capítulo 2/ oferta

__ não acredito que você teve a cara de pau de vir até aqui tripudiar de mim?

Sem abrir a porta encaro o desgraçado que me fez ser despejada por não saber receber um "não" como resposta.

__ ainda dá tempo de aceitar a minha oferta e ficar aqui.

__ qual a parte que eu não vou sair com você, que não entendeu durante esses cinco meses que estamos nessa?

__ eu não desisto fácil Diandra e você ainda vai sair comigo.

__ nos seus sonhos.

__ está bancando a difícil?

__ achei que cinco meses te respondendo não já tinha deixado isso claro.

__ me diz um motivo, para não querer.

__ você é um cretino manipulador que namora uma otária que se faz de cega e não sabe respeitar o não de uma mulher.

__ eu pedi só um.

__ tenho uma lista se quiser, agora dá o fora daqui antes que eu chute as suas bolas.

__ em breve vai morar debaixo da ponte.

__ acredite em mim, lá vai ser muito melhor do que ter um vizinho desgraçado igual a você, boa tarde e vai tomar no seu cu.

Fecho a porta, antes que enfie um soco na cara dele e suspiro ao ouvir o celular tocando, o número do meu pai brilhado na tela me deixa ansiosa e com medo.

Ele me disse que daria um jeito, mas isso já faz dois dias.

" alô, oi pai estou em casa "

" foi difícil, mas não foi impossível, se lembra do Alessandro? Ele apareceu no seu aniversário de dez anos.

lembro vagamente de um homem alto vestido de terno no meu aniversário, mas do seu rosto não consigo lembrar.

" vagamente, mas o que tem ele?"

" ele deixou que você ficasse na casa dele, até que consiga um lugar para morar"

" o senhor confia nele? é alguém que podemos confiar?"

Fico desconfiada porquê lembro da índole dos amigos do meu pai lá no Brasil.

" claro que pode, ele era reitor da universidade daqui, mas se mudou para essa cidade, deveria estar agradecida, já que não irá mais morar na rua, sua ingrata."

" estou feliz pai, mas não é melhor eu ir conversar com ele antes?"

" não, eu já expliquei sua situação, você vai amanhã para a casa dele, vai mandar um carro para te buscar e vai me prometer que não irá estragar essa chance, foi muito difícil conseguir que ele te abrigasse lá. "

suspiro cansada, porquê mesmo que eu tente ponderar sobre o porque desse homem me deixar ficar na casa dele o meu pai vai dar um jeito de desviar o assunto.

" tá bom pai, eu vou me comportar e a mamãe está bem?"

" sim filha, ela está bem, mas agora não pode falar com você, vá arrumar as suas malas que amanhã mesmo irá deixar esse lugar"

" entendi, diga a mamãe que estou com saudades e que a amo muito"

" aviso sim, se cuide garota"

Ele encerra a ligação e me sinto impotente por não poder falar com a minha mãe, sinto que meu pai está me escondendo algo e não tem como tentar descobrir, não sem ajuda.

Respiro fundo e olha em volta do apartamento me sentindo mal por ter que deixa-lo e ir morar na casa de um estranho e ainda mais um homem, espero que se ele tiver uma esposa, ela não me odeie por ficar na sua casa, em uma coisa o papai tem razão, vou me comportar e fazer a minha presença ser notado o mínimo possível, mas agora preciso avisar a Emi que já tenho onde ficar e estou torcendo para que seja próximo da universidade, ligo em video chamada e quem atende é o Damon.

- oi coisinha bonita, o que deseja?

- falar com a sua mulher. __ aviso e Michael aparece do lado dele.

- nossa mulher, ela está no banho, quer esperar?

- quero sim Michael, como vocês estão?

- bem, você que não parece nada bem.

- fui despejada, mas arrumei um lugar para ficar.

- sabe que pode ficar aqui né? a gente te adora bonitinha.

Sorrio dos apelidos.

- eu sei, também adoro os dois, mas já incomodei demais e vou morar na casa de um amigo do meu pai.

- é de confiança?

Damon pergunta e confirmo.

- pelo que meu pai disse é sim, apareceu no meu aniversário de dez anos, só lembro do quão alto ele era.

- se ele não for, você avisa que daremos um jeito.

Michael diz e sorrio.

- é, um jeito na cara dele, igual vamos dar no filho da outa que fez você ser despejada.

Damon declara e suspiro.

- não, deixem esse imbecil para lá, não merece que percam seu tempo com ele.

- não é perca de tempo coisinha... mexer com você é como mexer com a nossa mulher e se você é importante pra ela, se torna importante pra nós também

- mas não vão fazer nada, porque ela não quer e pronto.

minha amiga aparece e os dois babam por ela que pega o celular.

- achou um lugar?

- sim, vou ficar na casa de um amigo do meu pai.

- qual o nome?

- Alessandro, não disse o sobrenome, mas que era o reitor de uma universidade lá no Brasil.

Emi parece pensar um pouco antes de se sentar na cama e soltar.

- PUTA QUE PARIU!

- o quê? O que foi?

- se esse Alessandro era reitor no Brasil, tem grandes chances dele ser o novo reitor da universidade, ouvir dizer que ele é um gato.

- ei, nós também.

Damon diz e Emi e eu sorrimos.

- claro que são, por isso eu namoro os dois... mas a minha amiga é solteira e pode muito bem gostar dele.

- credo Emily, deve ser um velho barrigudo e careca, não, não quero me envolver com ninguém.

- mas com o professor Turner você queria né sua safada.

- mas ele é um gato e além do mais, também não está aqui então irei viver a minha vida tranquila e se tudo der certo, vou ficar pouco tempo na casa do velho.

- e se ele não for um velho?

- Emily, você não tá ajudando.

- tá bom, desisto... por enquanto.

- cadê a Jane?

a filhinha adotiva deles, que inclusive é a coisa mais fofa que já vi.

- tá com o vovô na colheita de legumes, aquela garotinha adora passear pela horta.

- dá um beijo nela por mim? Tô morrendo de saudades, assim que tiver um tempo, vou visitar vocês.

- também estamos com saudade Dya.

Fala e sorrio.

- vou desligar e arrumar as malas, um beijo, amo vocês.

- até breve coisinha.

Damon fala.

- nos avise se precisar que a gente quebre a cara do velho.

Micha diz.

- pode deixar, que aviso sim, agora cuidem das nossas garotas, tchau.

os três sorriem e mando um beijo antes de encerrar a ligação.

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