— Está tudo bem. Eu sinto muito, querida — disse, esfregando suas costas enquanto seus soluços e lágrimas eram abafados pelo meu peito. Me senti um pedaço de merda por ter despejado tudo dela. Carter tremia em meus braços e me agarrava com força. Eu apenas fiquei lá, tentando acalmá-la.
Sentados diante da janela da sala eu apenas fiquei contemplando as luzes ainda acesas dos prédios comerciais e de algumas casas. Era possível ouvir ao longe sirenes policiais em algum canto da cidade. Dentro do meu apartamento o ar era pesado e melancólico. Os soluços de Caterine ecoavam pelas paredes me deixando rasgado por dentro. O que quer que tivesse acontecido com ela, era algo muito ruim.
Quando finalmente levantou sua cabeça e largou o seu aperto em meu corpo, peguei seu rosto e comecei a limpar as lágrimas que escorriam por ele.
— Posso fazer alguma c
Pela manhã, eu ainda não havia dormido. Quando ouvi a campainha tocando, eu sabia que era Joshua e Mary. Caminhei até a porta e abri. No momento em que minha cunhada colocou os olhos em mim, mandou meu irmão passear com minha sobrinha novamente. Joshua percebeu e, antes de partir, colocou a mão no meu ombro e apertou sem dizer nada. Apenas mostrando que estava lá para mim.Assim que eles saíram pela porta, eu soltei:— Ela se foi, Mary. — Sem me importar, chorei como um menino e abracei a minha melhor amiga.— Oh, querido. Eu sinto tanto. — Era como se ela também soubesse que não havia mais o que fazer.Naquele momento, ela apenas me deixou falar. Não me disse nenhuma palavra motivacional, apenas me abraçou. Nos levou para o sofá depois de um tempo, sentou me puxando para os seus braços novamente. Eu estava quebrado, revoltado tamb&eacu
Sentei na poltrona ao lado da cama de minha mãe soltando um grande suspiro. Eu estava tão feliz por ela estar bem, mas alguns exames tinham que ser feitos, ao que parecia, seu coração precisava de cuidados. Dirigi como louco para Jérsei no momento em que Mary me contou e não me importei com nada, nem mesmo em pegar alguma roupa extra. Eu teria que ligar para Melissa avisando que não trabalharia no dia seguinte ou no resto da semana, caso fosse necessário.Sem soltar a mão de Elisabeth Hartnett ouvi meu pai discutir com seu colega de trabalho a quantidade de exames que mamãe teria que fazer. Eles ainda não sabiam o que tinha causado sua dor no peito ou o desmaio, mas a boa notícia é que ela ganharia alta em algumas horas, o que significava que os médicos estavam tranquilos com a sua condição, porém, ela precisaria de repouso em casa. Então fiquei para a
Dois anos depois— Senhoras e senhores. — Dei uma risada forçada antes de continuar. — Desculpem, eu ainda estou tentando me recuperar das palavras da defesa. — Ri mais um pouco apenas para dar mais ênfase no quão ridículo foi o discurso da defesa. — Antonino D’Gregory é um pai de família honesto?Caminhei até a minha mesa e peguei as fotos das vítimas do esquema de tráfico humano e voltei para o júri.— É praxe agora pais de família traficarem meninas de países subdesenvolvidos para o seu esquema de prostituição? Homens honestos fazem lavagem de dinheiro ou são responsáveis pela morte de dezoito mulheres nos últimos quatro anos? Me desculpem, mas se não conseguem ver o perigo que este homem representa em nosso país e em outros países também, não vejo mot
Eu nunca escrevi uma canção românticaQue não terminasse em lágrimasTalvez você reescreva minha canção românticaCaso possa substituir meus medosPreciso de sua paciência e direçãoE todo seu amor e maisQuando trovões circulam através de minha vidaSerá que você está disposto a vencer essa tempestade?Há muito que eu gostaria de lhe dar, babySe ao menos eu conseguisseHá um inchaço de emoçõesQue sinto, que devo protegerMas qual é o ponto dessa proteção?Se mantém o amor longe tambémEu prefiro sangrar com cortes de amorAo invés de viver sem cicatrize
Porra! Como foi que essa doida veio parar na minha cama?Onde está a outra garota?Era com ela que eu pretendia transar...E se eu transei, por que eu não me lembro?Mas que merda!— Sei a resposta para a maioria das suas perguntas. — A garota de ontem, a maluca de cabelos curtos e, porra, platinados, que me prendeu para dançar com ela, murmurou sonolenta ao meu lado.Que merda, meu filtro mental já era ruim, ao acordar era inexistente.Ela riu um pouco e gemeu aconchegada em meu braço enquanto falava, estava de costas para mim, o cheiro de cigarro e bebida exalando dela estava me deixando um pouco enjoado.Porra, não poderia ter tomado um banho antes de...— Hey! Eu quis, mas você não me deixou, me atirou contra a parede do corredor e... — Ela foi levantando para me contar enquanto me deix
— Eu... não posso ficar... tem que haver alguma maneira de ir — disse se virando enquanto ajeitava o vestido embaixo do grande sobretudo preto.— Eu sinceramente não acho que dê para você ir para casa... Você mora em Chinatown. Não é exatamente longe daqui, mas nesta tempestade é impossível chegar lá.Parando na porta, Carter deu um grande suspiro derrotado. Foi para a janela e ficou por um bom tempo olhando para baixo do prédio, talvez tentando achar alguma brecha para sair. Depois de mais outro suspiro, virou a sua atenção para mim.— Você tem uma bela janela aqui — elogiou. Seus ombros caídos e a voz denunciavam a sua entrega. — E imagino que a vista seja muito bonita sem toda a maldita neve — resmungou, chateada com a tempestade.— Sinto muito que você esteja presa aqui, Caterine. Você pode fi
Quando abri meus olhos, era quase meia-noite.A ressaca e o cansaço foram colocados de lado devido à adrenalina de acordar com uma desconhecia e a notícia da nevasca, ao sentar e finalmente relaxar enquanto assistia ao filme, devo ter pegado no sono também. Lembro de acompanhar os créditos finais enquanto pensava sobre ter aquela estranha mulher dormindo praticamente em cima de mim.Carter devia estar muito cansada, uma vez que havia dormido antes de mim. Levantei o mais delicadamente que pude e segui até meu quarto para pegar um cobertor extra e um travesseiro para ela. Ao retornar para a sala, cobri seu corpo e ajeitei o travesseiro embaixo da sua cabeça, seus olhos abriram momentaneamente e um sorriso se fez em seus lábios, mas logo caiu e os olhos fecharam novamente, um suspiro cansado escapou e ela estava dormindo novamente. Levantei e caminhei até o meu quarto me esforçando para não olha
Acordamos com o telefone tocando.Era o meu.Era a minha mãe.— Porra! Porra!— Alguém já te disse que você fala muito essa palavra? — Carter ronronou ao meu lado enquanto eu me sentava e criava coragem para atender.— É minha mãe. Eu deveria estar em Jérsei neste final de semana, mas, obviamente, não fui. — Passei a mão nos cabelos me preparando para um longo sermão.Minha mãe tinha uma mania muito inconveniente de sempre achar que podíamos dar um jeito em tudo, inclusive em uma tempestade de neve.Ainda conseguia me lembrar de quando ela desenvolveu teses para Rose conseguir se equilibrar com Jack em cima da porta flutuante em Titanic.— Oi, mãe. — Estou muito brava. Semana que vem quero você aqui, Alexander.E ela desligou.Eu não esperava por isso