia montado.Havia jornalistas por toda parte, segurando câmeras ou celulares, todos apontados diretamente para a entrada do Grupo Alves. Diego, como se não bastasse, tinha preparado um stand com um recorte de papelão em tamanho real de Alana, além de um enorme banner. No banner, lia-se:[Para a Diretora-Geral do Grupo Alves, Alana: Eu te amo para sempre. Quero passar a vida inteira ao seu lado, como um casal perfeito.]Além disso, o local estava decorado com balões, flores e um sistema de som que tocava músicas românticas em volume alto.Se essa fosse uma declaração entre duas pessoas que se amavam genuinamente, talvez a
— Ah, lembrei! Você é aquele ex-namorado que me deu presentes falsificados e, depois que terminamos, ainda teve a cara de pau de pedir tudo de volta. — Disse Alana com um tom sério, enquanto assentia como se realmente tivesse acabado de se lembrar. — Agora que você mencionou, faz sentido. Sim, eu me lembro de você. — Você... Diego apontou o dedo para Alana, mas ficou sem palavras, incapaz de responder imediatamente. A história dos presentes falsificados já era um assunto humilhante para ele. Tudo aconteceu porque ele, na tentativa de economizar, acabou comprando coisas falsas. Agora, Alana havia jogado isso na cara dele, diante de uma multidão e das câmeras. Diego sentiu o sangue ferver. Ele não esperava que Alana fosse expor um episódio tão embaraçoso em público. Como ele poderia manter sua dignidade depois disso? A multidão, ouvindo o que Alana disse, voltou os olhares para Diego, desta vez com uma mistura de desprezo e curiosidade. Era difícil acreditar que alguém que parec
Quando Diego Arruda trouxe seu primeiro amor para a festa de aniversário, Alana Alves soube que havia perdido.No canto do salão, ela olhou rapidamente para a mensagem que sua mãe havia enviado:— Alana, você perdeu. Três anos se passaram, e Diego ainda não se apaixonou por você. Conforme o combinado, está na hora de voltar e assumir suas responsabilidades.Com o canto dos olhos, Alana observou a garota que Diego segurava pela cintura. Era a primeira vez que via o famoso primeiro amor dele. A garota era pura, com uma beleza tranquila e um ar pacífico. Mesmo vestida com roupas simples e baratas, ela chamava atenção. Então era isso que Diego gostava.Os lábios de Alana sentiram o gosto amargo da derrota. De repente, ela se lembrou de uma cena de quatro anos atrás, quando uma jovem rica do círculo social deles se aproximou de Diego para se declarar. Ele, enquanto apagava o cigarro com indiferença, lançou um olhar frio e respondeu com um tom debochado:— Me desculpe, senhorita, mas eu gost
Alana não ficou muito tempo em Cidade Talatona. Originalmente, ela só havia permanecido ali por causa de Diego. Mas, agora que havia se formado e Diego estava apaixonado por outra pessoa, aquela cidade já não fazia sentido para ela.Naquela mesma noite, ela comprou uma passagem de avião e voltou para Cidade Nyerere. Quando desembarcou, Karina Costa estava esperando por ela.— Dessa vez, voltou para ficar? — Perguntou Karina com um sorriso.— Voltei para ficar.Nos anos anteriores, Alana mal passava tempo em Cidade Nyerere. Tudo por causa de Diego, que ela seguia por onde fosse. Consequentemente, os encontros com Karina eram raros. Agora que o acordo com sua mãe havia falhado, ela não tinha mais motivos para sair de lá.Karina, que já tinha ouvido falar sobre o término entre Alana e Diego, não conseguiu evitar um suspiro. Ainda assim, preferiu mudar de assunto, abraçando o braço de Alana com um sorriso:— Não vamos falar de coisas ruins. Hoje é dia de festa. Vou te dar as boas-vindas co
Karina sentia um certo desconforto em relação ao primo Juan. Havia algo nele que a deixava intimidada, então, assim que entrou no carro, manteve-se quieta, sem ousar dizer uma palavra. O silêncio dentro do veículo era quase sufocante.Alana, por outro lado, tinha os olhos fixos no rosário budista que Juan usava no pulso. Algo nele parecia familiar, mas sua mente, enevoada pela bebida, não conseguia conectar as lembranças. Ainda assim, flashes da primeira vez que encontrou Juan passaram por sua cabeça. Anos haviam se passado, mas o homem diante dela permanecia tão imponente quanto antes.A casa de Karina ficava perto. Juan a deixou em segurança e, logo depois, se preparou para levar Alana de volta ao hotel.Agora, apenas os dois estavam no carro. A voz grave de Juan quebrou o silêncio:— Pretende ficar em Cidade Nyerere?— Sim.Alana hesitou por um momento antes de responder com um leve aceno. Eles não eram próximos, e a conversa morreu rápido. O silêncio voltou a dominar o ambiente, en
Como Juan sabia sobre ela e Diego?Esse pensamento passou rapidamente pela mente de Alana, mas ela apenas sorriu, despreocupada:— Não, Juan. Só que você também aproveitou sexo. Então, vamos deixar isso pra lá, certo?Ela piscou, mas no fundo sentia-se um pouco desconfortável. Juan era diferente de qualquer homem que ela conhecia. Perfeito demais, inalcançável como uma estrela distante ou a lua fria suspensa no céu."M*rda."Alana xingou baixinho em sua mente.Juan deu uma última tragada no cigarro, sacudiu o excesso de cinzas e não respondeu. Nem um sim, nem um não. Seus olhos apenas escureceram:— Tanto faz.Sua voz era gelada.Alana soltou um leve suspiro de alívio. Vestiu-se, endireitou o cabelo e deixou o hotel, chamando um táxi para voltar à mansão da família Alves.Mal havia entrado no carro, quando, a alguns passos de distância, Natalie a viu. Por reflexo, ela arregalou os olhos, surpresa, e puxou Diego pelo braço:— Diego, acho que vi a Srta. Alana...— Alana? — A testa de Die