Ao nos aproximamos da casa noto várias luzes acesas, encaro Thamur com um olhar curiosa, o mesmo sorri para mim confiante. O jipe para a alguns metros da casa, ao descer do veículo vejo uma aglomeração na varanda. Ao nos aproximar vejo Molly, vestindo uma roupa praiana elegante, Nick no seu habitual terno e Luz vestida como uma princesa. Noto os Pais de Thamur, atrás dos três. Vejo um caminho de flores indo de encontro a um arco de flores onde um padre se encontra, o local está coberto por velas iluminando o local.— O que é tudo isso?— Eu pedi você em casamento, lembra?Thamur responde ao meu lado, segurando minha mão.— Nós vamos casar agora?— Sim, achei que você iria gostar de uma coisa mas privada. Por isso convidei as pessoas mais próximas a nós.— Parabéns querida! Eu desejo que vocês sejam muito felizes.Verá, fala alegre me abraçando. Agora entendo o por quê de tanto mistério.— Vocês eram cúmplices dele não é?Meu olhar vai de Molly, a Nick que sorri envergonhado.— Ele nos
Separo meus lábios dos de Thamur, rapidamente para ver Corine. Seus olhos são como chamas ardentes, seu cabelo está bagunçado por conta do vento. Noto sua respiração acelerada, a agonia em seu rosto, seus dentes cerrados. Suas palavras ecoam na minha cabeça, claras e evidentes. Todos os olhares estão voltados em sua direção, o aperto da mão de Thamur, na minha se intensifica. Em passos lentos Corine, vem até nós.— Contou a verdade para ela, Thamur?A mesma pergunta de forma acusadora, o mesmo não esboça quaisquer reação.— Contou o que?Pergunto sentindo a aflição me dominar, o medo. Os sentimentos dos quais afastei para está com Thamur. Corine, gargalha me encarando. A confusão deve ser evidente em meu rosto.— Ele nunca amou você, só queria alguém que pudesse dar um filho a ele.A mesma fala a poucos passos de nós. Prendo a respiração ao ouvir suas palavras, isso não é verdade. Só pode ser mais uma das suas mentiras para me afastar de Thamur. Levo meu olhar para o mesmo que encara
Os dias passavam sucessivamente, nublados e cinzas. Eu não tinha notícias de Thamur. Ele não ligou, mandou mensagem ou sequer veio até mim. Isso só reforçava ainda mais o fato de que ele não me amava, e não se importava com nosso filho. Tudo não passou de uma diversão, de um capricho. Com forme o tempo foi passando os dias viraram semanas, e semanas se tornaram meses. Eu tentava seguir com minha vida, começar do zero. Volta para a fazenda onde cresci foi o melhor que aconteceu. Ajudar meu Pai, na fazenda, ocupava minha mente. Me ajudava a esquecer por um tempo o buraco em meu coração. Nesse período de tempo Molly, tentou bastante se reaproximar de mim, no começo foi difícil pois precisava de um tempo para mim, ela respeitou isso. As poucos nossa relação foi voltando aos pouco, mas sinto que nunca será tão forte como antes.Mantive o foco no meu filho que iria nascer, criei forças para cuidar dele. O fato dele ser fruto de um amor falso não faria eu ama-lo menos. Ele se tornou o motivo
O pensamento de que eu poderia encontra Glaes, dominava a minha mente. A coincidência de que ele morava a poucos quilômetros de mim era surreal. Ao acorda na manhã seguinte, pensei na possibilidade de ligar para Thamur. Mas eu não me sentia preparada para fazer isso ainda, eu poderia ligar para seus Pais. Mas me veio a mente a lembrança de que não tinha o número deles. A única pessoa que poderia me ajudar era Nick, e para isso eu precisaria da ajuda de Molly. Após o café da manhã chamei a mesma no meu quarto, contei tudo o que descobri. Sua expressão foi de total espanto.— Não me admira ele não querer perder você, olha só tudo o que ele passou.— Isso não tem nada haver com o que acabei de falar pra você Molly.— Como não?Molly, pergunta eufórica, andando de um lado para o outro no quarto. Fico sentada na cama observando a mesma.— Pensa em tudo o que ele passou, as pessoas que perdeu. Agora entendo o por quê de tanto desespero quando ameaçei contar toda a verdade pra você.Desvio m
THAMURVer ela ali, parada. Me encarando era como um raio de sol que iluminou a escuridão ao meu redor. Ver seu rosto angelical era um choque para mim depois de tanto tempo vendo-a de longe, e não poder ir até ela. Abraça, beija-la. Pedir perdão pelo erro que cometi, mas fui um completo covarde. Me escondi aqui a obseravndo de longe. Todas as vezes que fui até sua porta e estava prestes a bater, me acovardava com medo da sua rejeição, o ódio que senti por mim ser mais forte que nosso amor. Desço meu olhar por seu corpo até chegar em sua barriga, o volume é evidente por baixo da capa de chuva. Noto suas mãos trêmulos por conta do frio, ergo meu olhar. Seus lábios tremem, seu rosto está pálido e molhado por conta da chuva. Sinto a preocupação me invadir em pensar que ela pode ficar doente.— Rápido, entre antes que pegue um resfriado.Falo dando passagem para que ela entre. Bellinda, pisca diversas vezes como se saísse de um transe.— eu não quero. Só vim trazer as coisas que a Senhora
BellindaEu me sentia fragilizada, não estava pronta para ouvir aquilo. Mas eu ansiava por isso, ouvir uma explicação é tudo o que mais quero. Seu silêncio no dia do nosso casamento, me quebrou de todas as maneiras possíveis. Mas está aqui agora com ele, me faz sentir aliviada. Pois agora sei que nada de ruim aconteceu com ele e não preciso mais me precupar. Ouvir tudo o que ele passou aqui só para ficar perto de mim, faz com que o burraco em meu peito diminuía. Quero ouvir da sua boca, sair do seus lábios que tudo o que vivemos durante os dois meses que ficamos juntos, foi tudo realmente uma farsa, uma mentira. Noto a ansiedade em seu rosto, esperando por uma resposta minha.— Tudo bem.Instantâneamente o alívio toma seu rosto, mas é notável a preocupação ainda em seus olhos. Thamur, solta o ar preso nos pulmões.— Eu vi você pela primeira vez na empresa quando foi fazer a entrevista. Nesse dia não pude participar pois Corine, tinha encontrado uma pista sobre o meu irmão.— Glaes?O
Na manhã seguinte o ceu estava azul, sem qualquer nuvem. O sol brilhava radiante. Ao chegamos em frente a casa do meu Pai, entrelaça meus dedos nos dele o encorajado para o que iria enfrentar. Ao abrir a porta a primeira coisa que vejo é Molly, vir correndo em minha direção.— Mãe...Molly, para no meio do caminho ao avistar Thamur, ao meu lado. Papai, aparece logo depois. Rapidamente sua expressão muda de preocupação para uma carranca, o mesmo cruza os braços em frente ao corpo. Seus olhar paira entre mim e Thamur.— O que ele está fazendo aqui?Pergunta ríspido, sem nenhum tipo de simpatia. Estou preste a explicar mais Thamur, toma a frente.— Eu estava na fazenda da frente, Bellinda foi lá ontem a noite. E descobriu que eu estava lá.— Você estava todo esse tempo lá?Molly, pergunta chocada encarando o mesmo que consente. Papai, ainda encara Thamur, de forma ríspida.— Vá tomar um banho rapaz, temos muito o que conversar.— É claro.Papai, da as costas pegando seu chapéu saindo da
Thamur, fica em completo silêncio ao ouvir minhas palavras, o choque é evidente em seu rosto. Seu olhar fica distante, passo meus braços em volta dele o abraçando. Não consigo imaginar o tamanho da sua dor. Sempre atrás de pistas falsas por causa de uma pessoa que ele confiava cegamente.— Eu preciso de um celular.Solto um suspiro me afastando de Thamur, pego meu celular e entrego ao mesmo. Ele disca de forma rápida saindo do quarto.— James, eu preciso que faça algo...Ouço falar antes de sair do quarto, suspiro e passo uma das mãos pelo cabelo. Me aproximo da janela, fico observando a paisagem esperando que ele volte. Me sinto mal por Thamur, sempre com uma esperança falsa que foi implatada por Corine. Uma verdadeira vibora. Minutos depois Thamur, volta. Ele deixa o celular de lado e vem onde estou, me abraçando por trás.— Eu sinto muito.— Tudo bem, eu deveria saber. Mas eu confiava tanto nela que...— Não foi sua culpa, como você mesmo disse. Você confiava nela, não tinha como v