Ellen
— Você tem irmãos? — pergunto depois de um longo tempo em silêncio. Contudo, o meu tom é tão baixo que não faço ideia de que ele me escutou. Na verdade, eu nem sei se ele está acordado ainda. No entanto, o som da sua respiração pesada preenche o cômodo em seguida.
— Não, sou filho único.
Suspiro baixinho e me sinto tentada a me abrir com ele.
— Nós… nascemos no mesmo dia. — Hesito, porém, continuo. — Na mesma hora e praticamente no mesmo minuto. Somos… tão iguais e ao mesmo tempo tão diferente uma da outra — sussurro, sentindo as lágrimas preencherem os meus olhos. — Por que eles não me amam como a amam? — Engulo um nó que tenta sufocar a minha garganta. — Eu sempre me fiz essa pergunta, mas eu nunca encontrei uma resposta para ela. Quer dize
CollinNossos beijos estralados preenchem todo o quarto, enquanto os nossos corpos ardentes praticamente se fundem um no outro. Não consigo parar de tocá-la e sentir esse seu calor me envolver tão intensamente é algo viciante. Os seus gemidos escapam da sua boca e mexem comigo de um jeito irrevogável, e eu temo pelo meu pobre coração. Da última vez que me entreguei assim para uma mulher saí completamente quebrado e o medo de que Ellen Axel faça o mesmo está se tornando cada vez maior.Sim, eu prometi nunca mais amar outra mulher, mas a Ellen penetrou as minhas barreiras tão sorrateiramente que foi impossível de impedi-la— Oh! Oh! — Ela geme mais alto quando aumento o meu ritmo dentro dela e logo estamos completamente entregues ao prazer. Extremamente ofegante, me deixo cair do seu lado, porém, a puxo para o aconchego dos meus braços, beijando-a c
EllenEstou vivendo algo novo, algo completamente diferente do que vivi a minha vida inteira e eu posso afirmar que nunca vi a felicidade de perto nem com a minha família, nem mesmo com o Daniel. O que estou sentindo agora me faz sorrir o tempo todo feito uma boba, simplesmente não sei como desligar esse sorriso. E ainda tem as palpitações, às vezes aceleradas e às vezes quase parando. A respiração que por vezes passa pela minha boca porque as minhas narinas não dão conta dela. Mas, o mais estranho mesmo é essa leveza, essa sensação de que estou presa dentro de um paraíso e eu penso que não quero mais sair daqui.— No que está pensando? — Desperto quando escuto o som da sua voz e o toque suave da sua mão me faz olhar na mesma direção.— Estava pensando na última vez que estive nesse lugar.&Eacut
Ellen— Entendi. Vem cá! — Seu braço envolve o meu ombro e ele me puxa para um beijo calmo, mas que causa um bom estrago dentro de mim e quando o beijo para mantém os nossos olhos conectados nos meus por alguns instantes. — Que tal deixar tudo isso para trás e aproveitarmos essa fogueira e a cesta de comida?Abro outro sorriso, esse mais amplo.— É uma boa ideia, Barão! — O fato de chamá-lo assim o faz trincar o maxilar e seguro o riso. — Estou faminta! — Faço pouco caso da sua cara carrancuda. Contudo, ele segura um morango e o lambuza em uma calda de chocolate, guiando-o direto para a minha boca.Chego a salivar de vontade de morder a fruta, mas ele recuar e o meu olhar confuso encaro o seu determinado.— Da próxima vez que me chamar de Barão a farei pagar por isso. — Promete com o seu tom rígido que me faz estremecer por dentro, mas acredite não é de medo. — Agora abra a boca! — ordena e eu faço, mordendo a fruta em seguida. Collin não pen
Collin— Repete! — peço com um fio de voz e completamente surpreso.Ellen Axel acabou de se declarar para mim e juro que o meu coração errou algumas batidas, roubando o meu fôlego em seguida. Portanto, estou olhando fixamente nos seus olhos agora e esperando ela repetir essa frase. No entanto, ela não repete, apenas me beija calidamente na boca, aprofundando esse beijo logo em seguida.— Eu te amo, Collin! — Ellen sussurra docemente em meio ao nosso beijo, fazendo o meu coração quase sair pela boca e acredite, a minha vontade agora é deitá-la nessa areia e de fazê-la minha outra vez. Entretanto, paro o beijo e encosto a minha testa na sua resfolegando outra vez.— Não sabe o quanto estou feliz de ouvi-la falar essa frase! — sibilo baixinho sem me afastar dela. Contudo, ela suspira e se afasta de mim.— Não sei se isso é
CollinA cada dia que se passa ela parece diferente da garota tímida e contida que eu conheci e não sei dizer se essa é a verdadeira Ellen ou se o amor faz essas coisas com as pessoas. Quer dizer, parece que esse sentimento mexe com as pessoas e as faz sorrir feito bobos, cantarolar, voar se for preciso. Eu sei, porque é exatamente assim que eu me sinto.— Pode me deixar no apartamento da Judy? — Ela pede de repente.— Por que eu faria isso?— Porque é lá que estou morando agora.— Sinto informá-la, Senhorita Axel, mas você passará essa noite comigo. — Não seguro um leve tom autoritário na minha voz.— Collin! — Ellen me repreende imediatamente.— Eu falei sério quando disse que não consigo mais viver sem você.— Mas…— Só essa noite, Ellen? &mdash
EllenNão imaginei que um dia seria acordada pelos beijos doces do Barão de Luxemburgo, sequer se passou pela minha cabeça que faria sexo matinal com ele de livre e espontânea vontade, e que ainda ficaria feliz com isso. Mas é exatamente isso que está acontecendo comigo agora. Devo mencionar que é gostoso sentir as suas mãos firmes passeando pelo meu corpo, tocando-me intimamente, roubando o meu calor, arrancando-me gemidos ensandecidos, enlouquecendo-me com essa sua boca que não quer parar de me devorar e de me dar o seu prazer sem me pedir nada em troca. Por fim, estamos completamente ofegantes e abraçados no centro da sua cama.— Bom dia, meu amor! — Ele sibila em meio a sua respiração pesada que agora está levemente ofegante.E, meu amor? Me sinto vívida quando ele me chama assim.— Bom dia! — respondo preguiçosa e com um pequeno sorriso enfeitando o meu rosto. Contudo, ergo a minha cabeça para olhá-lo. — Estou faminta — declaro, porém, recebo um pequeno beijo na pontinha do meu na
Ellen— Sim, a sua livraria. — Ele confirma e volta a me abraçar. — Eu vou realizar todos os seus sonhos, Ellen e em troca eu só te peço que nunca me deixe. — Afasto-me um pouco dele e levo uma mão para a lateral do seu rosto, acariciando-o e sentindo a aspereza da sua barba por fazer na palma da minha mão.— Você é o amor da minha vida, Collin Hill e eu jamais o deixarei sozinho. — O puxo para um beijo cálido, porém, demorado na boca. Contudo, escuto o pigarro do homem atrás de nós e logo me vejo ansiosa para conhecer mais um pedaço do meu sonho.— Esse será o balcão da sua recepção…Enquanto Armando D’bua fala não consigo deixar de admirar a peça de acrílico transparente que revela trechos de vários romances clássicos, disputando lugares com pétalas de margaridas de várias cores e atrás do balcão tem uma parede cor de rosa chá vazia, porém, com algumas luzes de lede bem acima dela.— Assim que escolher o nome, porei a sua marca lá. — Collin esclarece e o meu sorriso se alarga.No pri
EllenPrendo a respiração assim que encontro alguns pares de olhos curiosos em cima de mim. Alguns bastante surpresos e outros um tanto altivos, além de irritados, mas o fato de Collin segurar na minha mão e de cruzar os seus dedos nos meus, me deixou um pouquinho relaxada.— A Ellen é a minha convidada dessa noite...— Não! — Ruby rebate furiosa, o interrompendo bruscamente.— Não? — Collin reage com dureza.— Estamos falando sobre o nosso casamento...— Nosso divórcio, Ruby!— Que seja, Collin! — Ela praticamente berra. — A Ellen não tem nada a ver com essa nossa reunião.— Ela tem tudo a ver, a final foram vocês quem a jogaram no meio disso tudo. No mais, quero que saibam de uma coisa, a Ellen e eu estamos juntos.Meu coração para uma batida violenta e eu prendo a