TRISTAN Seus lábios eram tão macios e doces, tão quentes... fiquei imediatamente excitado e Ethan me pressionou loucamente para que eu a agarrasse, arrancasse suas roupas e a possuísse. Fique quieto, falei para ele. Meg não sabia beijar, isso estava muito claro para mim. O modo como ela não sabia bem o que fazer com sua própria língua, ou como deveria abrir a boca, seu coração batendo tão rápido... E mesmo assim, eu estava muito excitado. Tão excitado que estava tonto, embriagado com aquele beijo. Como se eu tivesse bebido várias garrafas de Vodka. De repente, Meg interrompeu o beijo e desviou olhar. Ela se levantou e correu até a porta, eu me levantei sem seguida e a chamei: — Meg! Espere! — Minha voz saiu alta demais e para o meu horror, com um tom de desespero nela que eu desejava que ela não tivesse percebido. Meg parou e lentamente se virou. Fiquei chocado com sua expressão. Seus olhos que grandes que eu tanto adorava estavam brilhando com lágrimas e eu me odiei por saber
ZEPHYRUS ELDRYNPor que ninguém parecia se importar com o fato de que de modo esquematizado e há anos, o país passava por desaparecimentos de fêmeas?Eu me perguntava isso enquanto lia a papelada a minha frente. Um orfanato que havia sido incendiado e todas as fêmeas jovens desaparecidas, e meu pai o rei? Ele não se importava.“Apenas órfãs” ele dizia, que se importa, não é?Bem, estranhamente eu.Bufei e empurrei a papelada para frente, me recostei na cadeira de couro e fechei os olhos enquanto massageava as minhas têmporas.Nesse instante a porta do escritório se abriu e Demetrius entrou, meu irmão gêmeo.Demetrius olhou em direção aos papéis, seus olhos de esmeralda encarando a papelada. O macho suspirou e cruzou os braços musculosos sobre o peito. Ele usava uma jaqueta preta com uma camisa azul escura. Seus cabelos da cor de areia estavam um pouco úmidos, ele devia ter acabado de sair do banho.— Por que perde seu tempo nessas investigações sem importância, Zephyrus? — Demetrius p
DEVON GRAYSONOs meus braços já estavam cansados, o suor descia por minha testa e o sangue das costas do macho espirrava em meu rosto toda vez que eu erguia o chicote contra suas costas.Eu tinha que admitir, lobos negros eram muito durões, não importando a idade.Minha respiração estava entrecortada e eu tive que me apoiar em meus joelhos e respirar fundo, há quantas horas eu estava chicoteando aquele infeliz e ele não esboçava nenhuma reação?— Já cansou, velho? — o macho perguntou cínico.Arfei e fiquei ereto encarando as costas do macho.Ele estava na sala secreta da minha casa, preso ao poste no centro da sala mal iluminado.A coleira de prata estava contendo sua transformação como eu planejava, mas tive que prender pulseiras de prata em seus pulsos quando ele se recuperou completamente de seus ferimentos a faca, ele estava quase conseguindo se transformar e isso não seria nada bom para mim.Ele continuava em pé amarrado ao suporte de ferro que eu havia prendido no teto, seus joe
JANEAssim que abri os olhos há três dias, a primeira coisa que vi foi o teto cor de pastel. Eu estava amarrada em uma cama e as pulseiras de prata me queimavam. Eu estava amordaçada e não adiantava tentar gritar, tentei me soltar de todas as formas, mas além de ser mais fraca que lobas que já tinham seus lobos, ainda havia o fato da prata me deixar ainda mais fraca.Continuei tentando até que estava completamente suada e exausta. Tentei olhar ao redor apenas para descobrir que estava em um quarto sem nenhuma personalidade, não havia cômodas, armários ou retratos. As paredes tinham cores claras e neutras, e havia apenas uma janela que estava fechada.Apenas uma fresta entre a madeira me permitia saber se era dia ou noite.Tentei em vão me levantar, mas não consegui, até que aporta do quarto se abriu e eu não conseguia ver quem era. O completo terror me invadiu quando ouvi seus passos cada vez mais próximos da cama, até que pararam e o som de uma porta se abrindo soou. E depois mais nad
JANEHavia um nó se formando em minha garganta, uma sensação de sufocamento em meu peito me destruía, enquanto eu encarava as costas do macho que amava.Marius estava amarrado em uma espécie de suporte de ferro preso ao teto e por mais que eu quisesse correr até ele, eu ainda estava em choque parada no mesmo lugar.Lentamente, olhei ao redor. Havia uma bancada de metal presa a uma parede no lado esquerdo daquela sala, quando olhei atentamente, percebi que aquela bancada estava repleta de ferramentas de torturas, das mais variadas.Nas paredes também havia diversas facas e todo tipo e lâmina de metal presa, as paredes eram de um tom mais escuro, havia uma luz que iluminava tudo. Engoli em seco e voltei meu olhar para o macho preso do suporte de metal. Seus pulsos estavam presos ao suporte, e ao redor deles as pulseiras de prata, incluindo a coleira ao redor do seu pescoço.— Você está bem? Não consigo te ver. — ele perguntou preocupado.Limpei as lagrimas e tentei conter as emoções qu
DEVON — Por que fez isso? — rosnei para o macho, príncipe ou não, como ele ousava me agredir? Eu o conhecia desde que ele não passava de um filhote e agora ele me agredia como se eu não passasse de um filhote? Quando meu tom de voz se tornou agressivo, o macho Hunter que mais parecia um armário repleto de musculosos deu um passo a frente e mesmo de óculos eu podia imaginar que ele estava me lançando um olhar do tipo “Eu te mato se continuar falando assim” para mim. — Por que, Devon, você ia contar uma mentira para o seu príncipe e eu não tolero mentiras. — Zephyrus esclareceu e sua expressão era resoluta. De repente, ele tocou em meu ombro com a ponta dos dedos e eu gemi de dor. — Bem ocupado, não é? — ele disse e eu percebi que David o meu lobo não havia me curado da mordida. Merda, David, por que não me curou? Questionei mentalmente. Eu esqueci, a chegada do príncipe me distraiu e me deixou nervoso. Ele se justificou. Quando notei a minha camisa, havia sangue nela,
— Não, pela deusa eu não posso fazer isso! — falei para Marius. Meu coração batia descompassado e meu sangue estava congelado, o horror do que ele estava propondo me fazia querer vomitar e eu virei de costas para que ele não visse a cor abandonando o meu rosto. Como eu poderia machucá-lo? Como poderia cortar suas mãos a sangue frio com um machado? Marius sacudiu suas mãos contra as correntes fazendo um barulho terrível. — Jane! Caramba vire-se para mim agora! — ele ordenou, sua voz ainda imponente mesmo estando tão ferido. Eu estava me tremendo, todo o meu corpo tremendo enquanto continuava de costas para ele. — Eu não vou fazer isso, não vou. Quando ele chegar vou atacá-lo com o machado, depois pego a chave e liberto você. — falei, ainda sem olhar para ele. Ele voltou a bater as correntes no suporte de ferro para chamar minha atenção. — Isso, vou acertá-lo bem na cabeça! — falei e me abaixei para pegar o machado, mas Marius bateu com mais força e gritou: — Jane! OLHE PARA MIM
JANEO machado estava fincado em suas costas e seus gritos cortavam o ar da sala.Soltei o machado em desespero e olhei para Marius, ele ainda mordia o pescoço do macho, tanto sangue, tanto. Os olhos de Marius estava brutal, vermelhos sombrios e por um instante eu não o reconheci, era como se outro tivesse tomado o seu lugar.Como se alguma criatura das profundezas o tivesse possuído, sua expressão demoníaca que me fez paralisar por alguns segundos, até que eu me libertei do meu torpor e gritei.— Solte-o! Solte-o! Temos que ir.O macho piscou e seus olhos escureceram como se Marius estivesse retornando ao tempo presente.Ele soltou o pescoço do machado que caiu no chão, me aproximei e puxei o machado de suas costas, não tinha certeza do porquê havia feito aquilo, mas se tivesse mais alguém na casa, queria ter algo para me defender.Marius tentou se levantar, mas suas pernas vacilaram e eu corri para ampará-lo. Agora seu rosto estava pálido.— Vamos, vamos. — falei, mais para tentar d