— Nathaniel. - seu nome saiu de meus lábios como um suspiro cansado. Ainda estávamos na biblioteca, nossos corpos colados e soados estavam contra a grande estante de Nicholas, e Nathaniel tinha sua testa quente e molhada sobre a minha. Seu quadril ainda se movia vagarosamente para frente e para trás, mesmo depois dele me fazer gozar duas vezes e ter conseguido seu próprio alivio a uns minutos atras. Notei que mais uma vez ele não tinha colocado camisinha e nem se retirado de dentro de mim ao gozar.
— Hmm. - passei as mãos nos fios sedosos de seus cabelos e seus lábios se abriram sobre o meu em um pequeno gemido ao sentir minhas unhas arranharem seu couro cabeludo. — Continue fazendo isso e irei te comer de novo. - ri baixinho, pois eu não iria me opor contra sua ideia, mas mesmo assim parei com a caricia e mordi seu lábio de leve. — Eu sei, precisamos sair daqui...
— Nathaniel,
— Ela está dormindo. - a voz de Nicholas ecoou me fazendo encara-lo. — Glinda antes de ir embora, a fez dormir e ela se lembrara somente do seu aniversário amanhã. Terá uma memória feliz. Eu não quis envolve-la nisso. - assenti incapaz de achar minha voz naquele momento. Continuei encarando-o enquanto me lembrava do que Glinda tinha falado. Brenda era algum tipo de companheira de Nicholas... — Rose, não é assim...— E como é? - me vi perguntando, enquanto cruzava os braços. Nicholas passou ambas as mãos nos cabelos e abaixou seu rosto em direção a suas pernas. — Você ama ela ou algo assim? - seus olhos se prenderam em mim e eu sustentei. — Não estou julgando, Nicholas. Só quero ter certeza de que você não vai machucar minha melhor
Os olhos prateados do homem, não era nem o mais impressionante. Eram suas asas brancas que chamava toda a minha atenção para ele. Eram gigantes como as de Nathaniel, e lindas. Nunca, em toda minha vida, imaginei uma coisa daquelas. Ao mesmo tempo em que parecia ser macia, dava a impressão de que furaria minhas mãos como facas se eu as passasse ali.O homem anjo era negro, seu rosto quadrado o deixava com uma aparência severa e mortal. Suas sobrancelhas grossas estavam franzidas em nossa direção e seus lábios generosos estavam comprimidos um contra o outro. Automaticamente eu tive a certeza de que definitivamente não queria conversar sozinha com ele. Tinha a impressão de que ele não era uma figura sarcástica ou amigável como Glinda e que na primeira oportunidade iria decepar minha cabeç
— Isso foi... - murmurei encarando o homem negro a minha frente. De repente ele não era tão bonito assim, pois eu sabia qual era sua verdadeira face. E aquela casca não chegava aos pés da verdadeira beleza de Miguel. — Cruel. - completei engolindo em seco e desviando meu olhar para Nathaniel que me encarava meio perplexo. — Isso não é uma verdadeira piada? Eu era um anjo. Cai ao cobiçar o amor e Deus em sua infinita misericórdia não deixou que eu me transformasse em demônio, mas permitiu que eu sofresse com mortes dolorosas sempre que eu estava prestes a descobrir o amor. - não consegui segurar o desprezo em minha voz ao deixar aquilo sair. Eu ainda conseguia sentir a dor das mortes em meu corpo. Porém, o rosnado que veio de Miguel me alertou que ele não gostou nem um pouco das minhas palavras. — Então... você que
Ponto de vista 3° pessoa Com um suspiro resignado, Nathaniel e Rose se prepararam para partir. Cada um perdido em seus próprios pensamentos e medos. Não tinha mais para onde correr. Cada escolha, cada ação, os levara até aquele momento e agora precisavam encarar de frente. Era o tudo ou nada. Rose se separou dos rapazes por um momento e subiu as escadas com o coração aos pulos. Ao chegar à frente da porta do quarto de Brenda, seu coração se apertou. Sua amiga ressonava tranquilamente em cima da grande cama. Seu pequeno corpo estava enrolado como um casulo no grosso lençol. Tão calma e completamente indefesa... Rose, pode sentir as lágrimas inundarem seus olhos e atrapalharem a visão que era Brenda dormindo. Podia ser a última vez que veria sua melhor amiga. De r
Nathaniel segurou a mão morna de Rose. Estava soada, mas ela não estava tremendo. Ele não sabia em que momento sua garota tinha deixado de ficar apreensiva com o resultado da transformação, mas ali estava ela. Colocando seu medo de lado e aceitando seu destino. Se daria certo, eles não sabiam. Mas Rose tinha aceitado e ele iria fazer o mesmo. Nada iria separa-los. Nathaniel a puxou para seus braços e fechou os olhos, se concentrando e deixando que seus corpos se movessem no tempo. Era a primeira vez se teletransportarva com Rose. Não queria arriscar voar e ser emboscado pelos anjos. Ele não confiava nem um pouco em Miguel, então teria que arriscar se tele transportar. E ele tinha a vaga impressão de que Glinda garantiria que eles não tivessem problemas. Assim que seus pés tocaram a grama macia ele sorriu. Se
— Vamos Rose! Precisamos fazer alguma coisa divertida ou vamos morrer de tédio! - olhei para a menina de olhos azuis que estava na minha frente e rolei os olhos. Brenda tinha os lindos olhos azuis arregalados de excitação, enquanto sorria de lado e apertava minha mão, dando leves puxadas para irmos em direção a porta. — Brenda... - olhei ansiosa para a porta e depois para as quinze camas no quarto. Seis camas estavam desocupadas, quatro de suas respectivas donas se encontravam no porão nesse exato momento, e tinha nós duas, discutindo aos sussurros a minha ida para participar dessa estupidez. Não que eu estivesse com medo... Okay, talvez eu estivesse um pouco receosa, mas o que me segurava realmente dentro do quarto era a possibilidade de ser pega pela irmã Maria. Eu realmente não era fã de ficar ajoelhada no milho enquanto rezava incontáveis "Ave Maria's". — Eu realmente não acho uma b
Eu não entendia ainda como não conseguia gritar. O susto foi tão grande que o meio do meu peito estava doendo, mas por que eu ainda estava parada com a boca aberta olhando para aquilo que com toda certeza era um vulto preto no canto da parede? Por que o que quer que aquilo fosse não nos matou ainda? Ou me matou? Ou possuiu, sei lá... Conforme eu divagava eu sentia meu pânico crescer. Seja o que quer que aquilo fosse, estava claro que estava brincando comigo.— Rose, tudo bem? - meu corpo pulou automaticamente ao ouvir a voz de Rebecca. Não tinha percebido seus suaves roncos pararem e pior ainda, seu tronco se erguer da cama e sua mão acender a luz. Queria gritar para que ela não acendesse aquela luz, porém minha voz ainda estava presa na garganta e eu ainda tinha os olhos fixos naquela sombra que não pareci
Andei cautelosamente ao lado de Brenda enquanto íamos tomar o café da manhã, e depois todas nós limparíamos o refeitório. Quatro dias tinham se passado desde o dia em que fomos ao porão. Quatro dias em que eu tinha um visitante oculto em meu quarto, que eu tentava inutilmente me forçar a acreditar que era coisa da minha cabeça. Afinal, ele não fez nada com nenhuma de nós. E o fato de somente eu conseguir vê-lo, me fazia insistir nessa ideia de que eu o inventei.— Você está muito estranha! Por que exatamente está seguindo a Linda e a Laura? - a voz curiosa de Brenda ecoou e eu olhei para ela com a sobrancelha franzida.— O que? Eu não...— Rose, você fic