Livro 2: Capítulo 90

POR ALISSYA

O som ao meu redor era como de muitas águas correndo, como cachoeiras despencando ou como águas de um grande rio batendo nas pedras e formando ondulações. Eu não podia vê-las, apenas ouvir já que a forte luz me impedia de abrir os olhos. Eu havia morrido, mas meu interior estava tomado de paz e calmaria. Onde minha alma estaria agora?

Caminhei sem rumo, sem nunca tropeçar ou me cansar. Por um breve instante, senti um cheiro como de terra molhada pela chuva, e perdi a percepção dos meus próprios pés. Foi então que meus olhos puderam finalmente se abrir.

Eu estava flutuando bem no meio de uma caverna vertical e, ao meu redor, águas de um azul-celeste jorravam em cascata, iluminadas por uma luz serena. Estiquei minha mão até a corrente mais próxima, mas não consegui tocar a água. Ela se afastava de mim, como se eu a repelisse com minha presença.

A marca da balança brilhava intensamente em minha mão translúcida, e eu olhei para baixo. Havia uma piscina de águas cristalinas, ch
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