Alice
Passei o verão planejando essa viagem, todos os detalhes importantes. Ainda tive que convencer minha mãe que eu conseguiria sobreviver morando em uma cidade diferente longe de casa. Quando decidi ir para Vancouver, foi algo instantâneo, quase mágico na verdade. Meu melhor amigo David mora lá desde criança, seu pai, o irmão do meu pai, foi fazer faculdade quando conheceu a tia Erin, eles se apaixonaram, se casaram e tiveram o David.
Enfim, a primeira vez que pisei o pé naquela cidade maravilhosa me encantei, não sei exatamente o porquê, talvez seja pelo motivo de ter passado algum tempo morando em um orfanato, depois que perd
Há três anos atrás eu comecei a escrever meu primeiro livro, depois de muito mantê-lo em meus pensamentos. Foram muitos rascunhos até que eu sentisse que a história estivesse como eu imaginei, apesar de que sempre que releio, ainda acho algumas imperfeições. Durante esses anos me vi vivendo uma vida que não era minha, vivendo aventuras de um casal que sempre será o meu preferido, e que sempre terá um lugarzinho especial em meu coração. Hoje, quando terminei, me senti feliz, pois enfim dei um ponto final nessa história maravilhosa que eu sinto orgulho de ter escrito. Quero agradecer ao meu marido Paulo, por ter me incentivado a começar a escrever, por sempre acreditar no meu potencial como escritora. A minha sobrinha Kelle, por não ter deixado que eu desistisse e por amar o meu casal, obrigada por ter sido a minha primeira le
13 anos antes... Sempre amei meu trabalho, dediquei ao máximo todo o meu tempo e esforço, passei horas enfiado em um escritório revisando casos, e em campo participando de investigação desde que me tornei policial. Mas eu não me importava porque era isso que eu queria, poder proteger e fazer justiça aqueles que precisam de nossa ajuda. E mesmo com todo meu esforço ainda não cheguei aonde eu queria. Hoje me vejo em um dilema, seguir meus ideais, ou sucumbir a minha ambição de ter muito mais do que eu consegui até agora. Penso no que minha família pensaria de mim se soubesse o que eu estou preste a fazer de errado. Apesar de que vou fazer isso por elas também, poder dar um futuro melhor e uma vida digna que elas merecem.Não tem mais no que pensar, já me decidi e
Tento dormir por mais alguns minutos e continuar nos meus sonhos perfeitos, onde não tenho que ir a faculdade e fazer imersos trabalhos e pesquisas. Estou no meu último ano do meu curso de psicologia e vou começar a fazer um estágio dentre algumas semanas no Hospital Psiquiátrico de Toronto. Não vou ter tempo nem para respirar, pois a faculdade e o estágio ocuparão todo meu tempo, mas não posso reclamar, ser psicóloga é tudo o que eu sempre sonhei. Em meio aos meus pensamentos sonolentos, ouço um pequeno barulho que vai aumentando e tornando ensurdecedor. Abro os meus olhos lentamente, maldito despertador. Meus primeiros pensamentos é jogá-lo na parede e voltar a dormir, mas não posso, preciso estar no Campus para minha primeira aula desse semestre em uma hora. Mesmo contra minha vontade levanto-me e vou at
Quando chego ao jardim da frente, avisto meu lindo carro um Audi RS7 vermelho que ganhei dos meus pais no meu aniversário de 18 anos, desde então meu bebê tem sido meu xodó. Meus olhos se prendem em um homem alto de terno preto sobre um muro de músculo perfeitamente atlético, com ombros largos e de expressão séria. Desvio o olhar quando percebo que ele está me olhando também, apesar dele estar usando óculo escuro posso sentir seu olhar em minha direção. Volto a andar em direção ao banco de trás do carro, mas antes que eu possa abrir a porta ele abre, entro sem olhá-lo. Percebo que ele dá a volta no carro e entra no lado do motorista, é tão estranho ver outra pessoa dirigindo o meu carro, eu sempre o dirigi desde que o ganhei de presente, e desde então não permito que ninguém dirija, at&e
Em meu quarto, Kallie sentou-se em minha cama com as pernas cruzadas enquanto verificava seu celular. Coloco minha bolsa em cima da poltrona que fica próxima da janela que tem vista para o jardim da frente, dá uma bela vista em noite de lua cheia. Olho ao redor do meu quarto, sinto como se fosse meu refúgio. Há fotos minhas com meus pais na mesinha ao lado da cama king Size, em frente da cama fica minha escrivaninha com meu notebook, livros do meu curso e uma iluminaria de acrílico em forma de três rosas. Ao lado umas prateleiras de livros de todos os meus autores favoritos e com fotos minha e Kallie em nossas várias viagens que fizemos juntas.Vou em direção ao closet pegar os biquínis, procuro entre as gavetas do armário, escolho um biquíni tomara que caia verde com estampa florida para mim, troco-me e pego um biquíni preto de franjinha para Kalli
Os dias passaram voando e quando dei por mim já era o fim de semana. Pensei que como era a primeira semana de aula na Faculdade os professores pegariam mais leve, lindo engano, já que estamos amarrotados de pesquisas e trabalhos. Passei todo meu tempo livre durante a semana na Biblioteca do Campus com a cara enfiada em grandes livros grossos e velhos. Como Kallie também faz Psicologia estávamos juntas estudando na biblioteca, só que ela passou o tempo todo reclamando que deveríamos aproveitar nosso tempo com algo mais produtivo. Não acho que exista nada mais produtivo do que estudar para se tornar a profissional a qual eu almejo, quero poder ajudar crianças carentes que tenham passado por traumas ou por momentos difíceis e precisam de alguém que a entenda e que possa ouvi-la. É o que eu quero para minha vida, por isso me esforço muito nos meus estudos. Espelhei-me em
Concentro-me na explicação do professor a minha frente, estou em mais uma das aulas do Sr. Harris. É estranho só agora ter percebido que ele é calvo? Na verdade ele está mais para careca, baixo e gorducho. Balanço a cabeça e presto atenção à aula de novo. Não está funcionando, pois minha mente tende a voltar à noite de sábado.Acordei na manha de domingo com uma forte dor de cabeça e uma ressaca. E tudo que eu consegui fazer foi tomar um banho, ingerir um remédio para a dor latejante na minha cabeça. Acho que dormi longo em seguida de novo. Assim resumiu meu dia, tirando o fato do meu pai ter me questionado sobre o que eu estava fazendo na noite anterior.- Como pôde sair por aí sozinha se alcoolizando, sabia que alguma pessoa com más intenções poderia se aproveitar da sua s
Saímos do estacionamento, em alguns minutos entramos na avenida principal da cidade. Caio dirige como se estivesse participando de um filme de ação. Nesse momento tenho certeza que fiz a escolha errada de ter vindo com ele, mantenho os olhos em seus movimentos, passa a marcha e acelera repetidas vezes, sempre focado nos carros a sua frente. Sou pega o observando, ele sorri e diminui a velocidade, seu olhar vai de mim para o Audi que nos segue.- Por que você tem um segurança particular?- Hum... Por causa do trabalho do meu pai - Digo vagamente.- Deve ser um trabalho perigoso que interfira na sua segurança, imagino que esse deve ser o motivo para você ter que andar com um segurança ao seu lado. Não quero dar muitos detalhes sobre a minha vida ou sobre o trabalho do meu pai a alguém que acabei de conhecer, além disso, Caio não me transmite