Mais um capitulo. Prometo até segunda postar mais um :)
PETROV Segurei Helena pelos braços para evitar que se choca-se contra mim, seus olhos estavam tão cheios de lagrimas que duvido que estivesse enxergando algo em sua frente. - Helena, o que houve? Se acalme por um instante. Eu gostava dela, e estava realmente preocupado, já havíamos conversado outras vezes durante os eventos para todas as candidatas, mas principalmente no dia do ataque. Como Anna estava com Lorenzo neste dia, fiquei responsável pela segurança das demais, junto com outros soldados em um dos abrigos, ficamos lá por pelo menos 4 horas e a conversa fluiu de maneira interessante. Helena era doce, não no sentido angelical da coisa, nenhuma mulher da máfia era assim, mas ela levava as coisas em uma leveza diferenciada. - Ai Petrov – ela me olha nos olhos e pisca forte, uma enxurrada de lagrimas cai de seus olhos – ainda bem que foi você que me viu neste estado. Pode me levar ao meu quarto? - Claro – minhas mãos descem em direção as delas e se unem – mas pode me
ANNA Eu saí do quarto antes de Lorenzo, peguei minhas roupas do chão e sai de roupão mesmo, nossos quartos ficavam no mesmo andar somente em lados opostos. O corredor parecia maior que o normal, imenso, eu segurava dentro de mim a vontade de chorar. Precisava chegar no quarto antes que me vissem e depois precisava sair de lá antes que Petrov resolvesse me procurar. - ótimo, sem ninguém no corredor, vou rápido. Cheguei no quarto e deixei a roupa cair ao lado da porta, eu estava confusa, não sabia o que fazer naquele momento ou com a minha vida. Eu era forte e decidida, mas resolvi ser fraca e estupida. Deitei-me na cama e o roupão abriu, foi a gota final para que tudo o que eu estava sentindo saísse. Como eu era tão estupida, a ponto de me deixar envolver por ele, e mais estupida ainda de pensar que não estava envolvida, que eu saberia controlar o que sentia e o rumo das coisas, estava obvio que eu não sabia. Deixei que todas as lagrimas saíssem junto com a constatação de
ANNA Eu já havia chorado o mundo e mais um pouco e mesmo assim me sentia miserável, precisava fazer algo, decidi que iria treinar, talvez socar alguém me ajudasse. Coloquei um top e uma calca de academia pretos, meu tênis rosa favorito e um xuxo de cabelo da mesma cor, eu estava disposta a meter a porrada em alguém, mas também gostava de ver os guardas tentando fingir que não me secavam. Eu sou uma safada, o que posso fazer. Desci e fui em direção aos fundos da propriedade, o que parecia ser uma simples casa anexa escondia um amplo ginásio de exercícios e combate em seus subsolos. Me peguei pensando onde será que eles guardavam os armamentos daquele lugar, quanto acenava e rebolava mais minha bunda para os guardas que faziam a segurança do lugar. Passei pelo átrio que dava a vista de todo o ginásio. Merda, Petrov estava lá embaixo, ele me conhecia muito bem – puto – e sabia que hora ou outra eu viria parar aqui. Seria soco e bronca, tudo junto, ótimo para meus nervos. Respiro
PETROV Afago os cabelos de Anna, estamos os dois deitados como um casal, porém não me sinto sexualmente atraído. Anna é como uma amiga de infância para mim, uma alma companheira a qual posso contar e dividir minhas histórias. Confesso que a ideia de me casar com ela, proposta pelo seu pai em caso dela não se aquietar, não me cai tão bem devido as obrigações sexuais, porém pensar que poderei passar o resto da minha vida com alguém que me compreende já me aquece o coração. A vida de ser um guardião não é nada fácil, e inclui diversas renúncias, como a de ter uma família. Uma ideia logica, pois em uma situação de conflito o guarda preferira proteger a sua família a pessoa que lhe foi designada. Infelizmente há coisas na máfia que não podemos controlar. A máfia me salvou, devo tudo a ela. Acaricio seu rosto e dou um beijo em sua testa, nos posicionamos de frente olhando um para o outro. Anna dá um longo suspiro, sei que ela vai chorar. Ela chora, e a trago para meu peito, como em tod
LORENZOPassei dia enfiado em reuniões, e no meio delas meus pensamentos retornavam a Anna. A noite que havíamos passado juntos ainda ecoava em minha mente, eu nunca havia me entregado a uma mulher daquele jeito, sido carinhoso daquele jeito, ter passado uma noite inteira com direito a café da manhã daquele jeito. Pela primeira vez admiti em voz alta enquanto estava sozinho no escritório - Eu estou apaixonado nessa ragazza &n
PRETROV Acordei com os raios de sol que entravam pela janela, pela luminosidade não deveria ser mais de 6 horas da manhã, procurei por Anna sem me mexer e vi que já não estava em meus braços, mas sim do outro lado da cama com os cabelos esparramados no travesseiro. Me levantei e me dirigir ao closet, precisava de um banho meu cheiro era uma mistura de vodka e baunilha da noite passada. Sempre havia roupas minhas com Anna pelo acaso de uma necessidade, peguei uma cueca, uma blusa e calça preta e um par de meias. Decidi que pediria o café da manhã antes de ir para o banho, assim caso Anna acordasse nesse intervalo já teríamos comida a caminho, decidi também que pediria que um café também fosse entregue no quarto de Helena, Deus é quem sabe o que ela tinha passado no dia de ontem para estar chorando tanto, não custava nada ser gentil, não é mesmo? Eu havia conhecido Helena no dia do atentado, quando todos já tinham ciência que a Anna e o Lorenzo estavam seguros a encontrei debaixo de
PETROVSai do quarto da Anna rumo a cozinha, passeia por lá para pedir que o almoço fosse entregue em seu quarto, talvez beliscar um pacote de bolachas e depois seguira rumo a Central, tinham alguns estudos que estava fazendo com relação ao atentado que deixei parado desde ontem.Estava no segundo andar ala esquerda, e precisava chegar a cozinha que ficava no terreo ala direita, e decidi que iria fazer isso através do primeiro andar, o cruzaria e desceria logo na cozinha.O primeiro andar era composto pela biblioteca, sala de jogos, alguns escritórios e poucos quartos que não eram utilizados, desci as escadas e andei alguns passos quando ouvi uma barulho que parecia de vomito, achei estranho e andei mais um pouco, quando avistei uma pessoas pequena que parecia debrucada em um grande vaso que ficava ao lado de um dos quadros decorativos.Me aproximei aos poucos e pude perceber que se tratava de Helena, que estava com a cabeça enfiada no vaso aparentemente colocando todo o conteúdo de
HELENA Que cena mais ridícula aquela do vaso, eu estava tentando, em vão, não passar mal nessa manhã, e ainda mais : não passar mal na frente de ninguém. Mas aquele cara tinha que estar lá, ele tinha que estar nos lugares mais improváveis sempre, com aqueles olhos azuis gélidos. Cheguei no quarto e me concentrei em respirar fundo enquanto uma nova onda de náusea me atingia, e eu não podia vomitar o que não tinha na minha barriga. Deitei na cama de barriga para cima e olhei pra o teto e comecei a pensar como eu poderia ter sido tão burra. Que ninguém era virgem nessa droga de máfia, todo mundo sabia, porém ninguém falava. Eu também era uma sonsa virgem, até ter caído no conto do vigário. Ele era lindo, especial, e me prometia que se algo desse errado ele estaria ao meu lado. Ao meu lado para me mandar para casa de prostituição, junto com todos os outros filhos bastardos que nasciam por aí. O problema é que o meu não era, ele era filho do meio irmão de Anna. Sim, Anna tinha u