SOFIASan Francisco...— Sofi! — a surpresa em seu rosto é notável, seus braços rapidamente me rodeam em um abraço forte. Ficamos por um bom tempo assim, paradas na soleira da porta nos abraçandos. Já faz trinta minutos que cheguei. Tony, apenas me levou até o aeroporto e me acompanhou até o jato. Ele não disse uma única palavra, mas na verdade não havia nada o que dizer. Voltar sozinha foi mas solitária do que pensei, eu realmente me agarrei a presença de Khaol. E lá vou eu, mas uma vez pensando nele. Meus olhos estão inchados, mas as lágrimas não param de vir. — vem, vamos entrar.Fala quando finalmente nos separamos. Maze, me ajuda com a mala. Me jogo no seu sofá, meu corpo está mole, minha mente exausta. Nem quero pensar no que Mamãe, vai fazer quando descobrir o que aconteceu. Volto minha atenção para Maze, quando ela volta para sala segurando duas xícaras, aceito com gratidão quando ela me oferece uma das xícaras. Rapidamente me sinto acolhida ao sentir o aroma doce, e o vapor q
SOFIASan Francisco...Abraço meu corpo ainda confusa. Maxon, continua me encarando de uma forma que não consigo decifrar, mas que prefiro presumir ser surpresa também. Afinal, não falei com ele, ou tive qualquer contato depois que entreguei minha carta de demissão ao RH. Tenho certeza que ele tem muitas perguntas, e quer saber porquê não disse nada. Eu nem ao menos dei uma explicação, apenas apareci um dia e entreguei minha carta de demissão e depois sumir. Recordo que aconteceu o mesmo com Maze, não ficaria surpresa se Maxon, também não soubesse do meu desastroso casamento, se é que podemos chamar assim. Mas a pergunta que não quer calar agora é; o que ele está fazendo aqui? Noto está vestindo roupas casuais, uma camiseta branca simples de gola cavada e mangas curtas, calça moletom cinza. O que me chama atenção é ele está descalço. Volto meu olhar para sua face, seus olhos continuam cravados em mim. Sinto um pouco de desconforto, ainda mas quando lembro que não estou usando nada por
SOFIASan Francisco...Hoje fazia três semanas que eu tinha visto Khaol, pela última vez. Sua lembrança ainda era bem vivida na minha memória. O jeito sacana como ele sorria, seus olhos negros. E principalmente seu toque, era estranho não ouvir pela manhã a forma carinhosa como ele me chamava, o jeito como sua boca me atacava. Só depois de não ter mas a aliança no meu dedo, percebi como ela fazia falta, e meu dedo se sentia solitário. Khaol, me marcou com sua presença. Não ter qualquer notícia sobre ele é agonizante, quero saber se voltou pra San Francisco ou se continua no Brasil. Todos os dias quando vejo o noticiário pela manhã, espero ter alguma notícia sobre ele, mas não tem nada. Nem mesmo no jornal, ou nos tablóides. É como se ele tivesse sumido completamente, e não passou de uma miragem na minha vjda. Nesse meio tempo ele não entrou em contato comigo, o que fez a mágoa no meu peito aumentar. Mesmo sabendo que é errado, e que não deveria pensar nele, simplesmente não consigo ev
KHAOLSan Francisco...Minha vida estava um maldito caos, um inferno completo. Principalmente depois do coma alcoólico de Pérola. As coisas foram por água abaixo, sem ao menos um aviso prévio. Lembro como fiquei desesperado quando as crianças sumiram, sei que Pérola, não as negligência. Mas isso foi a gota d'água, não posso mas deixar as crianças sobe sua custódia. Não acho certo fazer isso enquanto ela está em coma. Em um momento tão frágil, mas essa é minha melhor chance para ter a guarda total das crianças, e principalmente a de Lana. Mas depois que meu doce, foi embora daquela forma, não sabia o que fazer. Fiquei como um idiota desestabilizado. Recordo que naquele momento eu só queria voltar para o seus braços, suas carícias. Mas foi como tomar um banho de água fria, não imaginaria que meu doce, ficaria tão magoada ao descobrir que eu tinho filhos. Gostaria de ter falado antes, dizer como era minha vida perturbado. Mas eu estava com medo, porra! Um maldito medo que me assombrava s
SOFIASan Francisco...O trabalho mantinha minha mente ocupada, sobrando pouco tempo para pensar em Khaol. Mas para mim isso não era um alívio, a visão da sua expressão desolada e o pânico no mar negro dos seus olhos me assombrava. Depois que deixei Khaol, naquela cafeteria e fui embora, sentia um peso constante no peito. As palavras duras que disse para ele me perseguiam, sentia raiva de mim mesma por dizer aquelas palavras tão secas e frias. Não era o que eu sentia, queria abraçá-lo e dizer que também o amo, mas não poderia fazer isso. Khaol, tem uma família. Uma esposa, e dois filhos que precisam dele. O que mas me machuca foi a forma como se declarou, o desespero como disse que me amava. Eu realmente ansiava ouvir essas palavras, ouvir Khaol, dizer o quanto me amava, mas que agora, só com a simples lembrança me machuca. Eu realmente gostaria de acreditar que eram verdadeiras, que Khaol, estava apaixonado por mim. Mas não passava de mais uma de suas mentiras para me enganar, e cont
SOFIANova Orleans...Molho meu rosto, a água fria me faz despertar. A imagem de Khaol, está cravada na minha mente. A todo momento que fecho os olhos, aquele imagem horrível surge. Faz duas horas que Khaol, está lá dentro. Os médicos não me deixaram passar, minha única opção era esperar. O que é impossível, fico me movendo de um lado para o outro. Tony, me recomendou lavar o rosto e esfriar um pouco a cabeça, mas simplesmente não consigo fazer isso. O desespero, nervosismo e principalmente o medo de perder Khaol, me esmaga. Isso não pode acontecer, ele tem que sobreviver. Não consigo evitar que possa ser minha culpa, recordo da forma como ele me implorou para não deixá-lo. Sinto um gosto amargo na boca, fecho os olhos ao sentir náuseas. Por favor, não vá. Digo para mim mesma, desde o momento em que encontrei Khaol, até agora tenho implorado a Deus, para salva-lo, trazer ele de volta para mim. Abro os olhos novamente, as lágrimas se misturam as gotas d'agua no meu rosto. Uso o papel t
SOFIANova Orleans...Vêr como Khaol, estava frágil partia meu coração. Sua respiração está lenta, fraca. Quase imperceptível, mas ele continua respirando. Fiquei checando isso a cada cinco minutos durante a noite, mesmo com os aparelhos ligados a ele, e o monitor cardíaco, ainda sim colocava levemente minha cabeça sobre seu peito, para poder ouvir por mim mesma os batimentos do seu coração. Sempre que ouvia me sentia aliviada, saber que Khaol, está vivo é o único alívio que sinto no momento. Contínuo segurando sua mão, que antes era tão quente agora está um pouco fria. Khaol, não é mas o mesmo homem de algumas semanas atrás, não só fisicamente mas também por dentro. Mesmo dormindo consigo vêr o quanto está abatido, suas olheiras são bem evidentes. Sua barba está grande, assim como seu cabelo. E ele está mas magro, muito mas. Sei que Khaol, é um homem vaidoso, mas agora está desleixado. Não consigo deixar de me culpar por essa mudança, eu fiz isso com ele. Desço meu olhar do seu rosto
SOFIANova Orleans...— quer alguma coisa? Eu posso ir na cantina e pegar algo pra você comer.Eu simplesmente não consigo parar de paparicar Khaol. Desde que ele acordou tenho estado ao seu lado, cuidando como se fosse um bebê recém-nascido. O que não está muito longe da verdade. Khaol, nasceu outra vez, ganhou uma nova chance de viver. Fiz uma promessa a mim mesma de que não vou deixar ele perder essa nova oportunidade. Khaol, tem que viver e vou garantir que seja por muitos anos.— não preciso de nada quando tenho você, meu doce.Suas palavras são ainda mas carinhosas que seus gestos, que atualmente estão parcialmente limitado. Mas sua mão continua segurando firme a mim, ele não soltou um único segundo se quer. E também não tenho a mínima vontade de deixar ele ir. Khaol, é o meu tudo. Não podemos mas viver separados. Com ternura beijo as costas da sua mão, seus lábios carnudos se alargam em um sorriso espontâneo. O mar negro dos seus olhos brilham fixos aos meus, é evidente o desej