Marius passou as mãos nos cabelos deixando meus pés descasarem em suas pernas, em seguida deitou a cabeça no sofá, sua expressão novamente pensativa.— Marius? Ei, me responda!Ele virou o rosto em minha direção e sorriu.— Sim, Jane. Eles se apaixonaram e ela resolvei ficar, tiveram filhos. Ele era um lobo como eu, sabe, Vyre, fugiu da sua própria alcateia há muitos anos porque não concordava em como as lobas eram trazidas para a alcateia. Não concordava com nada daquilo.Fiquei ouvindo sua história atenta.— Vyre chegou bem aqui nessa casa nessa colina, onde Celeste vivia sozinha após perder toda a sua família para uma doença misteriosa. Ele chegou em temporal e ela o acolheu, dá para acreditar?Meu coração começou a se agitar, aquilo parecia uma daquelas histórias que não parecia verdade de tão absurda. Ela havia aberto as portas de sua casa para um macho desconhecido que aparecia durante um temporal?— Ele estava ferido após ter sido perseguido pelos lobos de sua alcateia, então el
Ser sua companheira. Ele realmente havia dito aquilo? Ou eu estava sonhando? Quanto tempo sonhei em ouvir aquelas palavras dele? Aquele pedido...Seus olhos de Jaspe estavam fixos em mim em expectativa e foi quando percebi que eu estava em silencio.— Sim, claro que sim! — falei e o macho me beijou profundamente.Seus lábios pressionando os meus, sua língua mergulhando em minha boca e me fazendo saborear cada segundo daquele momento que parecia um sonho.Seus quadris se moveram novamente, pressionando sua excitação contra mim e me fazendo estreitar mais as pernas ao seu redor, puxá-lo para ainda mais perto de mim.Eu não estava usando nada por baixo da camisa masculina e meus mamilos já estavam acesos mesmo antes dele os tocar.Marius se afastou apenas o suficiente para me ajudar a tirar a camisa, mas quando fiquei completamente nua naquele sofá me dei conta de que estávamos na sala e um dos machos da alcateia Vyre poderia aparecer a qualquer momento, afinal, aquela casa era deles não
Acordei com o som de passos no andar de baixo e vozes masculinas. Rolei para o lado na enorme cama, minhas mãos tateando em busca do calor familiar do macho, mas encontrei apenas o seu lado da cama vazio. Eu ouvia também o que parecia ser o som de chuva e trovoes.Abri os olhos e vi que estava no quarto sozinha.Me levantei e coloquei o único short que tinha, com um casaco de Marius por cima e abri a porta do quarto. Quando desci as escadas encontrei Marius conversando com Kevin na sala, o macho estava entregando para ele algumas bolsas de compras de alguma loja e eles conversavam.Não vi sinal dos outros machos irmãos de Kevin, apenas ele estava na sala e estava molhado. Ele usava um casaco grande e marrom com capuz, estava conversando algo com Marius que não entendi e quando desci mais alguns degraus, eles rangeram e ambos os machos olharam para mim.Marius estava usando apenas o short de nylon escuro que havia dormido comigo na noite anterior, ele olhou direto para mim e sorriu.—
LÚCIANão foi o som da tempestade que me acordou, mas os passos do macho bêbado que empurrou a porta do meu quarto.O macho cheirava a bebida e seus olhos estavam injetados de fúria, suas roupas amassadas e seus cabelos desalinhados. Ele havia dormido no sofá na noite passado enquanto bebia sua última garrafa de uísque. Olhei para o despertador ao meu lado que havia me deixado na mão. Era para ele ter me acordado para que eu pudesse sair para trabalhar antes que ele me acordasse...Meu pai segurava a garrafa vazia em sua mão e seus lábios se torceram em uma careta para mim.— Dormindo ao invés de trabalhar? você não vale nada assim como sua mãe! — ele cuspiu as palavras e para meu horror, jogou a garrafa vazia contra mim.Não consegui me desviar a tempo e a garrafa bateu contra a minha testa, o sangue escorrendo imediatamente.Eu o odeio, ele não pode ser chamado de pai! Cibele, minha loba rosnou em minha mente e começou a tentar me curar.Meu pai tentou avançar contra mim, mas corri d
JANEMarius me olhava chocado com o que eu dizia e quanto mais sua expressão se suavizava e eu o via ficar pensativo, pesando cada palavra que eu disse, mais eu começava a acreditar que estava certa.Eu não estava delirando por causa da dor de cabeça repentina, e comecei a acreditar que essas dores de cabeça poderia ser a própria deusa Selene tentando me avisar que era um erro o matarem.— Jane, sei que quer encontrar seu pai, mas não temos nenhuma prova disso. Ele ainda é o macho que nos caçou e... — Marius começou a dizer, mas eu me levantei da cama o interrompendo.— Eu sei disso, Marius. Mas essa possibilidade existe, e se eu estiver certa e eles o matarem? E se essa for a minha única chance de descobrir sobre o meu passado? — falei sentindo o meu coração bater mais rápido.O rosto da fêmea pairando em minha mente, enquanto minhas mãos suavam e eu imaginava os lobos de Kilian invadindo a casa do macho Grayson e o matando.Comecei a caminhar de um lado para o outro no quarto, roend
Eu não queria pensar naquilo nesse momento, porque a única coisa que se passava em minha mente era que o tempo estava correndo.Desviei o olhar do macho que me encarava e fui até o armário onde eu havia guardado as roupas que Kevin trouxe.Enquanto puxava um casaco e procurava sapatos, Marius se aproximou de mim por trás de me tocou no ombro.— Jane, vamos conversar sobre isso? Eu não acho que Kilian irá enviar seus lobos hoje. Ele vai pensar bem em como fazer isso.Me virei para o macho e tirei sua mão do meu ombro. A expressão de Marius era mais calma agora, mas eu via agora claramente o que ele temia.— Você acha que se ele for o meu pai eu vou de alguma forma abandonar você? Que vou ir embora?Quando ele não respondeu, eu sabia que era isso.— Não é isso, estou zelando pela sua segurança e não acho inteligente sair correndo no meio de uma tempestade para a casa do macho que tentou nos matar. — Ele negou veementemente.Eu não acreditei em uma palavra do que ele disse.— Venha comig
Marius apenas fechou os olhos e respirou fundo. Eu estava sentada agora o encarando, esperando que ele usasse o seu bom senso e cumprisse com sua promessa.— Eu preciso de tempo, está bem? — ele disse por fim, abrindo os olhos e olhando para mim.— Tempo? Quanto tempo? — questionei.Quando ele não respondeu, eu imediatamente soube que nem mesmo ele sabia, estava completamente mergulhado em seus medos e paranoia.Respirei fundo.— Está bem, vou deixá-lo pensar um pouco.Eu não tinha tempo. Me levantei da cama e coloquei a roupa.— Onde você vai? — Marius perguntou se sentando na cama.— Eu vou fazer o almoço. Pode esperar aqui, e não se preocupe, não vou fugir.Marius estreitou os olhos e pareceu analisar minha expressão e o que eu havia dito.— Não há nenhum carro aqui perto e você me encontraria em segundos. Além disso, confio e você vai tomar a melhor decisão. A decisão correta. — falei e sai do quarto deixando-o pensativo.Desci as escadas e fui direto para os armários onde eu havia
Enquanto descia correndo a colina, a chuva caía espessa ao meu redor, meus pés afundando na lama, meus pensamentos todos voltados para Marius na casa.Meu coração doía tão intensamente que cogitei mais de uma vez retornar para ele. Retornar para a casa e implorar o seu perdão, mas se fizesse isso, como eu poderia descobrir sobre o meu passado? Como poderia saber se aquela fêmea da foto era a minha mãe? Agora ela não era mais um nome em uma lápide destruída, mas um rosto que eu havia visto. Ela tinha uma vida.Será que Marius me perdoaria? Eu não sabia e isso quase me sufocou.Continuei descendo a colina e minhas lágrimas se misturaram com os pingos da chuva sobre a minha cabeça. Se ele não me perdoasse, se eu estivesse o perdendo...Não, eu não podia pensar nisso agora!Se pensasse, desistiria.Continuei caminhando até encontrar uma estrada de terra, segui por ela até chegar em uma pequena cidade e a primeira coisa que fiz foi procurar terminal de ônibus. Eu sabia que havia levado a n