capítulo 3/ novo

__ senhorita Silva?

o senhor vestido de maneira elegante em frente a minha porta, espera por uma resposta.

__ sim, sou eu.

__ vim a mando do senhor Salvatore, ele solicitou que viesse busca-la, sou José o motorista.

__ claro José, obrigada, pode me ajudar com aquela mala ali? __ aponto para o canto do apartamento e ele acena indo até a minha mala mais pesada, em minha mão tenho a média e em minhas costas levo a mochila com meus itens pessoais, quando me mudei não tinha muita coisa e ainda continuo assim.

José me espera na porta e quando fecho o apartamento de Emi, infelizmente encontro o desgraçado do Renan no elevador.

__ já está indo? Achei que fosse passar mais alguns dias.

__ e ter que olhar para essa sua cara? Não, obrigada. __ cuspo as palavras e o motorista morde os lábios para não sorrir e isso deixa meu ex-vizinho com raiva.

__ vai pra onde? debaixo da ponte?

__ até lá, seria melhor do que conviver com alguém idiota que nem você.__ afirmo e respiro fundo quando as portas do elevador se abrem e finalmente deixo o cretino para trás.

José coloca a minha bagagem no porta-malas e abre a porta do carro para mim, mas antes de entrarmos decido me desculpar pelo momento infantil que ele presenciou.

__ José, me desculpe por ter feito o senhor presenciar aquela cena patética no elevador.

ele sorri e fecha a porta dando a volta e entrando no carro.

__ não se preocupe senhorita, já fui jovem também.

__ ele não é meu namorado, na verdade prefiro beijar uma porta do que ele. __ declaro e o homem torna a sorrir.

__ acho que a senhorita vai se dar muito bem na casa do meu chefe. __ declara e sem dizer mais nada, nos tira do prédio em que morei por cinco meses e tirando Renan, eu fui feliz na medida do possível.

Passei a noite toda arrumando minhas coisas, mas ansiedade por não saber pra onde vou, não me deixou dormir direito e agora com o carro em movimento sinto minhas pálpebras pesarem e fecho os olhos me permitindo descansar um pouco.

(...)

__ chegamos! __ a voz de José me desperta do cochilo que estava tirando, encaro a propriedade em que o carro parou e tudo que consigo pensar é que o aluguel disso deve ser caríssimo.

__ obrigada... sabe se eles não estão precisando de alguém para sei lá, limpar essa casa, com certeza deve ter muitos funcionários.

Ele me encara com uma expressão curiosa e entrega minhas malas para outro homem, só que mais novo do que ele, que aparenta ter sessenta anos.

__ creio que o quadro de funcionários já esteja completo senhorita e a senhora é uma hospede do senhor Salvatore... Creio que seria muito inadequado que trabalhasse pela sua estadia na casa dele

__ ah! Eu sei, é só que como vou morar nessa mansão sem ter nada para fazer?__ sussurro e ele sorri me mostrando a sala que é três vezes maior do que meu quarto e aponta para a escada, onde subimos e paramos em frente a uma porta.

__ esse é o seu quarto, mais tarde a senhora Pupikins virá chama-la para conhecer o senhor Salvatore... Por hora, pode descansar. __ afirma e sorrio agradecida enquanto ele coloca minha mala sobre a cama e se despede com um aceno.

Adoro pessoas idosas que são gentis, o senhor José já ganhou meu coração.

Olho ao redor e minha ficha ainda não caiu em como meu pai conhece esse homem, porquê toda essa casa grita " sou milionário" e meu pai não tem essa grana toda.

Sinto meu sangue gelar ao pensar na hipótese dele ter me vendido ou trocado por pagamento de dívidas, não quero nem pensar nessa possibilidade e ignorando isso, decido organizar as minhas coisas e levo umas três horas até que tudo esteja no seu devido lugar.

Penso em me jogar na cama para descansar, mas vou até a janela e observo o movimento de pessoas lá fora.

Eles parecem não parar, e andam sempre em grupos, seja com tapetes caros ou com móveis mudando de lugar, quase como se estivessem fazendo uma mudança.

Olho para a mesa ao lado da minha cama, onde deveria ter um notebook e suspiro pelo meu ter queimado um mês antes de me mudar para Summercity, mas a julgar pelo estado em que o comprei ainda durou muito.

Uma batida na porta me faz pular da janela para cama e murmurar um entre, e uma senhora de meia idade com cara de poucos amigos me encara com uma expressão que não consigo ler.

__ sou Ane Pupikins a governanta dessa casa, o senhor Salvatore deseja vê-la.

Antes que eu peça licença para ir no banheiro me benzer com medo dela, a voz estridente diz.

__ agora.

Meus pés se movem sozinhos acompanhando a senhora rabugenta indo em direção ao terceiro andar e começo a me sentir nauseada, com medo de que esse homem me mande ir embora ou que pior, queira coisas que meu pai tenha prometido á ele. A senhora para de frente para a porta e diz.

__ entre.

Quis perguntar se ela não queria ir comigo, para servir de apoio, mas a velha saiu sem dizer mais nada e dei apenas duas batidas até ouvir a voz grave do outro lado dizendo que podia entrar.

E quando o faço, esperava encontrar qualquer homem nesta sala, um feio, barrigudo, careca, fumante, esquisito, mas tudo que encontro é...

Nem tenho palavras para descrever tamanha beleza.

Tento ouvir o que ele fala, mas estou ocupada demais olhando para os músculos marcados sobre o terno caro, o maxilar bem desenhado a barba por fazer, os lábios se movem e engulo em seco.

__ senhorita? Estou falando com você. __ declara e pisco atordoada e com vergonha por ter passado tempo demais admirando o homem em minha frente.

__ e o que senhor dizia? Me distrai.__ dou a desculpa mais esfarrapada do mundo e ele respira fundo.

Merda! Já comecei mal.

__ que seja bem vinda, o seu pai é um idiota, mas que infelizmente não posso negar nada, devia um favor a ele há muitos anos e a sua estadia aqui, acaba de vez com isso.

Penso em dizer que ele poderia ter dado dinheiro que o meu pai aceitaria, mas me nego a abrir a boca para o grandalhão em minha frente.

__ obrigada senhor Salvatore, me salvou de uma furada.

__ sabendo de quem você é filha eu acredito fielmente nisso.

Franzo o cenho e o encaro séria.

__ não, o senhor não entendeu. __ declaro, mesmo sabendo que pode me mandar embora, não aceito que me compare com o meu pai. __ cheguei em Summercity cinco meses atrás e infelizmente tive o desprazer de ter um vizinho que vivia me chamando para sair e ele é a pessoa mais insuportável que já conheci em toda minha vida, mas não soube aceitar o meu não e fez com o que o pai dele que é dono do imóvel onde eu estava morando, me despejasse e só mudaria isso, se aceitasse sair com ele, por favor não faça comparações minhas com o meu pai, não sou igual a ele.

Ele respira fundo e trava o maxilar.

__ sinto muito, me expressei mal e sinto que tenha passado por tamanho transtorno, fique a vontade, aqui ninguém irá incomodá-la. __ declara e engulo em seco quando coloca a mão sobre a mesa.

Puta que pariu, até a mão dele era enorme, deve ser do tamanho do meu rosto.

Foco, foco Diandra.

__ obrigada, e se o senhor achar que é demais me manter aqui sem que eu possa pagar, me deixe trabalhar ou ajudar com alguma coisa nessa casa enorme.

__ não, não se preocupe com isso, a casa já tem todos os funcionários que precisa e a senhorita é uma hospede se preocupe apenas com seus estudos ok?

Sorrio e concordo.

__ obrigada, de verdade senhor Salvatore, por me deixar ficar na sua casa.

__ não precisa agradecer, a casa não é só minha, mas o meu irmão concordou em termos uma visita por tempo indeterminado.

__ sério? Eu juro que não quero atrapalhar vocês.

__ não se preocupe, não é incomodo ele está se mudando para cá, em breve poderá conhecê-lo.

Me despeço do poço de gentileza e sigo as suas ordens de ir atrás da velha para me mostrar a propriedade, mas como não a encontro em lugar algum, volto para o meu quarto e finalmente me jogo na cama confortável.

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