Brasil... São Paulo...Sofia LancemAndo de um lado para o outro, volto a me sentar no sofá. A inquietação que sinto é sufocante, a ansiedade me corrói por dentro. Já faz três horas que voltei para o quarto, cada segundo que passava parecia uma eternidade. Khaol, disse que voltaria em duas horas mas suas palavras eram apenas um blefe. Provavelmente pensou que eu estaria dormindo quando voltasse. Penso em como eu teria sido idiota em acreditar nas suas palavras, se não tivesse visto com meus próprios olhos. Khaol, não é homem de uma mulher só, ele mesmo admitiu que não queria esse casamento. E a forma como Magot, se dirigiu a mim, ainda está bem fresco na minha mente. Khaol, é apenas um instrumento nas mãos de Magot, um soldadinho de brinquedo que obedece a cada uma das suas ordens. As coisas lentamente começam a fazer sentido na minha mente, os gestos, as palavras sutis. Recordo do jantar desastroso com Magot, e sua pergunta sobre temos filhos. É óbvio que ela sabia que Khaol, tinha f
Brasil... São Paulo...Sofia LancemAs palavras de Maze, ainda ecoavam na minha mente. Aquilo me pegou completamente de surpresa e desprevenida. Eu não sabia como responder a sua pergunta, nem mesmo sabia o que pensar. Nossa relação se iniciou por causa de um casamento arranjando, pior ainda. Estamos transando por causa de um acordo estúpido, que eu nem deveria ter cogitado a possibilidade. Mas estava tão desesperada em me libertar que nem ao menos considerei a possibilidade que isso poderia acontecer. Me apaixonar por Khaol, não era uma preocupação, nem mesmo uma possibilidade. Oh Deus! A forma como estou pensando é como se eu estivesse mesmo apaixonada por Khaol... Refaço todos os momentos que passei com ele na minha mente, forço meu subconsciente a lembrar de cada sentimentos novo que venho sentindo desde que o conheci. No início era apenas um fascínio, um vislumbre por sua aparência. Mas a partir do momento em que as provocações começaram, os desejos e pensamentos sujos. Esses sen
Brasil... São Paulo...Sofia LancemAo sair do elevador observo o saguão do hotel, hoje ele está um pouco mas cheio e agitado. Procuro por Tony, mandei uma mensagem para ele a alguns minutos, mas o mesmo não me respondeu. Khaol, também não me mandou qualquer mensagem ou me ligou. Mesmo eu não querendo admitir, cada célula do meu corpo grita que Khaol, está com aquela mulher. De alguma forma eu consigo sentir que ele está, e esse pensamento não me agrada nem um pouco, lembro que esse foi o motivo pelo qual saí da suíte. Passei o dia inteiro assistindo filmes estrangeiros e andando de uma lado para o outro, tinha a sensação que iria sufocar a qualquer momento. Respiro fundo soltando o ar preso nos pulmões, definitivamente não foi uma má ideia sair daquele quarto. Levo meus olhos em direção a ala de espera no saguão, composto por um sofá e poltronas. Até mesmo tem um tapete, e vasos de flores decorando o local estrategicamente. Vejo que Tony, está lá. A medida em que me aproximo vejo que
SOFIABrasil... São Paulo...Minha mente está inerte, qualquer ruído no local soa oco. Minha visão está turva, sinto que aos poucos estou perdendo os sentidos. Um vazio se instala no meu peito, se espalhando por todo meu corpo. Tenho a sensação de está dopada, meu corpo paralisado, sem poder gritar ou me mexer enquanto uma dor avassaladora queima meu coração, dificultando minha respiração. Quero reagir, grita. Mas me sinto pressa dentro do meu próprio corpo, sinto que estou submersa sobre a água e gradativamente estou afundando, sufocando com a pressão a minha volta, roubando meu fôlego. O sentimento de culpa e repulsa me atinge com força, sinto náuseas e tenho a sensação do meu estômago revirar. Tudo não passou de uma mentira, uma mentira muito bonita que me ilidiu como uma criança ao vêr seu doce favorito. Fui enganda esse tempo todo por um homem cruel que apenas brincou com as minhas emoções, me manipulou como um ventriloque. Não existe nós, nunca existiu desde o início. Nem mesmo
SOFIASan Francisco...— Sofi! — a surpresa em seu rosto é notável, seus braços rapidamente me rodeam em um abraço forte. Ficamos por um bom tempo assim, paradas na soleira da porta nos abraçandos. Já faz trinta minutos que cheguei. Tony, apenas me levou até o aeroporto e me acompanhou até o jato. Ele não disse uma única palavra, mas na verdade não havia nada o que dizer. Voltar sozinha foi mas solitária do que pensei, eu realmente me agarrei a presença de Khaol. E lá vou eu, mas uma vez pensando nele. Meus olhos estão inchados, mas as lágrimas não param de vir. — vem, vamos entrar.Fala quando finalmente nos separamos. Maze, me ajuda com a mala. Me jogo no seu sofá, meu corpo está mole, minha mente exausta. Nem quero pensar no que Mamãe, vai fazer quando descobrir o que aconteceu. Volto minha atenção para Maze, quando ela volta para sala segurando duas xícaras, aceito com gratidão quando ela me oferece uma das xícaras. Rapidamente me sinto acolhida ao sentir o aroma doce, e o vapor q
SOFIASan Francisco...Abraço meu corpo ainda confusa. Maxon, continua me encarando de uma forma que não consigo decifrar, mas que prefiro presumir ser surpresa também. Afinal, não falei com ele, ou tive qualquer contato depois que entreguei minha carta de demissão ao RH. Tenho certeza que ele tem muitas perguntas, e quer saber porquê não disse nada. Eu nem ao menos dei uma explicação, apenas apareci um dia e entreguei minha carta de demissão e depois sumir. Recordo que aconteceu o mesmo com Maze, não ficaria surpresa se Maxon, também não soubesse do meu desastroso casamento, se é que podemos chamar assim. Mas a pergunta que não quer calar agora é; o que ele está fazendo aqui? Noto está vestindo roupas casuais, uma camiseta branca simples de gola cavada e mangas curtas, calça moletom cinza. O que me chama atenção é ele está descalço. Volto meu olhar para sua face, seus olhos continuam cravados em mim. Sinto um pouco de desconforto, ainda mas quando lembro que não estou usando nada por
SOFIASan Francisco...Hoje fazia três semanas que eu tinha visto Khaol, pela última vez. Sua lembrança ainda era bem vivida na minha memória. O jeito sacana como ele sorria, seus olhos negros. E principalmente seu toque, era estranho não ouvir pela manhã a forma carinhosa como ele me chamava, o jeito como sua boca me atacava. Só depois de não ter mas a aliança no meu dedo, percebi como ela fazia falta, e meu dedo se sentia solitário. Khaol, me marcou com sua presença. Não ter qualquer notícia sobre ele é agonizante, quero saber se voltou pra San Francisco ou se continua no Brasil. Todos os dias quando vejo o noticiário pela manhã, espero ter alguma notícia sobre ele, mas não tem nada. Nem mesmo no jornal, ou nos tablóides. É como se ele tivesse sumido completamente, e não passou de uma miragem na minha vjda. Nesse meio tempo ele não entrou em contato comigo, o que fez a mágoa no meu peito aumentar. Mesmo sabendo que é errado, e que não deveria pensar nele, simplesmente não consigo ev
KHAOLSan Francisco...Minha vida estava um maldito caos, um inferno completo. Principalmente depois do coma alcoólico de Pérola. As coisas foram por água abaixo, sem ao menos um aviso prévio. Lembro como fiquei desesperado quando as crianças sumiram, sei que Pérola, não as negligência. Mas isso foi a gota d'água, não posso mas deixar as crianças sobe sua custódia. Não acho certo fazer isso enquanto ela está em coma. Em um momento tão frágil, mas essa é minha melhor chance para ter a guarda total das crianças, e principalmente a de Lana. Mas depois que meu doce, foi embora daquela forma, não sabia o que fazer. Fiquei como um idiota desestabilizado. Recordo que naquele momento eu só queria voltar para o seus braços, suas carícias. Mas foi como tomar um banho de água fria, não imaginaria que meu doce, ficaria tão magoada ao descobrir que eu tinho filhos. Gostaria de ter falado antes, dizer como era minha vida perturbado. Mas eu estava com medo, porra! Um maldito medo que me assombrava s