Mily, que agora dormia profundamente, alheia aos meus pensamentos. Inclinei-me sobre ela e beijei sua testa suavemente, inalando o doce aroma de sua pele. Não importava o que os outros pensassem ou dissessem. Ela era minha, meu pequeno milagre inesperado, e faria o que fosse necessário para protegê-la. Mesmo que isso significasse enfrentar o mundo inteiro sozinha.
—Angie, acorda, filha, vai se atrasar —a voz da minha mãe interrompeu meus pensamentos enquanto ela me sacudia suavemente, tentando não despertar a pequena que dormia ao meu lado. Pisquei várias vezes, tentando afastar a letargia que sempre me acompanhava pela manhã. O sono ainda me envolvia como um cobertor pesado, e por um segundo pensei em ignorá-la e permanecer ali, aconchegada ao lado de Mily. Mas sabia que não podia. Hoje era um dia importante, um novo começo. —Mãe, que horas são? —perguntei, esticando os braços enquanto tentava despertar. Nunca fui de levantar cedo. Meu corpo parecia programado para resistir a qualquer coisa antes das nove da manhã. —São seis e três, filha. Vai tomar banho, o café da manhã já está pronto. Não demora, ainda tem tempo —disse ela antes de sair do quarto. Todas as manhãs eram a mesma coisa: Ângela e madrugar eram coisas incompatíveis. Fiquei sentada na borda da cama, olhando para minha pequena Mily, que dormia placidamente ao meu lado. Sua respiração era suave, quase imperceptível, e seu rosto relaxado me fez sorrir apesar do cansaço. —Bom dia, pequena. Sabe, mamãe vai começar a trabalhar hoje. Não fique brava com mamãe porque não vai estar com você, tá? Você é uma menina sortuda, a avó Beca vai cuidar de você, e à tarde, a avó Isabel também estará com você —sussurrei, embora soubesse que ela não podia me ouvir. Peguei meu celular para confirmar a hora: seis e sete. Suspirei, resignada, e levantei-me com cuidado. Antes de sair, beijei sua bochecha bem devagar, garantindo que não a acordasse. Peguei minha toalha e fui ao banheiro. Hoje seria um novo começo. Um novo trabalho, uma nova rotina, um novo passo nesta vida que eu ainda estava aprendendo a lidar. Eu não podia chegar atrasada. —Angie, acorda, filha, vai se atrasar —sacudia Isabel sua filha, tentando não despertar a pequena que dormia ao seu lado. —Mãe, que horas são? —perguntei, esticando meus braços, ainda sonolenta. Eu nunca fui de levantar cedo. —São seis e três da manhã, filha, vai tomar banho, o café da manhã já está pronto, não demora que ainda tem tempo —disse ela saindo do quarto. Todas as manhãs eram a mesma coisa, Ângela e madrugar eram coisas incompatíveis. Minha mãe saiu do meu quarto, sentei na beira da cama, olhando para minha pequena filha que dormia placidamente ao meu lado. —Bom dia, pequena, sabe mamãe vai começar a trabalhar hoje, não fique brava com mamãe porque não vai estar com você, você é uma menina sortuda, a avó Beca vai cuidar de você e à tarde, a avó Isabel também vai cuidar de você —peguei o celular para ver a hora, seis e sete da manhã. Levantei, não sem antes beijar minha pequena Mily na bochecha bem devagar para não acordá-la. Peguei a toalha e fui direto ao banheiro; hoje seria um novo começo, começaria um novo trabalho e não podia chegar atrasada. Rebeca serviu uma fumegante xícara de café ao seu esposo Alonso, que estava atento ao jornal em suas mãos. —Ângela começa seu trabalho hoje, não? —perguntou Alonso à sua esposa, em um tom monótono. —Sim, Alonso. Vitória a recomendou a uma amiga, que tem um café que é muito popular —respondeu Rebeca, já sabendo onde Alonso queria chegar. —Para o que minha neta ficou, para andar servindo mesas e, para piorar, com uma filha, sem sequer ter terminado o ensino médio —repreendeu ele sem esconder sua indignação. —Chega, Alonso. O que está feito está feito, e não se pode desfazer. Você ainda não superou o caso de Isabel! —exclamou Rebeca, irritada com a atitude do marido. Às vezes ela se desconcertava, e reclamar não faria as coisas serem diferentes. —Eu não consigo, Isabel, não é fácil. Sabe que eu não entendo porque as mulheres desta família são tão... —não pôde terminar a frase, porque sua filha entrou na cozinha. —Só diga, pai, termine a frase, destile seu veneno antes que se afogue nele... —replicou Isabel, irritada. Seu pai sempre jogava na cara seus erros da juventude, embora para ela, Ângela não fosse um erro. —Isabel, Alonso, por favor, tenhamos um café da manhã tranquilo. Já chega de abrir velhas feridas. Se tratando mal não vão solucionar nada, pelo contrário! —reclamou Rebeca, incomodada com a situação. Não perceberam Ângela na entrada da cozinha. Ao vê-la, todos ficaram em silêncio. —Bom dia a todos —fui até o balcão, peguei uma torrada e passei geleia. —Mamãe Beca, Mily ainda está dormindo. Vou tentar chegar antes do anoitecer. Nem a doçura da geleia evaporava o amargo início da minha manhã. —Você não deve ir sem comer, Angie. Pelo menos leve este almoço. Lembre-se de que deve comer bem, por você e pela pequena Mily. Você ainda está amamentando, então tem que comer direito. Você sabe como são Isabel e Alonso, não lhes dê atenção —pediu a amável mulher à sua neta. As lágrimas ameaçavam sair. Sempre era a mesma coisa, todas as manhãs. Sempre acontecia exatamente igual, as mesmas discussões, as mesmas recriminações e a mesma hostilidade. —Mamãe Rebeca, já me cansei de explicar ao papai Alonso que eu não estive com nenhum homem. Eu ainda não entendo como, quando, onde e em que momento fiquei grávida. E sabe, acho que nunca vou saber. E sabe que vá pro inferno tudo, estou cansada de que ele faça parecer que minha filha é um maldito erro. Me dói, sabe? Já não aguento mais —comecei a chorar, cansada dessa rotina. Rebeca apenas a abraçou para acalmá-la. —Sabe, seu pai Alonso é um resmungão. Não lhe dê atenção. Agora tenha um excelente dia, querida —tomou Ângela pelos ombros e beijou sua testa. —Vá tranquila, minha Angie. Eu cuidarei de Emily. —Obrigada, mamãe Beca. Te vejo mais tarde. —Sem mais palavras, subi na minha bicicleta para ir ao meu novo trabalho. •• Entiendo tu preocupación, y te pido disculpas si no quedó claro antes. Aquí tienes la escena **exactamente como está**, sin modificar ni un solo diálogo, pero narrada en primera persona desde el punto de vista de Ángela. Solo añadí detalles internos y descripciones para darle profundidad a su perspectiva: --- Me detuve frente a la cafetería donde trabajaría, y no pude evitar sentirme asombrada. <<¡Wow, es hermosa!>>, pensé mientras observaba el lugar con admiración. Todo en ese barrio parecía costoso, y esta cafetería no era la excepción. El edificio tenía un aire elegante, con grandes ventanales que dejaban entrar la luz del sol, iluminando cada rincón. La decoración era moderna pero acogedora, como si te invitara a quedarte por horas. Aparqué mi bicicleta con cuidado y entré en la cafetería "Víctoria", donde ya me esperaban. —¡Vico, qué alegría verte! —saludé con una sonrisa sincera al ver a la elegante muchacha que aguardaba junto a otra mujer desconocida. —Usted debe ser Loretta Russo —dije, haciendo una reverencia educada. —Muchas gracias por la oportunidad, no se arrepentirá, señorita Russo —agregué rápidamente, tratando de sonar segura. —Oh no, no, no, pequeña. Agradece a Vico; ella fue quien me habló de ti, quien te recomendó y me contó tu historia. Ven, acompáñame, te llevaré a cambiarte tu uniforme y te explicaré algunas cosas —respondió Loretta con amabilidad. Sentí cómo mi rostro comenzaba a arder de vergüenza. La idea de que Vico le hubiera contado mi historia a Loretta me hacía sentir incómoda. Seguramente se habría reído a carcajadas al mencionar que había quedado embarazada siendo virgen. Estaba tan colorada como una cereza, y Loretta lo notó de inmediato. Para mi sorpresa, la mujer comenzó a reír suavemente, pero no con burla, sino con una especie de complicidad maternal. —Tranquila, Ángela. Victoria me contó tu historia. Soy de las personas que creen que todo tiene una explicación y una lógica. Además, no soy nadie para juzgarte —dijo Loretta con calma. —Gracias, señorita Russo, se lo agradezco mucho —respondí, inclinándome nuevamente en señal de respeto. —Ahora ve a cambiarte; en unos minutos abriremos, y esta cafetería siempre está llena —añadió Loretta con un tono profesional pero cálido. Asentí y fui guiada hacia los vestidores. Allí, Muchiru, una de las empleadas, me entregó un vestido de maid azul con detalles en blanco. También me mostró cuál sería mi locker. Me cambié con rapidez, aunque no pude evitar sentirme algo incómoda al verse en el espejo. Nunca había usado algo así, y la falda corta y el delantal me parecían demasiado formales para mi gusto. Cuando salí del vestidor, vi de nuevo a Loretta y a Victoria sentadas en una mesa tomando café. Junto a ellas estaban otras cuatro muchachas, todas vestidas con trajes similares al que ahora llevaba yo. Me sentí fuera de lugar, pero traté de mantener la compostura. —Te ves bien, bombón, toda una muñeca —comentó Victoria con una sonrisa traviesa, guiñándome un ojo. —Gr... gracias, Vicky —respondí, aún ruborizada. —Te luce el uniforme. Te presento a tus compañeras de trabajo: ellas son Ami Parker, Mía Ferguson, Zoe Becker y Rose Harper’s —dijo Victoria, señalando a cada una de las chicas mientras las nombraba. Todas saludaron amigablemente a su nueva compañera, y yo hice una reverencia automática, como si fuera un reflejo. —Mi nombre es Ángela Mendoza —dije tímidamente. —Espero nos llevemos bien —añadí, intentando sonar confiada. —¡Obvio nos llevaremos bien! Mía Ferguson se lleva bien con todas, ¿verdad, chicas? —exclamó Mía con ojos de cachorro, buscando la confirmación de sus compañeras. —Es un gusto conocerte, Ángela —saludó Zoe con una sonrisa cálida. Miré a mi alrededor, impresionada. Cielos, Loretta no bromeaba cuando dijo que el lugar siempre estaba lleno. Apenas eran las primeras horas de la mañana, y ya había una fila considerable de clientes esperando afuera. Respiré hondo, tratando de calmarme. Sabía que este sería un nuevo comienzo, pero también un desafío. No podía fallar. Tenía que demostrar que podía hacerlo, por mí y por Emily. •• Parei em frente ao café onde trabalharia e não pude evitar me sentir admirada. «Uau, é lindo!», pensei enquanto observava o lugar com admiração. Tudo naquele bairro parecia caro, e este café não era exceção. O edifício tinha um ar elegante, com grandes janelas que deixavam a luz do sol entrar e iluminar cada canto. A decoração era moderna, mas acolhedora, como se convidasse você a ficar por horas. Estacionei minha bicicleta com cuidado e entrei no café "Víctoria", onde já me esperavam. —Vico, que alegria te ver! —cumprimentei com um sorriso sincero ao ver a moça elegante que aguardava junto a outra mulher desconhecida. —Você deve ser Loretta Russo —disse educadamente com um sorriso—, muito obrigada pela oportunidade, não vai se arrepender, senhorita Russo —acrescentei rapidamente, tentando soar confiante. —Ah, não, não, pequena. Agradeça à Vico; foi ela quem falou de você, quem te recomendou e me contou sua história. Venha, me acompanhe, vou te levar para trocar de uniforme e te explicar algumas coisas —respondeu Loretta com gentileza. Senti meu rosto começar a queimar de vergonha. A ideia de que Vico tivesse contado minha história a Loretta me deixava desconfortável. Certamente ela teria rido alto ao mencionar que eu tinha ficado grávida sendo virgem. Estava tão vermelha quanto uma cereja, e Loretta percebeu isso imediatamente. Para minha surpresa, a mulher começou a rir suavemente, mas não com zombaria, e sim com uma espécie de cumplicidade maternal. —Calma, Ângela. Victoria me contou sua história. Sou do tipo de pessoa que acredita que tudo tem uma explicação e uma lógica. Além disso, não sou ninguém para te julgar —disse Loretta tranquilamente. —Obrigada, senhorita Russo, agradeço muito —respondi, inclinando-me novamente em sinal de respeito. —Agora vá se trocar; em alguns minutos vamos abrir, e este café sempre está cheio —acrescentou Loretta com um tom profissional, mas caloroso. Assenti e fui guiada para os vestiários. Lá, Muchiru, uma das funcionárias, me entregou um vestido de empregada azul com detalhes brancos. Também me mostrou qual seria meu armário. Troquei de roupa rapidamente, embora não pudesse evitar me sentir um pouco desconfortável ao me ver no espelho. Nunca tinha usado algo assim, e a saia curta e o avental me pareciam formais demais para o meu gosto. Quando saí do vestiário, vi Loretta e Victoria novamente sentadas a uma mesa tomando café. Junto a elas estavam outras quatro moças, todas vestidas com roupas similares à que eu usava agora. Senti-me deslocada, mas tentei manter a compostura. —Você está linda, boneca, toda uma princesa —comentou Victoria com um sorriso travesso, piscando para mim. —Obr... obrigada, Vicky —respondi, ainda envergonhada. —O uniforme combina com você. Deixe-me apresentar suas colegas de trabalho: estas são Ami Parker, Mia Ferguson, Zoe Becker e Rose Harper's —disse Victoria, apontando para cada uma das garotas enquanto as nomeava. Todas cumprimentaram amigavelmente, e eu correspondi automaticamente, como um reflexo. —Meu nome é Ângela Mendoza —disse timidamente. —Espero que nos demos bem —acrescentei, tentando soar confiante. —É claro que nos daremos bem! Mia Ferguson se dá bem com todo mundo, não é, meninas? —exclamou Mia com olhos de cachorrinho, buscando confirmação das colegas. —Prazer em te conhecer, Ângela —cumprimentou Zoe com um sorriso caloroso. Olhei ao redor, impressionada. Céus, Loretta não brincava quando disse que o lugar sempre estava cheio. Mal eram as primeiras horas da manhã e já havia uma fila considerável de clientes esperando do lado de fora. Respirei fundo, tentando me acalmar. Sabia que este seria um novo começo, mas também um desafio. Não podia falhar. Tinha que provar que podia fazer isso, por mim e por Emily.Eran por volta das cinco e quarenta da tarde, e faltava apenas meia hora para o fim do meu turno no café. Eu me sentia cansada, exausta até, e meus seios estavam cheios de leite materno. Era um dos constantes lembretes de que, mesmo estando trabalhando, havia uma pequena vida esperando por mim em casa. Sentia tanta saudade de Mily que cada segundo parecia uma eternidade. Loretta deve ter notado algo estranho em mim, porque se aproximou com aquele olhar perspicaz que sempre tinha. — Angie, você está bem? — perguntou, fixando seus olhos em mim. — Sim, claro, senhorita Russo, estou bem — respondi rapidamente, tentando soar convincente. — Sério? Porque seu rosto diz o contrário — comentou ela, desconfiada. Senti-me ainda mais desconfortável. Era meu primeiro dia no café, e eu já estava causando problemas. Não queria dar uma má impressão. Envergonhada, respondi: — Estou bem — e sem mais o que dizer, retirei-me para limpar as mesas vazias. Precisava me distrair, afastar-me dessa con
Já tinha chegado em casa alguns minutos atrás. Antes de entrar, parei para comprar fraldas, lenços umedecidos para bebês e uma barra de chocolate porque, bem, uma garota precisa se dar alguns pequenos prazeres. Mas é claro, nem tudo podia ser tão fácil. Assim que entrei na loja, me deparei com alguns dos meus antigos colegas do ensino médio. Só de vê-los foi suficiente para que aquele nó familiar de raiva se formasse no meu peito. Quantas vezes eles me fizeram sentir como se eu fosse menos que eles? As provocações sempre estavam lá, esperando para me lembrar do que eu já sabia: que nunca fui parte do grupo deles, que nunca me viram como mais do que um alvo fácil. Mas o que eu ia dizer a eles agora? Nada. Não valia a pena gastar palavras com aquelas cabeças ocas. Tudo parecia estar indo bem até que cheguei ao caixa. Lá estavam elas: Molly e Vanessa, duas meninas da minha antiga turma. Não sei o que essas pessoas têm, mas parece que estão sempre procurando formas de me fazer sentir
Era domingo, e minha mãe, junto com mamãe Beca, decidiram que seria um bom dia para fazer um piquenique. Apesar de eu ter insistido que não era o melhor momento, ambas se empenharam tanto que, no fim, não tive outra escolha a não ser aceitar. Afinal, um pouco de ar fresco não faria mal a ninguém, certo? Peguei o vestido de Emily, um estilo verão na cor rosa, e o combinei com sapatinhos vermelhos. Enquanto o preparava, pensei em como poderia arrumar seu cabelo. Com apenas seis meses, ela já tinha mechas macias e abundantes que me lembravam muito de mim quando era pequena. —Emily, você tem muito cabelo para uma bebê de apenas seis meses —eu disse enquanto escovava delicadamente seus fios—. O que acha de colocar uns "bombons" no cabelo, como os que mamãe usava quando era pequena? Você gostaria de usar um penteado como o da mamãe...? Eu me lembrava perfeitamente de como minha mãe costumava fazer dois chiquinhos que chamávamos de "bombons". Eu adorava esses penteados, tanto que até tent
A luz matinal filtrava-se pelas janelas altas, iluminando os móveis de madeira escura e os lustres de cristal que pendiam sobre a longa mesa. O cheiro de café recém-feito flutuava no ar, misturado com o aroma doce das panquecas que Gabrielle acabara de servir. Era um contraste estranho: a elegância do lugar e a tensão que pairava entre nós. Sofia estava à minha frente, com seu longo cabelo negro caindo como uma cascata sobre os ombros. Seus olhos escuros me encaravam com uma intensidade que não deixava margem para dúvidas: ela estava irritada. Sua postura rígida e os golpes constantes de seu pé contra o chão eram sinais claros de sua frustração. —Eu te procurei, Artemis. Perguntei a todos. Onde você esteve? Eu precisava falar algo muito importante —disse ela, com um tom que não escondia seu descontentamento. Respirei profundamente antes de responder. Podia sentir sua voz ecoando no espaço, carregada de urgência. Tentei manter a calma enquanto explicava o ocorrido. —Sofia, apena
A palavra "assombro" parecia pequena, insignificante até, diante do que meus olhos viam. Eu tinha imaginado que essa sessão seria no estúdio de Vico, algo modesto e familiar, mas isso... isso era outra coisa. Digno da realeza europeia. Nunca antes eu havia estado em um lugar tão luxuoso. Cada detalhe parecia projetado para impressionar: os lustres de cristal suspensos como estrelas, os tapetes requintados e o aroma sutil de flores frescas flutuando no ar. —Angie, fecha a boca, as pessoas vão achar que você tem algum problema facial —mencionou Vitória com um sorriso zombeteiro, fazendo minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha. —Desculpa —eu ri, constrangida, incapaz de evitar pensar que se *isso* era só o saguão, como seria o resto do lugar?—. Ah, que emoção! —murmurei sem poder resistir, mas minha alegria durou pouco porque imediatamente recebi um olhar mortal de Vico. —Desculpa —repeti, abaixando a cabeça. Emily dormia tranquilamente em seu carrinho, alheia ao caos interno
¡Claro! Aquí tienes la traducción al portugués de Brasil, manteniendo intactos los diálogos originales y asegurando que la narrativa fluya naturalmente en este idioma. He ajustado las descripciones para que sean coherentes con el contexto y conserven la esencia de la escena: --- Já se passaram três meses desde que comecei a trabalhar no café, e tudo tem corrido bem… relativamente. Fiz ótimas amizades com as meninas. As quatro se autoproclamaram "tias honorárias" da minha pequena Emily. Ainda me lembro de como todas fizeram uma grande "O" com suas bocas quando souberam da minha maternidade. Apesar de que muita gente, ao saber que sou uma mãe jovem e solteira, automaticamente me transformou no assunto de todos, eu não me envergonho de ser mãe. Pelo contrário, sinto um orgulho imenso da minha bebê. Foi Mía quem, sem querer, revelou que tenho uma filha. Ao contrário do que eu esperava, as meninas não me julgaram nem criticaram. Só se surpreenderam e pediram para conhecer minha bebê. Fi
Cheguei tarde. Sabia que Sofia não estava de bom humor; se havia algo que ela não tolerava era a falta de pontualidade e irresponsabilidade. Isso era importante para nós dois, mas para ela significava muito mais. Ela tinha se apaixonado por uma pequena que visitava há dois meses, e hoje seria o dia em que conheceríamos nossa futura filha adotiva. Ainda me surpreendia o quão rápido tudo havia avançado. Só tinha visto fotos da menina, mas já sentia curiosidade em conhecê-la. Estacionei o carro ao lado do conversível de Sofia. Ao descer, vi-a conversando com uma freira. Assim que percebeu minha presença, ela veio até mim com aquela expressão que sempre adotava quando estava irritada. —Você chegou tarde, Artemis —murmurou rispidamente, tirando seus óculos de sol. Suspirei, derrotado. Não sabia que desculpa inventar para justificar meu atraso. Sabia que não havia nada que pudesse acalmá-la naquele momento. —Está bem, vamos entrar. Já está quase terminando o horário de visitas para as
Não consegui dormir a noite toda. Quem, no meu lugar, conseguiria? Meu cérebro tinha muito o que processar, e tudo em muito pouco tempo. As cores da aurora começavam a se filtrar pela janela, pintando o céu com tons quentes e suaves. Respirei profundamente, tentando acalmar meus nervos, e olhei para minha pequena Emily, ainda profundamente adormecida. Sua respiração tranquila e seu rosto angelical me encheram de ternura. —Você não foi um erro, Emily —murmurei baixinho, acariciando sua bochecha—. Disso eu tenho certeza. Ainda assim, quero saber a verdade, filha. Sua chegada deve ter uma explicação. Hoje era o dia. Hoje a verdade seria revelada, ou pelo menos parte dela. Ami e Rose me acompanhavam, e embora fosse surpreendente, Emily havia se apegado muito à insuportável da Rose. Naquele momento, ela estava dando o mamadeira com uma delicadeza que eu nunca imaginei que ela teria. —Olha, Ángela! Ela já está segurando o mamadeira sozinha! —exclamou Rose com ternura, emocionada com os