Quando chego ao jardim da frente, avisto meu lindo carro um Audi RS7 vermelho que ganhei dos meus pais no meu aniversário de 18 anos, desde então meu bebê tem sido meu xodó. Meus olhos se prendem em um homem alto de terno preto sobre um muro de músculo perfeitamente atlético, com ombros largos e de expressão séria. Desvio o olhar quando percebo que ele está me olhando também, apesar dele estar usando óculo escuro posso sentir seu olhar em minha direção. Volto a andar em direção ao banco de trás do carro, mas antes que eu possa abrir a porta ele abre, entro sem olhá-lo. Percebo que ele dá a volta no carro e entra no lado do motorista, é tão estranho ver outra pessoa dirigindo o meu carro, eu sempre o dirigi desde que o ganhei de presente, e desde então não permito que ninguém dirija, até agora.
Observo James enquanto dirigi, ele parece tão concentrado no que está fazendo, mantendo sua atenção sempre no trânsito. Desde que saímos de casa nos mantemos em um silencio, não havia motivos para mantermos uma conversação, aproveitando esse momento calmo minha mente volta para a conversa de hoje mais cedo. Papai estava estranho, ele tem estado assim nos últimos dias, só não entendo o porquê de só agora resolveu aumentar a segurança. O que realmente está o preocupando? Não podem ser só simples ameaças. Será que mamãe sabe? Acho que não, ela parecia muito calma a essa situação e aceitando toda essa história.
Meu celular começa a tocar na minha bolsa me tirando dos meus pensamentos, o procuro no meio das minhas coisas, quando acho vejo que é Kallie minha melhor amiga, nos conhecemos na festa de boas-vindas da faculdade, é um evento realizado para integrar os novos alunos aos veteranos. Era nosso primeiro ano no curso de Psicologia, e como nossa grade de aulas era às mesmas passávamos muito tempo juntas e acabamos virando amigas e nossa amizade dura até hoje.
- Oi maluquinha. – Digo em meio a um sorriso.
- Ei! Onde você está? Vai chegar atrasada, senhorita certinha. - Diz ela sorrindo, pois ela sabe, odeio chegar atrasada em qualquer lugar em que eu esteja indo.
- Já estou chegando, tive uma longa conversa com meu pai, te explico depois. – só de lembrar meu humor já azeda.
-Hmm.... Tudo bem. Ah e é melhor você tirar o pé do freio ou vai perder a primeira aula. - Ela avisa o obvio, o que me irrita, odeio quando ela dá uma de sabichona.
- Não se preocupe, chego em alguns minutos. - Digo encerrando a chamada.
- Será que você poderia ir mais rápido, não posso perder a primeira aula.
- Claro senhorita, vou tentar ir mais rápido, mas o transito está um pouco lento hoje. - Diz me olhando pelo retrovisor. Ele passa a macha acelerando, desviando dos carros a nossa frente.
Chego ao Campus em cima da hora, graças ao meu segurança que parece ser um ótimo motorista para minha infelicidade, já que eu poderia usar sua falta de habilidade de dirigi ao meu favor, livrando dele como segurança eu poderei dirigir meu carro tranquilamente. Mas não posso reclamar, consegui chegar a tempo para minha aula. Saio do carro, sem dar tempo ao James de falar alguma coisa, e vou correndo para minha sala.
Ao entrar na sala avisto Kallie sentada no nosso lugar de sempre, seus olhos estão fixos na tela do notebook. Como se sentisse minha presença ela levanta a cabeça dando-me um pequeno sorriso de lado. Kallie é tipo de amiga fiel com uma pitada de loucura que te apóia e sempre estará ao seu lado independente do que seja ou pelo que você esteja passando. Ela é linda com seu 1,65 de altura, morena dos cabelos castanhos cheio de cachos rebeldes e seus belos olhos claros, deixa os caras babando quando ela passa. O que é bem diferente de mim, com minha palidez e meus longos cabelos pretos e olhos verdes nos meus 1,70 de altura, nada em mim chama atenção, ainda mais quando você tem uma melhor amiga do lado de uma beleza estonteante. Pode acreditar passar despercebida não me incomoda, sou o tipo de pessoa que não gosta de estar sobre os holofotes.
Sento-me ao lado da minha sorridente amiga, pegando meu notebook na bolsa.
- Pensei que você não ia chegar a tempo, o que houve? - Ela diz se inclinando em minha direção.
- Também pensei, mas parece que meu motorista tem ótimas habilidades em achar rotas com menos transito. - Digo fazendo aspa na palavra motorista seguido por um revirar de olhos.
- Motorista? O que houve com o seu carro?
- Hum... meu pai acha que devo ter um segurança, por isso agora James dirige o meu carro. – o tom da minha voz deixa transparecer minha indignação.
- E desde quando você precisa de segurança? - Kallie pergunta com uma expressão confusa.
- Não tive escolha, meu pai está preocupado com a segurança da família, ele tem recebido ameaças devido à nova investigação que o Departamento da Policia está fazendo.
- Nossa que chato. E esse segurança vai te seguir o tempo todo?
- Infelizmente sim, só aceitei porque não quero dar mais preocupação ao meu pai. - Ela dá um pequeno sorriso de compreensão.
Ouço barulho na frente da sala, nosso querido professor está mexendo em vários papeis que estão em cima da mesa, depois de organizá-los, dá inicio a aula de Genética e Evolução Humana. Ele pede silêncio a todos e no mesmo instante a sala toda fica silenciosa. Sr. Harris é conhecido por sua falta de tolerância a baderna e falta de interesse em suas aulas. Então me concentro na sua explicação fazendo anotações da matéria. Após horas assistindo todas as aulas do dia, eu e Kallie vamos para a cafeteria do Campus procuramos uma mesa vazia, o que é difícil, já que nesse horário os estudantes estão à procura de uma dose de cafeína. Por sorte encontramos uma vazia no canto próximo ao balcão. Kallie pede que eu me sente enquanto ela vai fazer nossos pedidos. Depois de longos minutos ela se junta a mim com nossos copos de café e bolinhos de mirtilo, que é o nosso preferido.
- Ei o que vamos fazer no fim de semana? - Kallie me pergunta depois de devorar metade de seu bolinho.
- Não sei, tem algo em mente? - Falo bebendo do meu café, desinteressada com o tópico da conversa, a verdade que eu gostaria de permanecer em casa na companhia de um bom livro, ao em vez de sair pela cidade a procura de diversão como todos os outros jovens da minha idade, incluído minha amiga que não dispensa uma boa festa por nada.
- Que tal nós irmos para a Body English? - Ela sugere, enquanto come o resto do que sobrou do bolo, Kaillie lambe o recheio dos dedos.
- Hum... dançar a noite toda, meu amor pode contar comigo, estou dentro. - Como minha amiga Kallie sabe meus pontos fracos e dançar é um deles, e essa vaca usa minha fraqueza sempre que percebe que não quero sair com ela.
- Ótimo combinado. Podemos passar o resto da tarde na sua casa? - Ela pergunta com uma carinha de gato de botas.
- Claro que sim, vamos logo.
Saímos em direção ao estacionamento, Kallie tagarela sem parar de como vai ser divertido o nosso fim de semana e tal, e eu continuo a comer o resto do meu bolinho que está uma delícia. Ela é a mais divertida de nós duas, eu sou mais tranquila, o que não que dizer que eu não goste de uma boa diversão, desde que envolva dançar, eu sei, sou um pouco contraditória vai depender do meu espírito de aventureira que na maioria das vezes está sempre desligado.
Avisto meu Audi RS7 e James ao lado me esperando como hoje mais cedo, tinha esquecido completamente dele, só agora me dei conta que não tenho idéia do que ele andou fazendo enquanto eu estive nas aulas. Será que passou o tempo todo ali parado de cara fechada olhando para o tempo? Ao parar na sua frente me dou conta que está sem o óculo e que seus olhos são azuis como duas safiras hipnotizantes.
Fixo o olhar nos dele e não consigo conter um pequeno sorriso sem ter idéia do motivo, imediatamente olho para Kallie na tentativa de disfarçar, mas ela está alheia a situação enquanto mexe em seu celular. Volto-me para James que continua com sua expressão indecifrável, a única diferença é que ele está com as sobrancelhas levemente arqueadas e com uma sombra de um sorriso nos lábios rosados e carnudos muito beijáveis. Que merda, de onde essa idéia surgiu?
- James essa é Kallie minha amiga. - Resolvo apresentá-los logo antes que essa situação fique ainda mais embaraçosa. - Kallie esse é James o segurança do qual te falei. - Acrescento apontado de um para o outro.
Eles se cumprimentam com breve aceno de cabeça.
- Estou indo para casa com Kallie, se importa de nos seguir no meu carro? - Pergunto a James.
- O Sr. Smith me deu ordens para protegê-la, tenho que levá-la de volta em segurança. - Ele fala com uma postura seria, e autoritária
- Eu sei, prometo não sair da sua vista... Vamos Kallie? - Saio antes que ele possa me impedir, obrigando que eu vá com ele.
Caminho ao lado de Kallie em direção ao seu carro que está estacionado a duas vagas abaixo, ela destrava as portas e entramos. Assim que coloco o cinto olho na direção do segurança, o mesmo se encontra no mesmo lugar ao lado do carro. Como se saindo de transe ele agita a cabeça para os lados, antes de entrar no Audi. Imagino o quanto sua preocupação seja que meu pai saiba que eu não esteja seguindo suas ordens e ele seja punido.
Olho para kallie que me fita com sorriso divertido nos lábios e um leve arqueado de sobrancelhas.
- O que foi? - Pergunto. - Qual o motivo desse sorriso debochado?
- Qual foi do olhar esquisito entre vocês dois? - Ela dá partida no carro, saindo do estacionamento. Achei que ela não tivesse percebido. - Minha nossa ele é lindo... você viu aquele par de olhos, são tão azuis como as águas do mar do caribe, como eu queria poder me afogar naquela imensidão azul. – ela acrescenta, e eu me apavoro com sua animação.
Perfeito, agora ela vai ficar fascinada na cor dos olhos dele, uma coisa sobre a Kallie, ela é fascinada por olhos claros. Ótimo, tudo que preciso é que minha melhor amiga se envolva com o segurança.
- Não houve olhar nenhum, e ele não é tão lindo como você está falando. - Minto para ela. Quer dizer até acho ele lindo, não posso ignorar isso, mas não quero dar motivos para Kallie imaginar coisas que não existem. Conheço minha amiga, nada de romance para ela, tudo que importa é uma boa pegação sem compromisso.
O transito ainda está tão caótico como hoje cedo. James está logo atrás, mantendo uma pequena distância segura entre meu carro e o da Kallie, mas percebo que sua atenção está sempre voltada para mim, apesar de estarmos em carros diferentes. Sempre que olho em sua direção nossos olhares se cruzam é como se ele soubesse o momento exato que olho, então decido não olhar para trás durante o resto do trajeto ate em casa.
- Eu sei que ele é lindo, mas poderia parar de olhar para ele, preste atenção no que estou falando? - Diz Kallie, fingindo irritação.
- Só estava me certificando de que ele não nos perdeu de vista. - Falo voltando minha atenção para fora da janela, e perco-me em meus pensamentos.
Só percebo que chegamos em casa, quando ouço o barulho do portão se abrindo. Depois dos seguranças certificarem que somos nós no carro e que James está logo atrás, permite nossa passagem. Atravessamos o jardim da frente com grandes palmeiras e pequenos arbustos e canteiros de flores sempre muito bem cuidados, Kallie estaciona sua Mercedes Benz S-Class perto da entrada de casa, enquanto James segue para garagem.
Logo que entramos avisto nossa governanta na sala de estar, a Sra. Francesca, ela está conosco a bastante tempo, desde que nos mudamos para essa casa. E desde então ela tem cuidado de mim como uma segunda mãe todas as vezes que mamãe esteve ocupada com seus compromissos beneficentes. Mesmo sendo uma senhora de estatura baixa, cabelos grisalhos e com um olhar expressivo e de um temperamento forte, ela cuida da casa com mãos de ferro deixando tudo organizado e em seu devido lugar.
Sra. Francesca se aproxima de nós com um sorriso amigável.
- Como vai Srta. Laurent? - Ela pergunta a Kallie.
- Muito bem Sra. Francesca. - Kallie diz com um sorriso simpático.
- Sra. Francesca meus pais estão em casa?
- Não querida, seu pai almoçará no Departamento, e sua mãe está em uma reunião de um novo evento beneficente que ela está organizando.
-Eu e Kallie vamos passar o resto da tarde na piscina. - Digo puxando minha amiga em direção as escadas.
- Vocês não vão almoçar? - Francesca pergunta quando já estamos quase no meio das escadas.
- Não, lanchamos no Campus. - Digo subido o resto dos degraus indo para meu quarto que fica no lado direito do corredor, próximo à suíte dos meus pais.
Em meu quarto, Kallie sentou-se em minha cama com as pernas cruzadas enquanto verificava seu celular. Coloco minha bolsa em cima da poltrona que fica próxima da janela que tem vista para o jardim da frente, dá uma bela vista em noite de lua cheia. Olho ao redor do meu quarto, sinto como se fosse meu refúgio. Há fotos minhas com meus pais na mesinha ao lado da cama king Size, em frente da cama fica minha escrivaninha com meu notebook, livros do meu curso e uma iluminaria de acrílico em forma de três rosas. Ao lado umas prateleiras de livros de todos os meus autores favoritos e com fotos minha e Kallie em nossas várias viagens que fizemos juntas.Vou em direção ao closet pegar os biquínis, procuro entre as gavetas do armário, escolho um biquíni tomara que caia verde com estampa florida para mim, troco-me e pego um biquíni preto de franjinha para Kalli
Os dias passaram voando e quando dei por mim já era o fim de semana. Pensei que como era a primeira semana de aula na Faculdade os professores pegariam mais leve, lindo engano, já que estamos amarrotados de pesquisas e trabalhos. Passei todo meu tempo livre durante a semana na Biblioteca do Campus com a cara enfiada em grandes livros grossos e velhos. Como Kallie também faz Psicologia estávamos juntas estudando na biblioteca, só que ela passou o tempo todo reclamando que deveríamos aproveitar nosso tempo com algo mais produtivo. Não acho que exista nada mais produtivo do que estudar para se tornar a profissional a qual eu almejo, quero poder ajudar crianças carentes que tenham passado por traumas ou por momentos difíceis e precisam de alguém que a entenda e que possa ouvi-la. É o que eu quero para minha vida, por isso me esforço muito nos meus estudos. Espelhei-me em
Concentro-me na explicação do professor a minha frente, estou em mais uma das aulas do Sr. Harris. É estranho só agora ter percebido que ele é calvo? Na verdade ele está mais para careca, baixo e gorducho. Balanço a cabeça e presto atenção à aula de novo. Não está funcionando, pois minha mente tende a voltar à noite de sábado.Acordei na manha de domingo com uma forte dor de cabeça e uma ressaca. E tudo que eu consegui fazer foi tomar um banho, ingerir um remédio para a dor latejante na minha cabeça. Acho que dormi longo em seguida de novo. Assim resumiu meu dia, tirando o fato do meu pai ter me questionado sobre o que eu estava fazendo na noite anterior.- Como pôde sair por aí sozinha se alcoolizando, sabia que alguma pessoa com más intenções poderia se aproveitar da sua s
Saímos do estacionamento, em alguns minutos entramos na avenida principal da cidade. Caio dirige como se estivesse participando de um filme de ação. Nesse momento tenho certeza que fiz a escolha errada de ter vindo com ele, mantenho os olhos em seus movimentos, passa a marcha e acelera repetidas vezes, sempre focado nos carros a sua frente. Sou pega o observando, ele sorri e diminui a velocidade, seu olhar vai de mim para o Audi que nos segue.- Por que você tem um segurança particular?- Hum... Por causa do trabalho do meu pai - Digo vagamente.- Deve ser um trabalho perigoso que interfira na sua segurança, imagino que esse deve ser o motivo para você ter que andar com um segurança ao seu lado. Não quero dar muitos detalhes sobre a minha vida ou sobre o trabalho do meu pai a alguém que acabei de conhecer, além disso, Caio não me transmite
Entrei em casa as pressas com o coração apertado, sem nem mesmo entender esse sentimento estranho que me sufoca desde que vi o olhar de decepção de James, o fato de que eu o tenha magoado me deixou triste e eu nem mesmo sei o porquê, que droga! Eu devo ser louca! O que está acontecendo comigo? Eu devo ter entendido errado, não há motivo para que ele tenha ficado decepcionado só por eu ter beijado o Caio... Argh! O que eu tenho na cabeça para ter deixado aquele maluco me beijar? Queria poder voltar no tempo e dar na minha cara momentos antes de eu cometer esse erro absurdo, e dizer: sua louca...O que pensa que está fazendo? Não vou pensar mais nisso, o melhor é fingir que não aconteceu, é o certo a se fazer. Fiquei parada de frente para a porta fechada por tantos minutos pedida em meus pensamentos, viro-me e sigo para sala de estar, deparo c
Entrei em casa às pressas com o coração apertado sem nem mesmo entender esse sentimento estranho que me sufoca desde que vi o olhar de decepção de James. O fato de que eu o tenha magoado me deixou triste e eu nem mesmo sei o porquê, que droga! Eu devo ser louca! O que está acontecendo comigo? Eu devo ter entendido errado, não há motivo para que ele tenha ficado decepcionado, só por eu ter beijado o Caio... Argh! O que eu tenho na cabeça para ter deixado aquele maluco me beijar? Queria poder voltar no tempo e dar na minha cara momentos antes de eu cometer esse erro absurdo, e dizer, sua louca...O que pensa que está fazendo? Não vou pensar mais nisso, o melhor é fingir que não aconteceu, é o certo a se fazer. Fiquei parada de frente para a porta por tantos minutos, perdida em meus pensamentos, sem me dar
Uma brisa suave atinge meu rosto bagunçando meus cabelos assim que chego à área descoberta da piscina. Desço pelo caminho de pedras com pequenos arbustos de cada lado, que dá direto ao coreto no meio do jardim rodeado por canteiros de flores. Na escuridão da noite, mas parece um lugar encantado, apenas iluminado pela luz da lua e os vaga-lumes brilhando no escuro. Quando eu era criança, eu passava minhas tarde livres brincando no coreto ou em volta dele, correndo atrás das borboletas que vinha atrás do pólen das flores. Na maioria das vezes eu ajudava minha mãe a cuidar dos canteiros, ela tem um amor pelas flores que plantávamos juntas. E no fim da tarde, antes do por do sol, sentávamos na pequena escada do coreto e ficávamos sentido o cheiro misto dos perfumes das flores se misturando pelo ar, era nosso momento
Acordo ao som estridente do meu despertador anunciando as notícias do trânsito de Toronto. Por qual motivo mesmo tenho que saber como está o trânsito hoje? Nem ao menos irei dirigir o meu carro. Ah não, por que eu tive que lembrar isso agora? Tive dificuldade em dormir ontem, fiquei rolando na cama por horas tentando decifrar o que havia de errado com meu coração. Toda vez que eu fechava meus olhos era seus malditos os olhos azuis que vinha em minha mente, me tirando o juízo, a capacidade de raciocinar. Tenho que parar de pensar nisso, não ter a certeza do que eu sinto vai me enlouquecer.Levanto-me lentamente, indo para o banheiro, preciso de um banho quente relaxante ou não serei capaz de chegar atá o fim do dia. Depois de pronta dou uma última olhada no espelho conferido minha roupa. Estou de calça jeans e uma blusa