Capítulo Vinte e Nove

SOFIA

Brasil... São Paulo...

Minha mente está inerte, qualquer ruído no local soa oco. Minha visão está turva, sinto que aos poucos estou perdendo os sentidos. Um vazio se instala no meu peito, se espalhando por todo meu corpo. Tenho a sensação de está dopada, meu corpo paralisado, sem poder gritar ou me mexer enquanto uma dor avassaladora queima meu coração, dificultando minha respiração. Quero reagir, grita. Mas me sinto pressa dentro do meu próprio corpo, sinto que estou submersa sobre a água e gradativamente estou afundando, sufocando com a pressão a minha volta, roubando meu fôlego. O sentimento de culpa e repulsa me atinge com força, sinto náuseas e tenho a sensação do meu estômago revirar. Tudo não passou de uma mentira, uma mentira muito bonita que me ilidiu como uma criança ao vêr seu doce favorito. Fui enganda esse tempo todo por um homem cruel que apenas brincou com as minhas emoções, me manipulou como um ventriloque. Não existe nós, nunca existiu desde o início. Nem mesmo
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