Olá! Chegamos ao fim desta história. Se quiserem conhecer a continuação, deixem seus comentários abaixo. Agradeço de coração a todos que me apoiaram e estiveram comigo até aqui! Bjs...
POR LENISSYAOlhei a prateleira bagunçada buscando urgentemente um pedaço de papel para fazer algumas anotações. Sem querer, esbarrei meus dedos em um livro, deixando-o cair no chão. Era um dos mais recentes escritos, que contava sobre todos os fatos que levaram ao movimento de unificação que estávamos vivenciando.Agachei-me para pegar o livro e coloquei-o de volta ao seu devido lugar, puxando a seguir um pedaço de papel em branco. Não pude deixar de recordar todos os fatos que me levaram a esse momento, enquanto minhas mãos se moviam sobre o papel rabiscando palavras.Sou Lenissya, tenho vinte anos e sou a princesa da colônia halisiana no planeta Halasin, e agora sou a rainha de Zafis, território de refugiados vizinho. Faz mais de três anos que meu irmão mais velho, o rei Alister, me trouxe para esse planeta utilizando correntes de energia provenientes de grandes pedras de propriedades místicas e singulares. Rukmedes havia sido derrotado e a dióxy negra neutralizada. Agora, tudo cami
POR LENISSYASeus lábios se moviam contra os meus em sintonia, enquanto suas mãos percorriam meu corpo me despindo e me pressionando contra ele. Eu amava cada segundo com ele, bem como as diferentes formas que encontrava para me amar, vezes mais calma, e outras, mais sedentas. Em todos esses anos, nossas noites de amor não haviam mudado. Continuavam surpreendentemente marcantes e doces.Dessa vez, ele adormeceu primeiro. Era natural, considerando a viagem que faria com meu irmão no dia seguinte. Suas mãos me envolviam por completo, mas isso não me impediu de levantar o rosto e contemplar sua face serena. Tão lindo...Seu jeito protetor e paciente comigo, ganhou uma forma mais sólida nesses anos, assim como nosso amor. Por vezes, temia que minha ignorância com certos assuntos o fizesse passar vergonha, mas ele sempre contornava minhas gafes e ria com singeleza, dizendo: “essa é minha Lenissya!”Apesar da minha crescente insegurança, ouvi-lo dizer isso sempre me deixava muito feliz. Eu
POR LENISSYATeletransportei-me até a entrada de Julitar e segui em levitação entre as casas antigas, até avistar, ao longe, a luz de uma grande fogueira, acompanhada pelas lâmpadas salisianas que flutuavam ao redor.Aproximei-me cautelosamente da área e me teletransportei para o galho de uma árvore próxima, usando magia para camuflar minha presença. Projetei uma lente mágica para observar melhor o que estava acontecendo.O primeiro que detectei foi Henry, fazendo algum tipo de manutenção no Tecbot enquanto conversava com Luiz. Não muito longe deles, Zuldrax estava sentado ao lado de Drakhan, bebendo e conversando animadamente com Alister, que estava de frente para ele. Meu interior fervilhou ao vê-los assim. Considerando o quanto meu irmão e Zuldrax se odiavam, eu jamais imaginaria que pudessem alcançar tanta intimidade. Respirei fundo e esperei.Em algum momento, Zuldrax teria que se afastar do grupo, e então eu poderia sequestrá-lo por um tempinho, só para mim. Quando minhas pernas
POR LENISSYANunca me senti tão "nada" como naquele momento. Era como se minha existência estivesse se esvaindo, como se meu corpo não passasse de uma molécula no ar, sendo lançada em direções desconhecidas, à mercê do fluxo. Minha memória e meus sentidos começavam a falhar, e ergui a mão, percebendo que, em breve, ela não estaria mais ali... que eu não estaria.Por algum motivo, isso não me parecia desesperador. Eu simplesmente deixaria de existir e não sentiria mais nada. Todos os sentimentos ruins que me trouxeram até aqui desapareceriam junto comigo. Fechei os olhos por um breve instante, tentando me lembrar dos momentos mais importantes da minha vida. Foi então que percebi que minha existência não havia sido insignificante, e, quase sem pensar, levei a mão ao pescoço. Meus dedos roçaram o objeto, e um tremor de desespero percorreu meu corpo.— Qualquer lugar... — sussurrei, reunindo todas as minhas forças. Eu precisava sair dali, não importava onde fosse parar. Concentrei uma qua
POR LENISSYAQuando recobrei a consciência, encontrei-me deitada em uma maca, vestindo uma camisola de hospital. A claridade nas paredes brancas era um sinal claro de que o dia já estava no auge. Uma enfermeira estava ao meu lado, trocando uma bolsa de soro. Ela era jovem e bonita, com uma aura de um branco translúcido que me fez questionar se eu realmente estava de volta à Terra.— Olha só quem acordou. Que bom! Imagino que esteja confusa, mas preciso te fazer algumas perguntas — disse ela. Por algum motivo, olhar para ela me trazia uma sensação de calma.— Deixe comigo! — ordenou uma voz masculina. Segui o som e percebi que não estava sozinha no quarto. No leito ao lado, havia uma jovem também recebendo soro diretamente na veia. Sua aura era uma mistura de branco leitoso e translúcido, com bordas acinzentadas e pequenos pontos negros. Olhei para o nome bordado no jaleco do homem que se aproximava: "Dr. Vinícius Almeida."— A febre baixou, a pressão e os batimentos cardíacos estabili
POR LENISSYAO silêncio tornou-se meu refúgio desde o momento em que deixei o hospital. Agora, eu era novamente Lorena V. P., filha de Bruna V. P. e Jonas P., a garota que havia desaparecido misteriosamente e sido encontrada em outro estado. Exceto pelo meu cabelo comprido, meus pais adotivos não notaram nenhuma outra mudança drástica em minha aparência. Por vezes, olhei-me no espelho e me perguntei por que todas as auras, inclusive a minha, pareciam tão brancas. — Filha, você continua se negando a prestar depoimento. Precisa começar a se abrir — reclamou minha mãe. — Eu não quero falar, entenda! — Sentei-me no sofá da sala, cruzei as pernas e apertei nervosamente as mãos uma contra a outra.Meus pais haviam dito que me levariam para comprar materiais escolares, já que me matricularam na semana passada. Isso era inevitável, pois, para eles, eu ainda tinha 17 anos e não havia terminado o último ano do ensino médio. Agora, eu teria que recomeçar o ano letivo. As aulas haviam recomeçad
POR LORENAA manhã estava mais agitada que o normal. Sendo véspera de Natal, a loja estava lotada, e eu mal tinha tempo de dobrar as roupas entre um cliente e outro. A loja dos meus pais vendia de tudo, desde moda até artigos diversos. — Quero um travesseiro. — A figura ao meu lado apareceu com um grande sorriso. Seus cabelos, que antes eram cacheados, agora caíam lisos até os ombros. — Bia, péssima hora para aparecer. — Beatriz era minha melhor amiga desde sempre, mas, ao contrário de mim, não havia mudado nada. Seu jeito estabanado parecia ter se intensificado ainda mais desde que entrou na faculdade. — Ah, qual é, Lorena? Você nem deveria estar trabalhando aqui para começo de conversa. — E onde mais eu deveria estar? — retruquei, enquanto minhas mãos arrumavam a pilha de roupas sobre o balcão.— Em primeiro lugar, na faculdade. — Isso de novo não, por favor! — De novo sim, senhorita. Alguém precisa te lembrar que você tem um potencial muito maior na vida do que ser balconista
POR LORENA— Devo estar louca! — falei comigo mesma, ao chegar no endereço indicado, pontualmente às 12h30. Era uma casa grande, de dois andares, pintada de cinza, com altos muros e cerca elétrica. Se não fosse pela música alta e os risos estridentes ao fundo, eu teria pensado que estava no endereço errado.Toquei a campainha, e um rapaz de pele escura e cabelos curtos abriu a porta metálica branca. Vestia apenas uma bermuda azul-escuro com uma listra amarela em ambos os lados. Não havia dúvidas de que era o namorado da Bia; percebi isso assim que vi o padrão dela na aura dele. Aparentemente, a aura dela não era a única... — Quem é você? — perguntou-me, curioso. — Lorena! — estendi a mão, cumprimentando-o. — Sou amiga da Beatriz. Ela me convidou.— Ora, então você é a Lorena? Ela fala muito de você para mim. — Ele apertou minha mão e depois gesticulou para que eu entrasse. — Amor, olha quem chegou! O grito dele chamou a atenção de um pequeno grupo reunido no gramado em frente à cas