— Scott… — chamei em tom de alerta.Nós não tínhamos que parar só porque ele queria uma coisa que eu não estava muito disposta a dar.Podia parecer uma enorme bobagem, mas eu e Mia tínhamos um tipo de regra maluca. Como ambas já não eram mais virgens, dissemos que o buraco de trás só seria fornecido para os nossos futuros maridos. Mia daria para o seu se ele quisesse, e eu daria para o meu. Algo bem infantil talvez, mas nas nossas cabeças fazia sentido dar para eles uma coisa que nunca pertenceria a mais ninguém.Então, eu gostava de Scott, o queria muito, mas ele com certeza não seria o meu futuro marido. Não podia ignorar o fato de que éramos irmãos e que se nossa família apenas sonhasse com aquela sandice nossa, estaríamos fodidos pra caralho.Era loucura.Por mais que fosse a melhor loucura que eu já cometi, ainda era loucura.— Calma, Chloe. Não vou te machucar. Você nunca fez isso, certo?— Não seria maluca de dar o cu para um garoto que mal sabe me fazer gozar. É claro que n
Elevei o tronco o suficiente para esticar meu braço e puxar o de Scott, o fazendo soltar meu tornozelo. O homem caiu em cima de mim apoiando as mãos no colchão para sustentar o peso do corpo grande.Seus olhos azuis brilharam em excitação, e sim, eu estava disposta a fazer qualquer coisa para tê-lo só pra mim. Eu o queria e isso era incontestável, e o queria de forma exclusiva. Não ia repartir aquele corpo delicioso com mais nenhuma outra mulher.— Você vai me enlouquecer se continuar com isso. Era para ser só uma noite…— Sério? Começou a contar desde o dia que eu te fiz o boquete ou desde hoje?Ele riu, umedecendo os lábios.— Afiada como sempre.— Afiada e pronta para receber seu pau! — Entrelacei minhas pernas em sua cintura sentindo o membro me tocar. — Pode ser normal agora, mas depois eu te mostro que não é o único que sabe o que fazer e como fazer.Sem esperar que novamente uma conversa se iniciasse, puxei ele pela nuca e o beijei fervorosamente, deslizando a mão livre por s
Esfreguei os olhos e os forcei a se abrirem mesmo que a luminosidade mal me permitisse fazer isso. Girei um dos braços para o lado e ao apalpar a cama, notei que estava vazia, motivo que me fez enfim despertar.Elevei o tronco me sentando no colchão macio e busquei algum sinal de que Scott estava por ali, mas o som da televisão ligada na sala e o cheiro de café fresco que me alcançava, denunciava que o bonitão já havia se levantado. Sem esperar muito mais, fiz a mesma coisa, me coloquei de pé e caminhei meio cambaleante até a cômoda que havia no cômodo.Senti meu pescoço dolorido, assim como a bunda e o meio das minhas pernas. Sorri ao me lembrar do porquê de estar me sentindo exausta e ao mesmo tempo completamente relaxada.Eu passei a madrugada toda recebendo Scott em mim de várias formas, e no fim, quase acabei cedendo ao desejo de dar para ele aquilo que disse que só daria para meu futuro marido. Como ele conseguiu me encher de tesão a esse ponto? Nem mesmo eu sabia.Ao abrir
O reflexo no espelho me deixava atordoada.Era como se aquilo não fosse eu. Não que havia odiado, claro que não, mas era surreal demais. Passei tantos meses, até mesmo anos, me refugiando em roupas compridas e causais, que quando me vi deslumbrante dentro de um vestido vermelho, foi um tanto chocante.Eu estava linda, não podia pensar diferente disso.O vestido foi feito sob medida em poucos dias, tudo porque Marisa tinha ótima influência sobre a boutique escolhida. E então, ali estava eu, com o tecido de seda envolvendo meu corpo, um caimento perfeito em um corte simples. Sem fendas, nem detalhes, apenas uma peça acinturada de alcinhas finas.Passei meus dedos pela saia, alisando e observando atentamente meu reflexo. Não sabia ao certo quando foi que deixei de usar peças de roupas tão bonitas e que destacavam tanto minhas curvas.Quando tinha pesadelos com Joe? Talvez, mas ia além, me adaptei a um estilo confortável, no entanto, estava me sentindo muito bem com aquele vestido e m
— Não me torture, Lobinho. Já é suficiente estar gostoso dentro desse terno.— Mas deve levar em consideração que fico ainda mais sem ele, assim como você fica deliciosa completamente nua. Apesar de que, eu ia amar te comer só levantando esse vestido, sem precisar tirar de você.— Acredite, isso seria muito fácil visto que estou sem calcinha — provoquei e ao mesmo tempo me reprimi.Não era momento para isso.Scott umedeceu os lábios me encarando como um predador. Negar que eu tinha vontade de jogar tudo para o ar apenas para me agarrar a ele era impossível, mas não podíamos perder mais tempo. Tínhamos que chegar pontualmente no evento.— Que bom saber disso. Agora vou dar um jeitinho de te proporcionar algum prazer quando estivermos voltando. Ou então — tocou meu ombro nu com a ponta dos dedos — podemos dormir juntos hoje.Dormir juntos, como antigamente. Seria bom? Sim, seria. Ia alimentar ainda mais as coisas que eu deveria evitar? Sim, também. Mas eu estava disposta a passar uma
Quando Paul e Scott iniciaram uma conversa sobre a Hayans, eu e mamãe ficamos paradas ao lado dos dois no meio do salão. Um garçom passou oferecendo champanhe e ela recolheu duas taças, uma para mim e uma para ela.Dois minutos depois, apenas ouvindo os homens e concordando com certas coisas, uma mulher muito bonita se aproximou, e parou ao meu lado me encarando de um jeito estranho.— Você é a Chloe, não é?Me virei para ela e os outros três ficaram em silêncio para acompanhar a situação.— Sim, e você?— Madson Hughes, muito prazer! — Ofereceu a mão para um aperto.Puta merda. Ela era só a dona da Calisto. Bom, era a herdeira que estava assumindo o trono após a morte do pai.Como eu não tinha reconhecido ela a princípio, não sabia. Talvez a maquiagem pesada e o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, provavelmente, foi isso que me deixou meio confusa.Para não ser sem educação, passei minha taça vazia para Scott e apertei a mão estendida, com um sorriso gentil no rosto.— A gente
Majestoso.O corredor ao qual fui guiada por uma funcionária que trabalhava no evento era majestoso.A construção enorme onde a pré exposição acontecia tinha três andares e eu estava no segundo. Em cada porta, tínhamos acesso a um cômodo grande, repleto de caixas de vidro suspensas do chão com uma jóia dentro em cada, todas devidamente trancadas.Cada mulher que recebeu uma chave, precisava sair em busca de sua recompensa em um "caça tesouro". Foi exatamente assim que informaram.Após passar pela primeira porta que dava acesso aos andares superiores, cada uma recebeu um pequeno envelope, o meu com as iniciais gravadas. "C.J.L". E o Clinton, nada, mas ok.Ao abrir o envelope encontrei em uma fonte manuscrita a seguinte informação:"Segundo lendas gregas, sua gema é criada pelos deuses, e tem o poder de curar doenças. Ela pode ser usada em rituais de cura para também ajudar a alcançar a felicidade e a pureza. Busque-a em um lugar escuro, fazendo jus ao seu tom. Siga pelas cores sombri
Dei três passos para trás quando sua voz me acertou. Não era apenas um sonho ruim. Não era os meus pesadelos. Era uma voz grossa e real. Joe Foster era real, mais uma vez.Tentei conter o tremor, tentei não me deixar levar pelas lembranças. Tentei colocar os pés nos chão, e apenas isso.Meu cérebro não demorou para processar, era como se por todos esses anos ele estivesse esperando por aquele momento. Meu inconsciente parecia ter sido preparado para aquilo.Joe estava em minha frente, respirando, sorrindo, e agora caminhando para dentro do cômodo. Nada daquilo parecia ser só mais uma alucinação.Recuei mais até bater as costas na caixa de vidro. Não conseguia falar, e mesmo que conseguisse, eu não queria. Não queria que aquilo fosse real.O quão louco seria se… se ele estivesse mesmo vivo?— Você está morto! — afirmei mais para mim do que para a figura masculina em minha frente.Joe riu, colocando as mãos no bolso da calça social azul. Ao tombar sua cabeça para o lado, seu cabel