Segredo Lascivo ( A protegida dos irmãos Salvatore )
Segredo Lascivo ( A protegida dos irmãos Salvatore )
Por: Anonymos_lady
capítulo 1/ desastre

Diandra

" Despejada "

Como uma pessoa comum como eu, pode carregar tanto azar sobre a cabeça?

Minha mãe me disse uma vez que brasileiro sempre dá um jeito em tudo, talvez seja assim para outros, mas a minha nacionalidade só está me servindo para tomar no olho do meu cu ao invés de dar um jeito na minha vida.

Como eu conseguir ser despejada de um apartamento que eu morava de favor? É simples, se você tem um vizinho filho da puta que se torna obcecado por você ao ponto de fazer você ser mandada embora do único lugar que tinha para morar, entende do que estou falando.

Eu odeio os homens, quase todos, tirando os da Emily e o meu professor gostoso da faculdade de Nova York, o resto pode ir se ferrar.

Voltando ao meu vizinho desgraçado, o filho do dono do prédio que infelizmente eu residia, tudo começou logo quando me mudei, cinco meses atrás e soube que teria um vizinho, no começo fiquei animada com a ideia, mas quando vi que era um cretino de marca maior, murchei igual a planta que o Michael me deu e esqueci de regar.

Talvez isso, tenha sido carma da plantinha.

" Me deixe morrer e arrume um vizinho pau no cu "

E foi exatamente isso que aconteceu, três dias depois dela morrer o filho da puta bateu na minha porta pedindo açúcar, e eu dei gentilmente, mas depois do açúcar veio o café, o biscoito, tomate, sal até que eu perguntei se ele era um mendigo morando de favor e teve a pachorra de falar que era o filho do dono do prédio e que só estava esperando eu dar uma chance de sair com ele.

Eu disse não e continuou insistindo por cinco fodidos meses, uma hora paciência acaba né? Eu vivi aquele meme, aguentou muito e ainda foi simpática.

Mas a minha simpatia após mandá-lo tomar no olho do rabo, vai me fazer morar na rua em uma semana.

Isso é um caos, e não está me deixando dormir.

" Fique calma amiga, vou tentar falar com meus pais e resolver "

" Não Emily, não tem jeito, vou ligar para os meus pais e dizer que voltarei para Nova York, não existe mais prédios na sua cidade e conseguir ser despejado do único que tinha"

" Não acredito que você vai voltar para Nova York e me deixar sozinha "

Mas como é hipócrita essa ruiva.

" Sozinha? Você tem dois homens lindos e dispostos a fazer qualquer coisa para ver um sorriso no seu rosto, enquanto eu tenho que arrumar um lugar para ficar ou vou procurar uma ponte para me jogar de lá "

" Para de palhaçada Dya, você sabe que pode ficar aqui na fazenda"

" Não vou incomodar mais do que já te incomodei, vou ligar para os meus pais e ver o que consigo fazer"

" Promete que vai me ligar se conseguir ficar?"

" Claro que sim e obrigada, você me ajudou muito, mas eu não fazia ideia de que negar um convite para sair, me traria uma carta de despejo "

" Odeio esse imbecil"

" Somos duas, um beijo cretina eu te amo"

" Eu também sua puta "

Encerro a ligação e início outra com os meu pai e saiu tão ruim quanto eu esperava.

Me julgou por ter aceitado a oferta da minha amiga ao invés de continuar em Nova York servindo café e sendo assediada durante o dia e a noite, já que o dinheiro que ele e a minha mãe me mandavam mal dava para cobrir os meus gastos com livros, mas sabia da condição ruim que estavam e mesmo assim conseguiam mandar uma grana, o problema era que me mandaram estudar em New York, não porquê era o meu sonho e sim para evitar que o pior acontecesse e eu virasse moeda de troca dos jogos de azar que meu pai adorava e amava ainda mais pedir dinheiro para os agiotas traficantes do nosso bairro.

Um dia um deles nos visitou e disse que a próxima vez que ele pedisse dinheiro e não pagasse me levariam como pagamento.

A minha mãe ficou devastada e juntou todas as economias que tinha para me mandar estudar fora do país, o passaporte uma professora me ajudou a tirar e assim, em menos de um mês, eu já estava matrículada na faculdade de lá e tendo que me virar em dois empregos para manter o meu padrão de vida, que era não morrer de fome e conseguir pagar todas as despesas da faculdade, já que só tinha conseguido metade da bolsa

Quando a Emi apareceu na minha vida, sendo a única pessoa naquele campus que não me odiou por não ser uma brasileira eu praticamente pulei de alegria no quartinho dos fundos da lanchonete que trabalhava e morava, que o valor era maior do que o meu salário.

Meus pais não eram conservadores, mas me faziam agir como uma, não que eu não seja tímida, mas aos poucos fui perdendo e aprendendo a ser mais segura de mim, não cem por cento, mas já é alguma coisa.

Quando minha amiga me disse que estava voltando para sua cidade, já sabia que os momentos bons dos meus dias cansativos iriam acabar, mas outra vez, aquela garota me tirou de uma situação fodida, me convidou para morar em Summercity e eu aceitei sem pensar, para os meus pais era algo que não tinha como manter, mas Emily conseguiu convence-los e vim parar aqui, vivendo em um apartamento legal e tendo uma amiga incrível junto com dois homens gostosos que também são amigos incríveis.

Mas infelizmente o destino me fodeu e eu perdi o único lugar que tinha para morar e isso me faz ouvir a série de reclamações que meu pai faz do outro lado da linha.

" Você sabia que isso tinha prazo e mesmo assim foi, e agora filha? O que vai fazer diante da sua irresponsabilidade, te mandamos para Nova York para fugir da realidade que te aguardava aqui e se deixou ludibriar por essa garota que te colocou nesse apartamento onde conseguiu ser despejada, quem te garante que não foi tudo de caso pensado?"

Eu queria dizer coisas para ele, mas não consigo, travo, porquê meu pai me faz sentir como uma inútil todas as vezes que nos falamos, como se não fosse o culpado por eu estar vivendo pior em Nova York.

Na cabeça deles, apenas me mudar para lá, me dava o estilo de vida que as pessoas vêem nas redes sociais, mas não mostram o que é preciso fazer para atingir um patamar desses a verdade é que não tinha onde cair morta naquela cidade, pelo menos aqui, ainda tenho a Emily.

Lá eu não tinha ninguém.

" Pai, eu... Vou dar um jeito "

Eu sempre dava, mesmo que precisava me quebrar um pouco mais durante o trajeto.

" Eu vou falar com um amigo que se mudou para essa cidade no ano passado, e vou ver o que consigo fazer por você, mas se não der certo, ira voltar para o Brasil "

" Mas pai, o João "

" Não estou mais devendo ele e mesmo que estivesse, prefiro te ver aqui do que longe sem saber o que está fazendo "

" Eu preciso desligar, qualquer novidade o senhor me liga, um beijo para a mamãe "

é tudo que falo antes de deixar o celular no colchão e me derramar em lágrimas após ouvi-lo dizer que prefere que eu seja abusada por um traficante perto dele, do que morar aqui, e outra vez, não me deixou falar com a minha mãe, que se não fosse por ela, eu certamente estaria grávida ou morta, já que meu pai não se importa comigo.

Não o bastante para me defender.

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