72. Sua memória

Gabrielle

Com todos os empregados de folga naquele dia, eu mesma teria que dirigir até a universidade. Embora pudesse pedir a Lucas que assumisse o volante, seria rude da minha parte. Ele sequer sabia como chegar até lá. Além disso, eu não poderia me distrair. Acelerar até o limite, como fazia de madrugada quando a casa toda dormia, não era uma opção. Precisava manter a calma, mesmo que cada segundo segurando aquele volante parecesse insuportavelmente desconfortável.

A verdade é que eu temia perder a concentração com ele ao meu lado. Já seria difícil manter os olhos na estrada, mas bastava ele abrir a boca e minha mente se perderia. E, como sempre, minhas pernas fraquejariam com a intensidade da presença dele — porque quando estávamos a sós, Lucas tinha o poder de me desarmar por completo.

Ele me esperava no estacionamento, encostado casualmente no mesmo carro que eu havia usado na noite anterior. A serenidade em seu rosto me dava uma sensação ilusória de paz. Eu sabia
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